V
TREINO A VALER, Pilatos e companhia Lda.
por
FILINTO MARTINS
por
FILINTO MARTINS
Calor… moscas… ninhos… ovinhos… passarinhos… 1960…
Já rareava o folar… o recheio da tarde passava a ser outro – "horas de compensação". Os mais espertos tiveram a vantagem de um reforço especial em casa dos senhores professores – a Bernardete, o Pilatos, eu e outro companheiro para “jogar sueca”, varreu-se-me da memória. A sessão decorreu no corredor, sentados num banco onde nos íamos acomodando.
O senhor Carlos saiu aligeirado do seu quarto, que era à direita de quem entrava, saudando estes heróis. E que artistas! Acho que ele saiu com pena de ver aquelas criaturas indefesas, quais ovelhas badanas às mãos do tosquiador.
O treino costumava ser na escola, mas para nós, como os exames estavam à porta era preciso algo mais, para a grande final que se realizava em Bragança, sede de concelho.
Mal entrávamos em casa dos senhores professores e víamos, na mão da Dona Maria, um livro com uns morangos vermelhos, apetitosos, que ilustravam a capa, logo o Pilatos dizia, em surdina: "Ai que hoje é ditado e contas de reguadas…" agora era a sério, pois cada erro valia uma.
Da cozinha, que era mesmo ao lado, vinha muitas vezes um cheirinho e não raras vezes, seguia ao seu encontro uma ordem da Dona Maria. Enquanto ditava e nós escrevíamos, alguns eram mais lentos, o recado da professora para a criada: "Sara, esse arroz já deve estar cozido!" O Pilatos, que ia sempre atrasado, só não ia na idade e na malandrice, confundia o ditado com a ordem e perguntava:
- Senhora professora, arroz é com um z com um sê?
A Dona Maria, furiosa logo ripostava:
- O arroz é para a Sara!
O Pilatos, em voz baixa, resmungava: "Então escrevo batatas, eu até gosto mais!" No fim do ditado era um arraial de reguadas.
Dado que a porta não estava calafetada e os vidros não eram duplos, ouvia-se a tia Teresa chamar: "Ó Augusta…" e logo o Pilatos acrescentava: "Já comes!"
Noutras alturas, ao fundo desse corredor, à esquerda havia uma sala com uma alcofa, donde vinha um cheirinho a maçãs e fruta, que os manos primavam pela sua apresentação e conservação. À direita era o quarto da Dona Maria… amplo… arejado.
Uns meses antes o cenário, para mim, tinha sido outro.
Com os meus irmãos, a Lucinda e a Sofia fomos cantar-lhes os reis. Receberam-nos muito bem-dispostos. Junto à lareira estava um forno único na aldeia, que a mim me seduzia, porque era pequeno, redondo, diferente dos outros. A Dona Maria começou por servir-nos uns bolos que pareciam muito apetitosos. Como não podia deixar de ser, eu dei logo uma dentada num e resmunguei em voz baixa: “são farelos!” Os meus irmãos não se atreveram a dizer tal e lá iam tentando engolir, lembrando-me os perus da tia Emília ao engolirem as “porretas” das cebolas, até que num sorriso amplo e bondoso a Dona Maria exclamou: “só ele é que acertou”. Assim eu acertasse nas contas! A seguir é que nos serviu uns mimos, enquanto o senhor professor, mesmo com um ar mais sério, deu um rasgado sorriso, pois não era dado a muita exteriorização, mas o senhor Carlos procurava servir e ria-se a bom rir.
É bom recordarmos, recordarmos… Quando abro uma gaveta das recordações, gosto de ver a assinatura do senhor Francisco Joaquim Fernandes Ribom, com aquela letra pequenina, certinha, em que as maiúsculas se destacam das minúsculas de forma clara e evidente (eu não sou perito em grafologia – fica o desafio…) e o registo civil é de Santa Comba de Rossas, sendo do mesmo o ajudante.
Somos feitos de memória e esquecimento, portanto desenvolvamos a memória afectiva, esquecendo as ofensas que foram por amor. Aqui recordo aquela data de 11 de Julho de 1960, quase meio século… Não "exijo" que os meus companheiros de carteira tenham esta memória positiva, mas esforcemo-nos por recordar o positivo e esquecer a página negativa. Aqui recordo como éramos em crianças… com pouco, éramos felizes…
Para aqueles que gostam: o nosso mestre escreveu Rebordainhos, sem acento e o Delegado Escolar apôs-lhe o “maldito acento” – prenúncio do acordo ortográfico!?
Hoje, tão longe no tempo, tenho que agradecer e admirar o profissionalismo destes irmãos que sabiam distinguir a escola, a rua, a casa onde sempre fui bem recebido e jamais alguém poderá dizer, que não levei umas boas reguadas por serem tão meus amigos. Até tive um prémio: reprovei um ano, porque era inteligente. Para que conste, segue cópia do meu exame de 2.º grau que tem a data de mil novecentos e sessenta. Faz no próximo dia 11 de Julho quarenta e nove anos.
