Quem fomos? Como éramos? Como somos?
Não seria bom que preservássemos tais memórias?
O blog Rebordainhos propõe tornar-se o fiel depositário das relíquias fotográficas que existam nas nossas casas. Não dos originais, que devem estar na posse das famílias, mas de cópias que a tecnologia permite que criemos. Vale a pena o desafio? Cá espero as respostas.
Nas férias da Páscoa, a minha prima Lurdes (da tia Zulmira) e a tia Maria (Fecisma) depuseram autênticos tesouros nas minhas mãos. Começo agora a tratar deles com grande carinho e desvelo. Os menos conhecedores dos assuntos da tecnologia acreditem que os originais permanecem incólumes e devolvê-los-ei nas férias do Verão.
Quem mais se não importa de me emprestar as fotografias que tem ou, podendo, de me enviar scanner delas para o e-mail? Recordo-o: blog.rebordainhos@gmail.com
Não seria bom que preservássemos tais memórias?
O blog Rebordainhos propõe tornar-se o fiel depositário das relíquias fotográficas que existam nas nossas casas. Não dos originais, que devem estar na posse das famílias, mas de cópias que a tecnologia permite que criemos. Vale a pena o desafio? Cá espero as respostas.
Nas férias da Páscoa, a minha prima Lurdes (da tia Zulmira) e a tia Maria (Fecisma) depuseram autênticos tesouros nas minhas mãos. Começo agora a tratar deles com grande carinho e desvelo. Os menos conhecedores dos assuntos da tecnologia acreditem que os originais permanecem incólumes e devolvê-los-ei nas férias do Verão.
Quem mais se não importa de me emprestar as fotografias que tem ou, podendo, de me enviar scanner delas para o e-mail? Recordo-o: blog.rebordainhos@gmail.com
(carregar sobre as imagens para ampliar)
Começo por esta que era da Senhor Dona Maria: Largo do Prado, perspectiva de Sul para Norte. Vê-se o tanque e, por trás, a casa da Maralha. Ao fundo, à direita, vislumbra-se a casa do Sr. Lopes. Quem são as personagens?Lanço daqui um apelo às gentes de Rebordainhos que, embora não comentem, sei que vêem o blog. Tomem nota daqueles que identificam; perguntem aos mais velhos por aqueles que não sabem e digam-me ou peçam que me digam. Que bom seria se cada rosto tivesse um nome!
Desde já, o meu bem-hajam!
21 comentários:
Eis-me um tanto ou quanto desconfortável. Na fotografia toda a gente é mais velha do que eu e não tenho a certeza de ninguém. Pela pinta, parece-me que estão ali dois do tio César e da tia Hélia. Arrisco:
n.º5 é o Zé Maria
n.º8 é o Baptista
n.º 11 parece-me a Júlia do tio Sebastião e da tia Maria Narcisa.
De resto, mais ninguém. Não seria bom que os identificássemos a todos? Nesta fotografia e nas outras que hão-de ser mostradas?
Asneira pura!
Nem a casa pode ser a da Maralha (nessa altura seria, no máximo, a da tia Ricardina...) porque a perpectiva não é de Sul, nas de sudeste, nem as pessoas, pela idade da foto, podem ser as referidas. Quem se lembra da "bica" do prado e da sua disposição no largo sabe bem que a casa ao fundo só pode ser a do sr. Ernesto... Sim, essa mesma que tinha uma taberna, agora edifício de pedra lavrada,que veio a ser do pe. João.
Estranho? Reparem na árvore! Não me parece olmo que teria outra "morfologia". Tem de ser o freixo. Agora lembrem-se do tamanho, ou idade, que este tinha quando foi abatido, comparem com a idade que aqui parece ter, calculem a idade da foto... e imaginem onde andariam ainda os referidos filhos do tiu César e do tiu Sebastião!
Aliás há outro pormenor: não se vê, aqui, a ligação do tanque da bica ao tanque de lavar a roupa (que por sua vez, corria para a poça em frente à casa Chicheiro); o primeiro tinha gravada uma data - e uma coincidência familiar fez-me reter que se tratava de 1917; o segundo é posterior e, se se não estou a fazer confusões, terá sido construido quando o senhor professor foi presidente da junta.
