domingo, 31 de janeiro de 2010

TIO ANTÓNIO



Toda a vida foi um Homem bom.


Hoje, Deus reclamou-o para Si.


Nos nossos corações, a saudade ocupa um espaço cada vez maior.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

SAUDADES DAS SAUDADES

Às vezes temos surpresas boas, como esta: um leitor nosso venceu a inibição e decidiu colaborar connosco. Enviou-me uma reflexão muito sentida de onde sobressai aquele amor à terra que todos conhecemos e que nos une uns aos outros, não importa onde estejamos.

É possível que seja por timidez, mas este novo colaborador prefere assinar sob pseudónimo: “abcd”.

SAUDADES DAS SAUDADES
por

abcd

Lembro-me…
Provavelmente, é assim que todos começamos por descrever os momentos vividos na nossa aldeia. Seguidamente, contamos as tais histórias que nos orgulhamos de ter vivido e, se tivermos sorte, a pessoa que nos ouve vai sentir uma milésima parte da magia inerente às aldeias trasmontanas. Existe uma magia inexplicável, um buraco negro de emoções e recordações que nos consome em cada um dos dias que temos de enfrentar longe da nossa aldeia. E é longe dela, dessa magia (aldeia), que conseguimos, pela primeira vez, sentir saudades. Não são saudades vulgares! Estas distinguem-se por possuírem uma capacidade especial, quase divinal.

Espelham-nos!

Lembro-me da primeira vez que senti essas saudades: estava em casa, sentado à varanda de um andar e olhava uma paisagem urbana com pontos perdidos de ruralidade. A noite era propícia para pensar e, quando dei por mim, viajava por aqueles pontos ruralizados e pensava na minha aldeia, nas paisagens típicas que criavam saudade, no cheiro a carvalhos queimados que se evolava pelas chaminés velhas, nos sons das cabras no Outeiro, das Vacas no Pelourinho, das crianças que eram “eu” e que falavam, gritando, depois do jogo de futebol… que saudades! É como se essas toneladas de memórias se sentassem sobre o meu peito e chorassem por elas próprias.

Tudo isso, no entanto, são saudades vulgares. Mas, quando recordei os gritos da minha mãe que chamava por mim ao escurecer, a voz do meu pai que me perguntava por onde tinha andado, o cheiro à comida feita nas brasas da lareira, o chiar da cadeira de madeira que parecia repreender-me também e, finalmente, o aconchego da cama e o beijo de boas noites dado pela mãe, então sim, percebi que existem outras saudades, aquelas que nos espelham como seres humanos. Eu vejo-me todos os dias nessas saudades e existo nessas saudades; formei-me nelas e escrevo sobre elas. Eu sou essas saudades!

A nossa pessoa existe e reside nessa saudade e é por causa dela que nos diferenciamos de todos os outros e talvez seja ela que nos faz amar tanto Rebordainhos.

OS PUTOS DE SEMPRE

O tempo na minha aldeia
É como o tempo das crianças
Não passa porque não existe…
Não existe por não ser pensado!

Seremos sempre
Os mesmos putos a brincar
nas eiras do pensamento
Dos homens e das mulheres
Que nos talharam.

Nascemos e ponto final,
Somos hoje
Quem fomos sempre!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Poema

Quando o meu corpo se desagregar
e dele não existirem
mais do que átomos dispersos,
ainda assim,
cada átomo do meu corpo guardará em si
a memória do teu ser
transformada em energia da sua coesão interna.
E essa energia-memória conduzi-los-á
pelo espaço sem fim,
um por um,
na busca dos átomos de ti.
No momento-lugar do reencontro,
teremos criado o nosso céu.

domingo, 24 de janeiro de 2010

HÁ CINQUENTA ANOS



Aqui atrás, o Filinto referiu-se a um artigo do Mensageiro que prometi publicar. Aqui fica ele, sob a forma de imagem porque não encontrei melhor modo de o conseguir fazer.