Chegou o grande dia. Parecia que íamos para uma festa… Apanhámos o comboio em Rossas. Uma vez chegados a Bragança, lá fomos que nem cordeirinhos para a escola da Estacada, onde se realizavam os exames.
No largo fronteiriço, autênticos cachos de alunos bebiam as últimas recomendações dos seus mestres. Os nervos eram muitos, mas tudo ia correr bem. Provas de manhã e de tarde. Mesmo assim, ainda deu tempo para comprarmos com os olhos, lindos brinquedos nas montras das lojas, pois na aldeia só havia duas tabernas e rebuçados bons, só na festa da Padroeira.
À noite, cada um foi para o seu quarto que a família alugara, ou para casa de algum amigo ou familiar, porque no dia seguinte havia provas orais e os transportes não permitiam as tais comodidades. Eu fui para casa da senhora Aurora, na rua dos Batoques.
Que o diga a filha do Raul dos Vales, acho que se chamava Alzira…
Naqueles dias de invernia, nevoeiro de meter medo, lá chegava ela… Hoje seria uma heroína, naqueles tempos uma aluna como qualquer outra. Lá onde estiveres, Alzira, ao fim de quase meio século, permite-me que te elogie pela tua coragem, dedicação. Sinto orgulho de ter sido teu colega de escola. Hoje serias condecorada no dia dez de Junho. Não quero esquecer outra colega de Arufe, a Olívia e aqueles companheiros dos Pereiros, que não raras vezes faltavam porque não conseguiam passar na ribeira que transbordava.
Saíram os resultados… Todos aprovados. Cá fora esperavam-nos os professores todos orgulhosos, sorrindo para os colegas, diziam em voz baixa: “Eu sabia que os meus alunos estavam preparados!” Hoje, estariam lá os repórteres dos diferentes canais de televisão. “A Prova de Aferição” até foi fácil…
Chegámos à aldeia, como os cordeiros que regressam ao redil, numa tarde-noite de Verão. A prenda foi o calor do lar e as últimas horas de fato, mãos nos bolsos puxando as calças para mostrar os sapatos novos, que era preciso guardar para a festa que estava próxima.
Já rareava o folar… o recheio da tarde passava a ser outro – "horas de compensação". Os mais espertos tiveram a vantagem de um reforço especial em casa dos senhores professores – a Bernardete, o Pilatos, eu e outro companheiro para “jogar sueca”, varreu-se-me da memória. A sessão decorreu no corredor, sentados num banco onde nos íamos acomodando.
O senhor Carlos saiu aligeirado do seu quarto, que era à direita de quem entrava, saudando estes heróis. E que artistas! Acho que ele saiu com pena de ver aquelas criaturas indefesas, quais ovelhas badanas às mãos do tosquiador.
O treino costumava ser na escola, mas para nós, como os exames estavam à porta era preciso algo mais, para a grande final que se realizava em Bragança, sede de concelho.
Mal entrávamos em casa dos senhores professores e víamos, na mão da Dona Maria, um livro com uns morangos vermelhos, apetitosos, que ilustravam a capa, logo o Pilatos dizia, em surdina: "Ai que hoje é ditado e contas de reguadas…" agora era a sério, pois cada erro valia uma.
Da cozinha, que era mesmo ao lado, vinha muitas vezes um cheirinho e não raras vezes, seguia ao seu encontro uma ordem da Dona Maria. Enquanto ditava e nós escrevíamos, alguns eram mais lentos, o recado da professora para a criada: "Sara, esse arroz já deve estar cozido!" O Pilatos, que ia sempre atrasado, só não ia na idade e na malandrice, confundia o ditado com a ordem e perguntava:
- Senhora professora, arroz é com um z com um sê?
A Dona Maria, furiosa logo ripostava:
- O arroz é para a Sara!
O Pilatos, em voz baixa, resmungava: "Então escrevo batatas, eu até gosto mais!" No fim do ditado era um arraial de reguadas.
Dado que a porta não estava calafetada e os vidros não eram duplos, ouvia-se a tia Teresa chamar: "Ó Augusta…" e logo o Pilatos acrescentava: "Já comes!"
Noutras alturas, ao fundo desse corredor, à esquerda havia uma sala com uma alcofa, donde vinha um cheirinho a maçãs e fruta, que os manos primavam pela sua apresentação e conservação. À direita era o quarto da Dona Maria… amplo… arejado.
Uns meses antes o cenário, para mim, tinha sido outro.
Com os meus irmãos, a Lucinda e a Sofia fomos cantar-lhes os reis. Receberam-nos muito bem-dispostos. Junto à lareira estava um forno único na aldeia, que a mim me seduzia, porque era pequeno, redondo, diferente dos outros. A Dona Maria começou por servir-nos uns bolos que pareciam muito apetitosos. Como não podia deixar de ser, eu dei logo uma dentada num e resmunguei em voz baixa: “são farelos!” Os meus irmãos não se atreveram a dizer tal e lá iam tentando engolir, lembrando-me os perus da tia Emília ao engolirem as “porretas” das cebolas, até que num sorriso amplo e bondoso a Dona Maria exclamou: “só ele é que acertou”. Assim eu acertasse nas contas! A seguir é que nos serviu uns mimos, enquanto o senhor professor, mesmo com um ar mais sério, deu um rasgado sorriso, pois não era dado a muita exteriorização, mas o senhor Carlos procurava servir e ria-se a bom rir.