Se na foto se vislumbra alguma casa, à direita, também nunca poderia ser a do sr. Lopes. Nesta perspectiva, ao fundo... talvez o palheiro do tiu Rastreja
Perdão pela ousadia
Fátima:
Não sou um profundo conhecedor das terras de Rebordainhos, levando em conta que vivi lá apenas dos 5 aos 11 anos, mas pelo pouco que conheço também penso que a perspectiva não seja de sul nem mesmo de sudeste (inclusive comentei com minha mulher antes desse comentário anónimo). Até cheguei a iniciar um comentário ontem onde dizia que não me via nessa foto, pois não tenho a menor lembrança de alguma vez ter tirado uma foto antes dos meus 11 anos e muito menos de algum dia ter andado descalço, coisa que não consigo fazer até hoje. Pela fisionomia e cabelo até poderíamos ser eu, o Zé Maria e o Manuel (5, 8 e 7). Quantos aos nomes Maralha e Ricardina, sem comentários... Maralha é um nome que vaga lá no fundão da minha memória, mas que nem faço a menor ideia de quem possa ser e Ricardina nem vaga na minha lembrança.
Em tempo: Desculpe sr. anónimo, mas penso que algo que está sendo feito com o intuito de resgatar a memória de um povo, jamais poderá ser denominado de "asneira". Quem seria o asno aqui?
Todos cometemos erros!
abraços
Baptista
Caro anónimo
Se quem diz asneiras é asno, vou já saber de umas orelhas de burro. De burra, neste caso!
Não tem que pedir desculpa: não foi ousadia, foi tentativa de resposta ao meu apelo. Obrigada, pois, por ela.
Eu não sei é se percebi muito bem a data que está a atribuir à fotografia: algures muito perto de 1917? Se é isso, lamento, mas tenho que lhe dizer um redondo não. Para tanto, firmo-me num elemento de datação fundamental: os vestidos das meninas. Se quiser um termo de comparação, lembre-se das roupas que os três pastorinhos de Fátima envergavam nas fotografias que conhecemos deles e que datam, exactamente, de 1917.
Concordo consigo no que respeita à orientação da fotografia que apresentei, apenas, servindo-me dos pontos cardeais. Aceito, também, que se trata da casa do Sr. Ernesto (e não da da Sr.ª Emília - Maralha), mas a costrução que se entrevê ao fundo, por entre a folhagem, parece-me rebocada e caiada, o que será muito para um palheiro.
Conto com a sua ajuda para continuar este debate (embora eu prefira saber o nome das pessoas a quem me dirijo, se quiser manter-se a coberto do anonimato é lá consigo), nomeadamente, para sugerir alternativas aos nomes por mim apresentados e propostas para aqueles que não foram referidos.
Com os melhores cumprimentos
Baptista
Obrigada pelo apoio (tenho sentido a falta das tuas intervenções aqui!).
Em tua opinião qual será perspectiva da fotografia?
Percebi que concordas que aqueles meninos fazem lembrar gente da tua família, mas tens dificuldade em aceitar isso por te não recordares de andar descalço nem de teres sido fotografado. Deduzi, ainda, que inverterias a identificação - a serem, serias tu o n.º 5 e o Zé Maria o n.º 8? O Manuel seria o 7 ou o 9? Deduzi bem, ou preferes não te (vos) ver na fotografia?
___
Esperei ver-te na Páscoa. Perguntei por ti ao senhor teu pai que me disse que te esperava, mas não sabia exactamente quando seria. Tive pena.
Beijos
Boa tarde conterrâneos da minha mãe!
Antes de mais, gostaria de pedir desculpas por estar a fazer um comentário em "off-topic", mas achei que esta seria a melhor forma de divulgar esta iniciativa.
Transcrevendo parte de um post num blog de minha autoria:
"Depois de uma volta pela blogosfera e de ver que a quantidade de blogs Transmontanos aumenta a cada dia que passa pensei se não seria interessante unir todos esses blogs com uma imagem... Algo que unisse os seus colaboradores num sentimento comum: O orgulho em ser Transmontano!
Assim, e à semelhança do que já se passa com este meu blog, sugiro aos autores, colaboradores e administradores de todos os blogs Transmontanos a inclusão de uma das imagens que a seguir se publicam nos seus blogs.