O texto, que é primoroso (fora o erro de chamar cruzeiro ao pelourinho), suscitou-me alguma perplexidade que gostaria que me ajudassem a resolver. Ele é, do início ao fim, o retrato vivo das minhas memórias, exceptuando as passagens sobre a escola, o cemitério e a casa do povo. A minha perplexidade nasce do cotejo dessa realidade com aquilo que nos era ensinado na escola.



Todos nos lembramos bem dos textos dos livros de leitura e muitos recordarão as aulas ministradas através de uma série de cartazes intitulados, colectivamente, A Lição de Salazar. Esses cartazes, de elaboração impecável, datam de 1938 e foram criados para comemorar os dez anos de Salazar no poder. Aos professores primários foi dada a incumbência de os levantarem no distrito escolar da sua área e de, na aula do dia, explorarem os temas indicados.

Façamos o exercício de comparação, lembrando que as frases citadas foram escritas em 1960:

Uma casa do povo também lhe vinha a jeito. (…) Esse benemérito organismo corporativo, desde que rodasse nos eixos, distraía-os, sem os inconvenientes dos tascos.
As ruas é que estão como antes – lençóis de [l]ama, para calcetar.
Assim permaneceriam durante longos anos.
Convém lembrar que a Constituição de 1933 determinou que Portugal era uma república corporativa, integrando-se as casas do povo no conjunto das corporações económicas. Daquilo que se lê no artigo, deduzi (não o sabia!) que, para termos casa do povo, mudámos o nome à casa da Junta, mas já depois de Janeiro de 1960.


O cruzeiro passou por ele 1940 e ninguém se lembrou de o restaurar.

G. E. refere-se a 1940 porque o Estado Novo, a propósito da comemoração do duplo centenário (assunto já aqui referido nos comentários sobre o dia de N.ª Senhora da Conceição), lançou um intenso programa de reconstrução dos edifícios nacionais. Ao pelourinho de Rebordaínhos pegou-lhe o sr. Jaime porque ameaçava ruir (isto disse-mo o meu irmão, pois eu não sabia).


Para chegar, ainda temos de andar, quase uma hora, trupa! Trupa!, por uma ladeira suave.
Assim fiz eu a viagem, da primeira vez. Depois, já uma estrada arrasada de lama (ainda não fora empedrada) me levou arrastadamente.


Eu, que nasci quase ano e meio depois da publicação deste artigo, palmilhei durante muitos anos a estrada de terra batida que nos ligava a Rossas, negra até chegar a Arufe e clarinha daí para baixo.

A perplexidade transforma-se em mistério a resolver: como é que, vivendo esta realidade que, na escola, lhe diziam que não existia, o povo de Rebordaínhos estremecia tanto Salazar? Quem me ajuda a compreender? Obrigada àqueles que o fizerem.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

CANTO TRADICIONAL DOS REIS

Mais um pequeno filme dos cantadores, não tive a coragem do António para acompanhar os cantadores pela aldeia só filmei em minha casa.


domingo, 17 de janeiro de 2010

CANTO TRADICIONAL DOS REIS


EM REBORDAINHOS, PASSO A PASSO


por

ANTÓNIO BRAZ PEREIRA


No dia 10 de Janeiro, bem cedinho, preparei-me para percorrer os 15 km que me separam de Rebordainhos, onde, dias antes, após a Eucaristia Dominical, soube da realização do cantar dos Reis. Como em todos os anos, marcou-se a festa para o Domingo a seguir ao dia 6, que é o modo de encontrar a maior parte das pessoas nas suas casas, sem lhes perturbar os trabalhos.

