terça-feira, 28 de abril de 2009

ROSTOS

Quem fomos? Como éramos? Como somos?

Não seria bom que preservássemos tais memórias?

O blog Rebordainhos propõe tornar-se o fiel depositário das relíquias fotográficas que existam nas nossas casas. Não dos originais, que devem estar na posse das famílias, mas de cópias que a tecnologia permite que criemos. Vale a pena o desafio? Cá espero as respostas.

Nas férias da Páscoa, a minha prima Lurdes (da tia Zulmira) e a tia Maria (Fecisma) depuseram autênticos tesouros nas minhas mãos. Começo agora a tratar deles com grande carinho e desvelo. Os menos conhecedores dos assuntos da tecnologia acreditem que os originais permanecem incólumes e devolvê-los-ei nas férias do Verão.

Quem mais se não importa de me emprestar as fotografias que tem ou, podendo, de me enviar scanner delas para o e-mail? Recordo-o: blog.rebordainhos@gmail.com

(carregar sobre as imagens para ampliar)

Começo por esta que era da Senhor Dona Maria: Largo do Prado, perspectiva de Sul para Norte. Vê-se o tanque e, por trás, a casa da Maralha. Ao fundo, à direita, vislumbra-se a casa do Sr. Lopes. Quem são as personagens?

Lanço daqui um apelo às gentes de Rebordainhos que, embora não comentem, sei que vêem o blog. Tomem nota daqueles que identificam; perguntem aos mais velhos por aqueles que não sabem e digam-me ou peçam que me digam. Que bom seria se cada rosto tivesse um nome!

Desde já, o meu bem-hajam!

sábado, 25 de abril de 2009

Abril

Não poderia esquecer esta data!


A formiga no carreiro
Vinha em sentido contrário
Caiu ao Tejo
Ao pé dum septuagenário
Larpou trepou às tábuas
Que flutuavam nas águas
E de cima de uma delas
Virou-se prò formigueiro
Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro

A formiga no carreiro
Vinha em sentido diferente
Caiu à rua
No meio de toda a gente
Buliu abriu as gâmbias
Para trepar às varandas
E de cima de uma delas
Virou-se prò formigueiro
Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro

A formiga no carreiro
Andava à roda da vida
Caiu em cima
De uma espinhela caída
Furou furou à brava
Numa cova que ali estava
E de cima de uma delas
Virou-se prò formigueiro
Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro

terça-feira, 21 de abril de 2009

Fotografias

É verdade! As fotografias da Tilinha estão bem melhores do que as minhas. Quem quiser pode vê-las aqui. Tal como as outras que nos foram sendo enviadas, enstão linkadas na barra lateral do blog.

Parabéns Tilinha e obrigada pela partilha.

domingo, 19 de abril de 2009

O FOLAR

Apesar de já estarmos na Pascoela, ainda vamos a tempo de falar de folar. Aqui ficam algumas imagens que, espero, aqueçam o coração e os dias de quem esteve longe e não o pôde saborear. Com os meus agradecimentos à tia Maria que nunca reclamou por causa de eu a atrapalhar e à senhora Eduarda, a dona do forno, que lá ia aconselhando sobre a melhor forma de verificar a temperatura e de dispor o borralho. Como se mostrasse pouco disposta a deixar-se fotografar, só incluí uma fotografia em que ela aparece.

Carregar sobre as imagens para ampliar



sábado, 18 de abril de 2009

ENTRE PARÊNTESIS...

... a propósito de dois comentários meus muito mal amanhados.

É costume antigo, vindo da Idade Média, mostrar respeito pelas pessoas deixando um espaço entre o cimo da folha e o início da carta. Bem mo lembrava a minha tia Vermelha, sempre que lhe escrevia as cartas para os filhos: "não te esqueças de deixar duas linhas. Vá, três!"

Agora que a tradição epistolar se vai perdendo soam-nos a anedota os melindres nos pergaminhos que o esquecimento de tal regra provocava. Aqui ficam dois deles, retirados dos Ditos Portugueses Dignos de Memória, de autor anónimo do séc. XVI

Escrevendo o marquês de Vila Nova del Fresno a Manuel de Vilhena uma carta pela qual lhe pedia as suas azêmolas emprestadas, porque o Senhor vinha escrito no princípio da folha e abaixo dele a primeira regra(1), respondeu-lhe Manuel de Vilhena que lhas não podia emprestar, porque tinha necessidade delas para lhe mudarem o Senhor da sua carta para o meio.
*
Tristão da Cunha, mandando-lhe D. Jaimes, duque de Bragança, pedir dois mil cruzados emprestados por uma carta que trazia o Senhor no princípio da primeira regra, não lhos quis emprestar e disse a quem levou a carta:
- Direis ao duque que, quando Sua Senhoris mandar pedir dinheiro emprestado que mande pôr o Senhor nas nuvens.

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1 - Primeira regra: a primeira linha da escrita

E para que se veja que tal norma chegou aos nossos dias, aqui fica uma carta de Leite de Vasconcelos a Brito Aranha:

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ecos da Páscoa

Não vale a pena perder tempo com muitas palavras. A igreja estava primorosa. Aqui ficam imagens:

a) da obra


b) das artistas : benditas mãos!




segunda-feira, 6 de abril de 2009

ESTA PÁSCOA




Este ano - que temporão!- a beleza espalha-se por onde quer a vista alcance. Cerdeiros e maçãeras, pereiras e ginjeiras, tudo está florido. Sorriem os sentidos.







A equipa do Rebordaínhos deseja a todos uma Pàscoa feliz