A imagem, depois de colocada no blog, não redirecciona para nenhum site! Não há links, não há spam, não há nenhuma maldade nesta sugestão! Apenas o orgulho no local onde nasci!"Queiram ver as imagens seguindo o seguinte URL: http://bombeiralhadas.blogspot.com/2009/05/orgulhosamente-transmontanos.html
Fiquem com um forte abraço!
João Mata
Joãozinho
Que prazer ver-te aqui!
Como poderás ver, já copiei o selo porque a ideia me agradou. Agora vou acrescentar o teu link à lista de blogs deste nosso.
Beijos
Sou visita assídua... Limito-me um pouco nos comentários, não por desinteresse mas, muitas vezes, pelo "não conhecimento" das gentes descritas nos posts!
Obrigado pela divulgação.
Como deves ter reparado, não só o blog de Rebordainhos, mas também os seus parentes mais próximos estão divulgados no bombeiralhadas!
Beijo.
Não sei de quem seria a casa mas, julgo que num ponto estamos todos de acordo:a fotografia parece ter sido tirada no prado.
Quanto às pessoas...não faço a mínima ideia de quem sejam, embora concorde que três daquelas crianças dêem ares ao tio César.
Concordo plenamente com o que dizes em relação aos vestidos das meninas.Em 1917, as meninas não só não usavam as saias tão curtas como também não usavam aquele corte e feitio.
Valeu a tentativa
Bjos
Olímpia
Boa, João!
Adorei a ideia.Continua a apareceres por aqui!
Bjos
Olímpia
Baptista:
Julgo que já todas estávamos a sentir a tua falta...
Continuamos a contar com a tua colaboração.
Beijos
Olímpia
Joãozinho
Já tinha reparado, sim, e obrigada. Foi uma grata surpresa, desde que te descobri aqui há tempos numa pesquisa que fiz na internet.
Obrigada, também, pelas tuas visitas a esta casa que também é tua.
Beijos
Caros amigos à procura das origens:
Também tinha que meter a minha colherada nesta demanda:
1. Aquela não pode ser a casa do Sr. Ernesto; quando, em 1950 ou 51, saímos de Bargança para Rebordainhos,o meu pai tomou o passe da taberna do Sr. Ernesto, casa de dois pisos (ele morava por cima da taberna)e as escadas de acesso ao primeiro andar situavam-se no interior de um pátio: ainda lá fui trocar dinheiro...
2. Ora a esse tempo o freixo já era muito maior. Lembro-me muito bem por, junto dele, ter caído em cima de uma bosta de vaca quando jogava à queda com o meu irmão - coisas malcheirosas que não esquecem.
3. A casa parece-me mesmo a da Tia Ricardina que eu ainda recordo e que futuramente aparecerá numa das minhas historietas.
Não me parece que nenhum dos elementos da criançada pertença ao tio César: andavam mais bem vestidinhos e mais à moderna. E então a Julinha do tio Sebastiao que nadava sempre um mimo! A foto há-de ser muito mais antiga, portanto, mais próxima da inauguração do fontanário.
Abraços Rebordainhenses.
Como dizia o outro: "pois sem a minha não fica"!
É certo que já mandei uns bitaites. Ainda bem que o não fiz aqui! Senão, em vez de uma asna, seriam duas!...
Bom, mas o que importa é que, de asneira em asneira, lá havemos de chegar! E uma coisa é certa. A idéia é muito gira!
Quem nos dá mais ajuda?
E já agora, para a próxima podes publicar umas mais fáceis?
Beijos a todos, incluindo o amigo anónimo
Tonho
Fizeste-me rir com o argumento do "arranjadinho", porque eu usei-o com a minha irmá Amélia que, sem óculos, queria ver o meu Pedro num dos garotos. Argumentei: credo, alguma vez a mãe deixava andar os filhos de calças desapertadas? Resposta pronta dela que tive que ouvir e calar: a mãe também não deixava andar o Pedro só com uma alça e ele andava com a outra sempre a arrastar (e outras coisas que fazia nela, parecidas com a da tua lembradura...)!
Estamos bem amanhados se ninguém der sugestões!
Quando é que foi inaugurado o fontanário, para ver se, ao menos, entramos melhor na data?
Beijos
Augusta
Eu pensava que esta não seria das mais difícies...