Havia tantos anos que não presenciava pessoalmente… Cá fora, o termómetro marcava 4 graus negativos; contudo, de máquina fotográfica na mão e coberto até às orelhas, meti-me ao caminho. Ao chegar junto da Senhora dos Caminhos, à beira do tanque da Chave, vejo vir, estrada acima, o grupo de cantores: Chico, Casimiro, Ferreira, e Toninho Rodrigo; o mordomo das Almas, Zé da Lúcia; o careto, filho mais novo da Marquinhas e o Filipe Freixedelo. Regressavam já, àquela hora, da Quinta e de Arufe, aparentemente gelados e receosos do que os esperava para visitar toda a Aldeia. Entrei com eles em casa do Tonho da tia Julieta, onde, calorosamente, os esperava uma mesa repleta de vinhos variados, bolos e chocolates, salpicão e chouriça cortados aos pedaços, como em todas as casas sem excepção, mesmo naquelas mais modestas. Esse modo de receber impressionou-me profundamente: recepção digna de um rei, toalha fina, copos e bandejas, como não se encontram em hotéis de 3 ou 4 estrelas.

Na frente seguia o careto, vestido de vermelho, rosto tapado pela careta, foice numa mão e maçã na outra onde enterrava, até ao meio as moedas oferecidas. Batia à porta e, se fosse aceite a visita, seguia para outra casa, enquanto o resto do grupo entrava, atrás do primeiro da reza e iniciador dos versos cantados. Davam as boas-festas cumprimentando todos os residentes ou amigos presentes, seguidos da pergunta: canta-se ou reza-se?

Juntei-me a eles e cantei também, para matar saudades de tempos passados, e o Filipe fez a mesma coisa. Seguindo para outra casa, de olhos fixos nos paralelos gelados e marchando lentamente como em cima de ovos, durante o trajecto contavam-se histórias passadas, sobretudo referentes ao tio Leque, daquelas que fazem rir e deixam as pessoas bem dispostas e fazem sentir menos o frio que não parava de aumentar. Perguntaram se queria ir com eles, respondi afirmativamente, sobretudo porque me deslocara a Rebordaínhos com a intenção de assistir a tudo e tudo fotografar.

A recepção era de tamanha gentileza, sensibilidade e, sobretudo, alegria, que faria feliz um condenado. Por vezes, sobretudo nas casas onde alguém sofria por motivos de doença ou outra razão, rezava-se apenas, comovidos pelas lágrimas, e oferecia-se uma palavrinha de conforto.

Já no Covelo depararam-se-nos três casas fechadas: a do tio Alfredo Guerra, a do Carlos Chiote e a do Sr. Lopes. Pela minha mente, em silêncio, passaram tantas coisas por ali acontecidas…Mas lá vinha mais uma piada do Chico ou do Toninho, e o humor ultrapassava tudo.

Nesse dia, estavam em Rebordainhos pessoas vindas de Bragança, do Porto, de Lisboa, França e Alemanha. Mesmo entre os cantadores há quem não resida lá permanentemente, mas, estejam onde estiverem, lá vão cumprir uma devoção que, afinal, é mais um serviço prestado a todos. A casa do Valente situada já quase na chãera, pôs fim à primeira parte da visita. Era hora da missa e, só depois dela, retomaríamos a rota das boas-festas. No bairro das pedras visitámos a tia Maria seca, radiante de alegria. De uma lucidez desconcertante, mantém-se maravilhosamente conservada para a idade. Foi frente à casa do tio Leque, antes de visitar o tio Eduardo, que surgiram as anedotas mais picantes, daquele reputado de trocista.

Não posso deixar de frisar um facto passado na Portela, numa casa de emigrante, a do Sr. João Sapateiro. Deixou alguém entregue à chave de sua casa, mandou acender a lareira, pôr a mesa com o necessário, rezar pelas suas obrigações e uma cantilena bem botada. Mesmo ausente, o Sr. João estava connosco…e com as Almas, para as quais se não esqueceu de deixar esmola.

