sábado, 19 de abril de 2008
Festas e Romarias
O dia treze de Maio, (para além do aniversário da minha mana mais piquenita), é um dia de referência para a nossa aldeia. Sim, sabemos que é um dia de referência para o país em geral mas, a verdade, é que em Rebordaínhos, este dia è vivido com particular devoção.
Mas, como em quase tudo o que povoa as nossas memórias, também o dia 13 de Maio tem sofrido alterações ao longo dos tempos.
Lembro-me que quando eu era mais pequena, as primeiras comunhões eram realizadas neste dia.
Então. os miúdos que se vestiam de cruzadas, saiam de casa do meu avô e da minha tia Helena (na altura mordoma da Sra de Fátima) e caminhavam muito ordeiramente e compenetradas até à Igreja paroquial, onde eram aguardadas pelos principais actores do dia - as crianças da primeira comunhão-.
Uma vez aí chegadas, entravam pela porta principal da igreja, enquanto as senhoras do coro entoavam aquela canção "vinde ó meigas criancinhas..."
Lembro-me particularmente do dia da minha primeira comunhão, em que usava aquele vestido branco comprado com tanto sacrifício pelos meus pais e, religiosamente costurado pela tia Maria da avó. Não sei onde pára o vestido (provavelmente nas Cabanas). Sei que, depois de mim, foi usado pelas duas irmãs mais novas, e depois por várias primas. Mas que tenho saudades, tenho!
Hoje, a festa resume-se a uma missa e a um almoço em família, mas em honra da minha mãe e de toda a família, é com todo o gosto que, eu própria me encarrego de decorar o andor da Nossa Senhora de Fátima.
Sei que pode parecer estranho, mas cultivo com todo o gosto, estas raízes e valores que os meus pais me transmitiram.
Batata sem escoamento
Os preços que pagam ao produtor não chegam para cobrir as despesas (7 centimos por Kg,) como me contaram nesta Páscoa, e nós em Lisboa a comer batata de péssima qualidade e dez vezes mais cara!
Não sei o que se possa fazer para inverter esta situação, só sei ,que alguma coisa deve ser feita em prol dos produtores e consumidores, e em desfavor de outros intervenientes.
Haja alguém que diga a estes resistentes (para bem de todos nós) o que devem fazer para não passarem a vencidos.
Segue o artigo
|
quinta-feira, 17 de abril de 2008
domingo, 13 de abril de 2008
Rebordainhos - Resenha Histórica (excerto)
sábado, 12 de abril de 2008
Colaboração da Junta de Freguesia
O Nosso obrigado a ela e à Junta!
Parque Eólico da Serra da Nogueira (PENOG) - 1 -
Escrito por G.L. | |
Terça, 11 Março 2008 Autarcas da Nogueira renovam com Penog exploração do vento | |
O distrito de Bragança é o distrito do país que produz mais energia eléctrica proveniente de fontes renováveis (FER) em Portugal. Segundo as estatísticas da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), relativas ao mês de Dezembro de 2007, Bragança produz já 1000 MW, mas a maior parte desta energia provém da grande hídrica, uma vez que no caso da produção de energia eólica está na causa da tabela, no conjunto dos 18 distritos só três produzem menos, nomeadamente Évora, Beja e Portalegre. Sendo que o que tem maior produção é Viseu (705 GWh), Castelo Branco ((497 GWh), em Vila Real a produção em 2007 chegou aos 387 GWh Artigo publicado no"O Informativo" veja o artigo em pormenor |
segunda-feira, 7 de abril de 2008
A proposito de ... Água
A iniciativa do tio Piloto foi de grande pioneirismo e altivez: naqueles tempos de ditadura, convecer uma Câmara a fornecer materiais ao povo não estava ao alcance de qualquer um. Mas o povo não lhe ficou atrás e não se furtou a trabalhos, na abertura da nascente e das valas por onde iriam passar os canos, em terra cheia de fragas.
Voltando ao assunto, segundo me explicaram, a falta da água devia-se, principalmente, ao facto de o consumo ser muito maior nestes meses, com a vinda de férias dos emigrantes, dos jovens que estudavam fora e vinham de férias escolares e, sobretudo, porque algumas pessoas regavam as suas terras com a água canalizada, apesar da proibição de o fazerem nesse período.
A este propósito, a tia Ester contou-nos o seguinte episódio passado entre a Senhor D. Maria e o Senhor Professor, irmãos muito estimados e que toda a gente recorda como os "senhores professores". Pelos vistos, também a água lhes faltou, na sua nova casa à entrada do povo. E dizia ela na sua voz cava:
- Ó Francisco, os outros regam e nós secamos! - Posto o que, começou a cantar:
O moinho da nossa aldeia
Mais alguns anos decorreram assim, até que alguém decidiu instalar contadores de água, e foi o início do fim do martírio da falta de água. Quem regava às escondidas deixou de o fazer, porque tinha de pagar o consumo para além de um certo nº. de m3. Penso que, paralelamente, também se procedeu ao reforço da captação.
Bem-haja quem decidiu esta medida que, creio, foi o Carlos Chedre, mas se estiver enganado, alguém me corrija, por favor, para que se possa dar o seu a seu dono.