domingo, 31 de agosto de 2008

Gastronomia Transmontana V

Gostaria mais de colocar no Blog receitas da nossa Freguesia e em especial as antigas, como as nossas férias na aldeia foram curtas, não nos foi possível recolher mais receitas, peço assim aos leitores do Blog, com familiares na aldeia a colaboração no sentido de recolherem junto das senhoras algumas receitas e fazerem o favor de nos enviarem, para o nosso mail: stockermar@gmail.com .


Arroz de Afogado

ALTO BARROSO
Ingredientes
: Para 8 pessoas

  • Sangue de 1 cabrito ;
  • tripas de 1 cabrito ;
  • o fígado, os rins, os pulmões e o coração de 1 cabrito ;
  • 150 g de presunto ;
  • 2 cebolas ;
  • 1 ramo de salsa ;
  • 2 colheres de sopa de banha ;
  • sal ;
  • louro ;
  • cravinho ;
  • meio copo de vinho branco ;
  • 600 g de arroz

Confecção:

Coze-se o sangue do cabrito em água temperada com sal, louro e cravinho. Lavam-se impecavelmente as tripas em várias águas, virando-as, e cozem-se à parte em água temperada também com sal, louro e cravinho.
Faz-se um refogado com a cebola, a banha, a salsa e o presunto cortado em bocadinhos.
Juntam-se o fígado, os pulmões, os rins e o coração, também cortados em bocadinhos, e deixam-se guisar bem. Adicionam-se agora as tripas cortadas em bocados. Rega-se com o vinho branco e deixa-se apurar.
Deita-se a água necessária para se obter um «arroz malandro» e introduz-se o arroz logo que ferva (a água deve ter pelo menos três vezes o volume do arroz).
Quando o arroz estiver cozido, junta-se o sangue esmigalhado com as mãos, mexe-se e serve-se imediatamente.

Arroz que se prepara para o aproveitamento das miudezas, tripas e sangue do cabrito.

fonte: Editorial Verbo


Queijadas de Murça

Ingredientes:

  • Para a massa:
  • 300 g de farinha ;
  • 3 ovos ;
  • 1 colher de sopa de banha ;
  • 2 colheres de sopa de água ;
  • sal ;
  • Para o recheio:
  • 1 kg de doce de chila bem seco ;
  • 250 g de amêndoas ;
  • 12 gemas ;
  • 1 colher de chá de canela ;
  • 300 g de açúcar para cobrir

Confecção:

Peneira-se a farinha para um alguidar e põe-se por cima a banha. Com as palmas das mãos, esfrega-se a farinha e a banha, misturando-as.
À parte, batem-se os ovos inteiros com a água, a que se juntou um pouco de sal. Junta-se esta mistura à farinha com a banha e amassa-se tudo, batendo e sovando a massa até esta ter a consistência e elasticidade suficientes para ser tendida.
Se for necessário, junta-se um pouco mais de água. Deixa-se descansar meia hora.
Entretanto, mistura-se o doce de chila com as gemas, as amêndoas peladas e raladas e a canela.
Estende-se a massa muito fina e, com um copo, corta-se em rodelas. Apertam-se os bordos destas rodelas em cinco sítios, de modo a dar a cada uma a forma de caixa. Dispõem-se as caixas de massa num tabuleiro e enchem-se com o recheio. Levam-se a cozer em forno quente.
Enquanto as queijadas cozem, leva-se o açúcar ao lume com meio copo de água e deixa-se ferver até fazer ponto de pérola.
Passam-se as queijadas por esta calda assim que saírem do forno e põem-se a secar. Depois de frias, pincela-se a superfície das queijadas com a calda, esfregando o pincel para o açúcar se tornar opaco.

fonte: Editorial Verbo

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1 comentário:

J. Stocker disse...

Só uma achega!

Em vez do Arroz de afogado do Alto Barroso, gostaria muito de postar o arroz que se faz na matança, tive oportunidade de o apreciar por duas vezes na matança do Rafael, é de comer e chorar por mais!
Uma das vezes foi feito pela Senhora Ester e outra pela Senhora Eduarda.