Beijos
Olímpia
Saltei o teu comentário, desculpa.
Parece que somos más fisionomistas. Vamos lá ver, pode ser que no Verão mostremos aos mais velhos e eles nos possam esclarecer.
Beijos
Também entrei algumas vezes em casa do sr. Ernesto (lembro em particular certa vez, com minha mãe, por causa de uma "letra"...)e é verdade o pormenor das escadas dentro do pátio - comparável ao que se mantém hoje. Procurei na foto o muro, o cancelo, alguma coisa... Admiti que estivesse escondido pelo tanque e personagens... A não ser que a casa (velha) como nós a conhecemos tivesse resultado já das obras feitas quando do casamento com a D. Denérida. Mas insisto que a casa da foto não pode ser outra senão ela...
Para não voltar às asneiras - suprema irreverência! - chamo a atenção do António para o facto de estar a transplantar o freixo para a frente da casa da tia Ricardina: talvez para o cucuruto da fraga... Se a memória lhe retém a imagem desta, lembre aquele casebre minúsculo, de onde ela saia sempre descalça; uma perspectiva, como esta, da sua entrada seria possível, talvez, do fundo das escadas do sr. Tito, ou até da tia Becisma, mas nunca do Prado , além do tanque, e vendo-lhe uma nesga da face oriental. No local, este casebre ficaria claramente à direita do fotógrafo, e não à esquerda.
Nunca quis datar a foto em torno de 1917 - até porque os professores chegaram já durante o Estado Novo. Mas insisto na sua antiguidade, a ponto de tornar inadmissíveis as identificações propostas: por ser anterior à versão actual da casa do sr. Ernesto; por mostrar um freixo ainda tão novinho; e por não mostrar a ligação com o tanque da roupa - e penso que a data da costrução deste último pode ser um bom elemento indicativo.
Não consigo encontrar, nesta versão da foto, qualquer indício de outra casa, caiada ou não. Mas se existe no original... e é caiada, então será a do sr Rogério, o polícia - a da tia Aninhas, digo.
Quanto a fisionomias... Engraçado, um dos adultos pareceu-me, fez-me lembrar o marido (falecido) da Ana Palhinas, de Arufe... Vejam lá!
Prometo não voltar e enervar ninguém.
Anónimo
Palavra de honra que me não enervou: a forma como iniciei a resposta que lhe dei foi o mesmo que dizer a mim própria, "toma e embrulha, que é para aprenderes!" Reli a resposta que lhe dei e, logo no começo, está um agradecimento pelo seu contributo. Acredite que é sincero e agora vou mais longe, pedindo-lhe que contribua mais, com a sua opinião e com as suas memórias porque, já deu para perceber, as tem bem vivas.
As minhas memórias conservam nomes (Ricardina e Maralha não passam disso para mim) mas pouco mais. Nasci nos anos 60, anos a partir dos quais a emigração provocou grande razia nas nossas gentes e algumas transformações na aldeia (mal me lembro do tanque do prado, por exemplo) daí que aprecie tanto quem me/nos dá informações. Foi o seu caso, corrigindo-me, embora não fornecesse alternativas às minhas tentativas de identificação.
Quanto à casa ao fundo, à direita, (só se vê no computador depois de ampliada, porque o original é minúsculo) parece que só eu é que a vejo... devo estar a precisar de óculos!
Volte sempre
Um abraço
Fátima
Nem que te quisesse ajudar não poderia, porque estas caras são-me completamente desconhecidas.
Da tia Ricardina, lembro-me de o tio Jaime falar muito nela e dizer que ela não perdia um jogo de futebol lá na aldeia. Coisas que as crianças registam, vá-se lá saber porquê.De resto, não sei quem era, nem a quem pertencia.
Mas já me ri bastante com alguns comentários, sobretudo o do Tonho.
No entanto o anónimo deixa bem claro que é conhecedor da história nossa terra, pena que não se identifique e que não comente mais, seria interessante.
Beijinhos
Céu
Anónimo:
Partilho da sua opinião:Também acho que,a casa caiada lá ao fundo, vista daquele ângulo, só poderia ser a casa da tia Aninhas.Já o tinha dito à minha irmã.
Continue a visitar-nos e dar-nos a sua opinião
Olímpia
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