Chegámos, por fim, ao bairro do Outeiro onde, em casa do Mordomo, terminou a visita. Cantámos com toda a garra e rezámos pelas intenções dos donos da casa. Entretanto, de Lisboa, telefonou o Sr. Orlando e, pelo telefone, foi presenteado com o nosso último canto do dia. Uma grande e linda mesa composta com tudo do que há de melhor aguardava o grupo, mais os convidados e familiares. Enquanto comíamos, víamos a neve cair através dos vidros, com tanta vontade, que o Rui e o seu pai começaram a inquietar-se com a sua ida para a Faculdade no Porto. Falou-se, igualmente, do projecto de realizar um CD para que não se perca a tradição, e de que maneira se poderia concretizar tal projecto, juntamente com os novos, os quais, na noite anterior, tinham feito o mesmo trajecto, ensaiados por um pároco de Balsamão, e um músico, creio que de Bragança. Espero que o Município ajude a encontrar uma solução. Um grande bem-haja a todos aqueles que defendem tradições como esta, porque a nossa terra, apesar de fria e menos povoada agora, continua a vestir-se de branco para os filhos e amantes.



______
Se há quem se não lembre, aqui fica o link para o artigo que publicámos o ano passado e onde estão alguns vídeos.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

REIS

Embora com algum atraso, sói que se dêem as notícias referentes ao dia de Reis. O Tonho do tio Arnaldo escreveu um texto muito bonito que espero publicar brevemente, assim que me chegue a reportagem fotográfica que ele também fez (aguarda que passe a quezília ao computador).

Entretanto, o Rui Freixedelo fez o favor de enviar material importante e algumas informações. É sabido que o Sr. P.e Estevinho quer lançar um CD com os nossos Reis e, fiquei a saber, isso destina-se a angariar fundos para o restauro da "Casa da Residência". Muito bem pensado!

Este ano, visitas de outras terras enriqueceram a nossa tradição de dia de Reis e é dessa participação que tratam os três pequenos vídeos que o Rui teve a gentileza de enviar.

A acompanhar o cantar dos Reis estão, à viola, o Sr. P.e Eduardo Novo (de Balsamão) e o Sr. Prof. Artur Fernandes, no violino. O Artur Fernandes é filho do Duarte e neto do Sr. Amaro e da tia Maria da Avó. Ambos, nas palavras do Rui, "tiveram a amabilidade de se deslocar dois fins-de-semana até Rebordainhos (há 15 dias cantámos em Vilar Douro e Cabanas) para o cantar dos Reis."



_____
O Rui também enviou algumas fotografias que, tal como os vídeos, podem ser vistas na página que se abre se clicar sobre o sublinhado.

sábado, 9 de janeiro de 2010

CONTA


Não sei porquê, mas na minha cabeça esta história passa-se no Inverno e foi por isso que me lembrei dela. Com as temperaturas tão baixas e a nevar (quase) como nos tempos da nossa infância, pode ser que alguém ainda pegue nela para a contar aos netos.



VII
CORRE, CORRE CABACINHA

Era uma vez uma velhinha que tinha uma filha. Um dia, a filha casou-se noutra aldeia e convidou a mãe para lá ir. A velha, ao ir, encontrou dois lobos no caminho e eles, quando viram a velha, fizeram-se logo para ela e disseram-lhe:

– Olá, velhinha, nós vamos-te a comer!
–Não me comais agora, que estou muito magrinha! Eu vou ao casamento da minha filha. Quando voltar já venho mais gorda e depois já me podeis comer!

E a velhinha seguiu. Muitas festas no casamento! Ao chegar o dia da partida, a velhinha andava muito triste e a filha perguntou-lhe:

– Que é que tem, minha mãe, que anda tão triste?
– Olha, minha filha, é porque ao vir encontrei dois lobos e queriam-me comer e eu disse-lhes que me não comessem, que ao voltar já ia mais gorda e, agora, tenha medo!
– Ó minha mãe, não se aflija, pegue lá esta cabacinha, meta-se lá dentro e vá para casa sossegada!

