terça-feira, 28 de outubro de 2014

PELO TERMO [Versão 2]

É a "versão 2" porque a primeira foi publicada em Outubro do ano passado. O grupo, bem maior este ano, era animado e plural.

O Carlos pediu-me que reforçasse a informação que dei no primeiro artigo: a receita realizada com a exploração da área do "Projecto" reverte inteiramente para o povo. Ou seja, não há lugar a percentagens divididas como foi alvitrado.

O Carlos também me tinha ensinado uma tradição antiga: se meter um seixo na boca, da primeira vez que se vai a um lugar, aprende-se o caminho para poder voltar. Eu assim fiz e o regresso a estes espaços trouxe a possibilidade de aprofundar conversas e de deleitar a vista na contemplação da paisagem avistada de cima. Quantas vezes me atrasei para ficar a mirar uma carvalheira carregadinha de bulharacos, as ervas do caminho ou, simplesmente, para inspirar profundamente aquele arzinho perfumado! Este contacto com aquilo que é nosso enternece-me e dá-me forças para suportar a ausência. Bendita terra!
Muito obrigada à Olímpia que me disponibilizou as fotografias.







terça-feira, 14 de outubro de 2014

AGRADECIMENTO




"Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós."


À Fátima, sempre atenta e solícita a tudo o que se passa com as gentes de Rebordainhos, um especial agradecimento pelas palavras simples e singelas  da triste notícia da morte do nosso irmão Orlando.

A todos aqueles que pessoalmente, por ms, mail, telefone se uniram na despedida do nosso irmão, um obrigado sincero dos irmãos

Lúcia, Clara e Filinto

domingo, 12 de outubro de 2014

HÁ DIAS ASSIM


Há dias em que, sem o saberem, as pessoas nos enviam mensagens que, mais do que nos alegrarem, nos reconfortam e nos permitem recuperar a fé na dignidade e na generosidade humana. Bem-hajam todos aqueles que se cansaram por mim, sem sequer me dizerem que o iriam fazer. Aqui distante, marejaram-se-me os olhos de lágrimas. Nem imaginam o bem que me fizeram. Que Deus vos pague.

sábado, 4 de outubro de 2014

SÓ PARA NÃO DIZER QUE


 REGRESSO

                                          Regresso às fragas de onde me roubaram.
                                          Ah! Minha serra, minha dura infância!
                                          Como os rijos carvalhos me acenaram.
                                          Mal eu surgi, cansado, na distância.

                                          Cantava cada fonte à sua porta:
                                          O poeta voltou!  
                                          Atrás ia ficando a terra morta
                                          Dos versos que o desterro esfarelou.

                                          Depois o céu abriu-se num sorriso,
                                          E eu deitei-me no colo dos penedos
                                          A contar aventuras e segredos
                                          Aos deuses do meu velho paraíso.
Miguel Torga
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Enquanto mão amiga me conserta o computador, emperrado vai para uma semana, sirvo-me do seu portátil e do meu disco externo para que esta página tenha alguma coisa de "novo" a oferecer. Certamente, todos os leitores conhecem este poema de Torga, mas como sabe sempre bem relê-lo, aqui vo-lo deixo com os desejos de um bom fim-de-semana.