sábado, 18 de setembro de 2010

PENOG

PENOG é uma sigla que, desdobrada, significa: Plano Energético [da Serra da] Nogueira.

Há muito tempo que ouvimos falar dele embora, pessoalmente, pensasse que era uma daquelas coisas para o dia de S. Nunca à tarde. Estava enganada, pelos vistos. De acordo com esta notícia que o Rui fez o favor de me enviar e de que o Bino, nosso presidente de junta, já me falara em Agosto, o projecto está, mesmo, em andamento.

O PENOG integra o "Plano Energético Nacional" de produção das chamadas energias limpas, ou seja, não poluentes. Entre nós parece que por energias limpas se entende, quase exclusivamente, a produção de energia eléctrica a partir de turbinas movidas (?) a vento, as famosas eólicas, que tomaram de assalto qualquer cimo de serra por este País fora. Destruir a paisagem não será outra forma de poluir?

Sei que há muita gente que irá discordar de mim, mas pensar nos nosso queridos montes carregados daqueles tentáculos brancos provoca-me tantos arrepios como se fosse arrancar os dentes todos a sangue frio.

Eu imagino que ficaremos assim. Desculpem a montagem tosca.

17 comentários:

  1. Também eu li a notícia e, ao contrário de ti, fiquei satisfeita. Entre ter os tentáculos brancos, e continuar a queimar petróleo, eu prefiro os tentáculos.
    Só tenho pena é que não se invista também na energia solar.
    Aqui ao lado, os espanhóis estão a investir muito. Ao longo da estrada que nos liga a Zamora, são várias as aldeias com campos de paineis solares. Seguramente têm energia para a povoação e, ainda para vender.
    Espero não ter deitado achas na fogueira. Mas já não é a primeira vez que discordamos do mesmo assunto.
    Beijos

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  2. Também sou a favor de projectos
    sustentáveis com benefícios para
    o futuro uma vez que o cultivo
    das terras não tem aproveitamento
    rentável.

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  3. Augusta

    Deita todas as achas, porque a primeira fui eu!

    Eu equaciono o problema do seguinte modo: quem queima quase todo o petróleo são as cidades, com os seus milhões de prédios e automóveis e milhares de indústrias, numa paisagem desfeada, onde o elemento natural já não existe. Ninguém se lembra, no entanto, de pensar na adaptação das turbinas à geografia urbana, de modo a que a cidade produza aquilo que consome. O mundo rural é que paga a factura, com a descaracterização das suas paisagens (consequência imediata, porque ainda falta contabilizar outras possíveis).

    Vamos a um exemplo extremo: Sintra é o concelho mais povoado do País (da Europa?); tem uma serra (lindíssima!) onde o vento é uma constante e uma faixa marítima agitada e propícia ao seu aproveitamento energético. Pegunto: alguém ouviu falar de se plantarem turbinas na serra de Sintra ou engenhos nas suas praias? Claro que não! No entanto, para mim é muito menos gravoso desfear o palácio da Pena do que a nossa Fraga Grande!

    É o que eu penso. Se fosse espanhola, diria que fossem semear as turbinas no vale dos caídos e deixassem a minha terra em paz.

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  4. Augusta

    Desculpa, faltam-me os beijos!

    Beijos

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  5. Sr. Américo

    Obrigada pela sua intervenção. O meu senão é este: sustentável para quem?

    Beijos

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  6. Quando eu fui a Montesinho e vi aquela maravilhosa paisagem com aquelas turbinas todas, confesso que fiquei muito triste, depois foi a Serra de Bornes que está aqui mesmo em frente à minha casa que eu posso ver todos os dias agora à noite também já a consigo ver...
    E sempre que olhava para a "nossa Serra" pensava ainda bem que aqui ainda não se lembraram de colocar aqueles "monstros horríveis" a desvirtuar a nossa linda Serra...

    Beijos

    Lurdes

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  7. Gosto muito da nossa serra mas, não é preferível ver todos esses enfeites do que termos que queimar petróleo?

    Bjos

    Olímpia

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Muito democratas quando se trata da cor deles, não ofendia ninguém, merda é uma palavra que podemos encontrar em todos os Dicionários de Português e só cheira mal se se abusar no Latim.

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  10. Lurdes

    Pertilhamos, pelos vistos, da mesma opinião, embora a mim me movam mais motivos do que a beleza dos nossos montes.

    Beijos

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  11. Olímpia

    Tens a certeza de que são as aldeias da Serra da Nogueira as responsáveis pela queima do petróleo em Portugal? Se sim, paguemos a factura. Se não, alguém responda à pergunta: porquê nós?

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  12. Anónimo

    Aqui, todas as ideias são bem-vindas. Ideias, não insultos. Pode ser que não fosse esse o seu intuito, mas a verdade é que o comentário que fez era insultuoso, por isso o apaguei. Como pode ver, não apaguei este, logo, pode concluir que o que me moveu não foi a utilização da palavra que refere.

    Sempre que queira partilhar ideias será muito bem recebido nesta casa de transmontanos.

    Cumprimentos

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  13. É verdade, estas aldeias não queimam muito petróleo ,mas todos temos o DEVER de contribuirmos de forma a que esse mal se minimize.
    Se pensarmos no "pagamento das facturas", a questão ainda se torna bem mais complicada e levar-nos-ão a outros assuntos.
    Não sejamos egoístas!

    Bjos

    Olímpia

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  14. Olímpia

    Egoísta é quem não aceita partilhar. Por isso, egoísta é o País que nunca partilhou nada com Trás-os-Montes (com a Beira, etc.), condenando as suas gentes à pobreza, ao isolamento e ao desaparecimento e agora exige que sacrifiquemos a única coisa que nos resta: a paisagem. Mal "acomparado", é como se o dono de um banco me chamasse egoísta por eu não lhe querer emprestar as minhas parcas economias.

    Beijos

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  15. Joaquina S:S:Celestino23/09/2010, 18:09:00

    Fátima
    Ouvi ontem essa notícia na TV . Concordo inteiramente com a sua posição. Espero não ter que enfrentar esses monstros no meu concelho . Será que só se lembram de nós para isso ?
    Bj
    Quina

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  16. Quina

    Não duvide que só! Eu acho que as pessoas só vão cair em si quando a realidade se lhes impuser. Deus queira que seja eu a estar enganada!

    Um abraço

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