A velha assim fez. Meteu-se na cabaça e pôs-se a caminho. Ao passar pelos lobos, os lobos perguntaram-lhe:

– Ó cabacinha, tu não viste para aí uma velhinha?
– Eu cá não vi nem velhinha nem velhão! Corre, corre, cabacinha, corre, corre, cabação!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

ACTIVIDADES ECONÓMICAS


II

PAULO MARTINS e a PADARIA DIANA

Vamos ver se conseguimos dar um pouco de alegria à sr.ª Irene que tem andado muito triste por estes dias.

Estarei a dar conta de uma evidência se disser que os pais e as mães de Rebordaínhos, mais do que com os seus, se comprazem com os sucessos dos filhos. Não é de estranhar que assim seja porque, se pensarmos com justiça, veremos que os filhos devemos quase tudo aos nossos pais que não mediram sacrifícios para nos porem a mão por baixo, como Deus faz ao menino e ao borracho. Assim fizeram a sr.ª Irene e o sr. Victor (ele que me perdoe, mas é o labaredas).

Quando eu era menina e eles eram meus vizinhos na casa junto ao pelourinho, a Sr.ª Irene era tecedeira e o toc-toc do tear ecoava pelo bairro, marcando o compasso das melodias que entoava enquanto trabalhava. Nem sei o que era mais perfeito, se as mantas de retalhos que lhe saíam do tear, se a lindíssima trança que enrolava em crucho e lhe dava ao rosto aquele aspecto de rainha que só víamos nas estampas dos livros. Do tear, à família de boas posses que hoje é, medeia uma história que merece ser contada, mas terá de ficar para outra vez. Hoje falarei do seu Paulo.

O Paulo, depois de andar uns anos por fora, estabeleceu-se em Rebordaínhos. Percebeu que nas aldeias já são poucas as pessoas que cozem o próprio pão e o seu sentido de oportunidade levou-o a abrir uma padaria – a padaria Diana – que instalou em Vale da Frunha. Encostado à estrada e virado para o vale dos Pereiros que se avista plenamente, o edifício da padaria é amplo e arejado como convém. À entrada, sob um telheiro, pilhas de lenha informam o visitante de que, ali, também se coze à maneira antiga.

A reportagem fotográfica data, já, de 2008 e foi a sr.ª Irene que me guiou a visita, devido aos muitos afazeres do Paulo e aos horários difíceis que a sua actividade implica. Mas explicou-me tudo muito bem.

Para facilitar a limpeza, o interior está integralmente revestido de azulejos e a maquinaria – fornos, masseiras, batedeiras – é de aço, com a robustez que convém. O asseio do conjunto pode atestar-se pelas fotografias. Da Padaria Diana saem produtos regionais como o folar da Páscoa, mas o que lhe granjeou a fama inicial foi o pão, cozido de acordo com os modelos e receitas tradicionais aplicados à maquinaria moderna.

O pão de Rebordaínhos, designação por que é conhecido aquele que o Paulo produz, vende-se, principalmente, nos hipermercados de Bragança, mas as encomendas que recebe de todo o concelho e, até, de fora dele, esgotam-lhe toda a produção. Diz-se, por Bragança, que o pão de Rebordaínhos é o primeiro a acabar-se. Bom sinal! Quem quiser comprovar o que digo, pode ler a reportagem publicada no Jornal do Nordeste em 2008 (clicar sobre o sublinhado).

O Paulo e a mulher asseguram, quer a produção, quer a distribuição. A sua carrinha, que um lindo logotipo identifica, logo de manhãzinha segue pelas estradas que tem de percorrer até aos destinos aprazados e, só no regresso, é que os dois se dão o direito a umas horas de sono. É uma vida dura, mas é muito bom que haja quem assente arraiais na terra e a mantenha povoada e activa. O Paulo é uma daquelas pessoas que prova que, com as ideias certas, é possível trazer algo de novo ao povo e crescer economicamente na aldeia. Bem-haja ele!