É bom recordarmos, recordarmos… Quando abro uma gaveta das recordações, gosto de ver a assinatura do senhor Francisco Joaquim Fernandes Ribom, com aquela letra pequenina, certinha, em que as maiúsculas se destacam das minúsculas de forma clara e evidente (eu não sou perito em grafologia – fica o desafio…) e o registo civil é de Santa Comba de Rossas, sendo do mesmo o ajudante.
Somos feitos de memória e esquecimento, portanto desenvolvamos a memória afectiva, esquecendo as ofensas que foram por amor. Aqui recordo aquela data de 11 de Julho de 1960, quase meio século… Não "exijo" que os meus companheiros de carteira tenham esta memória positiva, mas esforcemo-nos por recordar o positivo e esquecer a página negativa. Aqui recordo como éramos em crianças… com pouco, éramos felizes…
Para aqueles que gostam: o nosso mestre escreveu Rebordainhos, sem acento e o Delegado Escolar apôs-lhe o “maldito acento” – prenúncio do acordo ortográfico!?
Hoje, tão longe no tempo, tenho que agradecer e admirar o profissionalismo destes irmãos que sabiam distinguir a escola, a rua, a casa onde sempre fui bem recebido e jamais alguém poderá dizer, que não levei umas boas reguadas por serem tão meus amigos. Até tive um prémio: reprovei um ano, porque era inteligente. Para que conste, segue cópia do meu exame de 2.º grau que tem a data de mil novecentos e sessenta. Faz no próximo dia 11 de Julho quarenta e nove anos.
Chegou o grande dia. Parecia que íamos para uma festa… Apanhámos o comboio em Rossas. Uma vez chegados a Bragança, lá fomos que nem cordeirinhos para a escola da Estacada, onde se realizavam os exames.
No largo fronteiriço, autênticos cachos de alunos bebiam as últimas recomendações dos seus mestres. Os nervos eram muitos, mas tudo ia correr bem. Provas de manhã e de tarde. Mesmo assim, ainda deu tempo para comprarmos com os olhos, lindos brinquedos nas montras das lojas, pois na aldeia só havia duas tabernas e rebuçados bons, só na festa da Padroeira.
À noite, cada um foi para o seu quarto que a família alugara, ou para casa de algum amigo ou familiar, porque no dia seguinte havia provas orais e os transportes não permitiam as tais comodidades. Eu fui para casa da senhora Aurora, na rua dos Batoques.
Que o diga a filha do Raul dos Vales, acho que se chamava Alzira…
Naqueles dias de invernia, nevoeiro de meter medo, lá chegava ela… Hoje seria uma heroína, naqueles tempos uma aluna como qualquer outra. Lá onde estiveres, Alzira, ao fim de quase meio século, permite-me que te elogie pela tua coragem, dedicação. Sinto orgulho de ter sido teu colega de escola. Hoje serias condecorada no dia dez de Junho. Não quero esquecer outra colega de Arufe, a Olívia e aqueles companheiros dos Pereiros, que não raras vezes faltavam porque não conseguiam passar na ribeira que transbordava.
Saíram os resultados… Todos aprovados. Cá fora esperavam-nos os professores todos orgulhosos, sorrindo para os colegas, diziam em voz baixa: “Eu sabia que os meus alunos estavam preparados!” Hoje, estariam lá os repórteres dos diferentes canais de televisão. “A Prova de Aferição” até foi fácil…
Chegámos à aldeia, como os cordeiros que regressam ao redil, numa tarde-noite de Verão. A prenda foi o calor do lar e as últimas horas de fato, mãos nos bolsos puxando as calças para mostrar os sapatos novos, que era preciso guardar para a festa que estava próxima.
16 comentários:
Nota de edição
Encimei este artigo do Filinto com uma belíssima fotografia do acervo dos srs. professores onde, creio, figura o Sr. Carlos. Penso que não destoa porque retrata uma pessoa e um lugar referidos no artigo.
Gosto muito da fotografia devido à sua perspectiva e amplitude e também porque nos dá uma panorâmica da sede do nosso concelho que não é muito frequente encontrar em fotografias tão antigas. Como não sabia muito bem onde publicá-la, estes "Ecos" do Filinto vieram, mesmo, a calhar. Cá para mim, os de Bragança ainda no-la hão-de pedir!
Da minha parte, espero que o Filinto compreenda a inclusão.
Filinto
Sempre a meter-se comigo por causa daquele acento agudo! Já nem sei como dizer, mas a falta do acento... não me assenta bem!
Ainda outro dia, uns colegas meus pediram-me que escrevesse o nome da minha terra. Lá fui ao quadro e, para não fazer feio, escrevi como manda a cartilha. Diabo de ideia! Imediatamente leram: Re-bor-DAI-nhos. Não disse dois palavrões porque não sou capaz mas, imediatamente, fui acrescentar o tal acento e desenhei-o até ao cimo do quadro!
****
Pois é, ricas memórias e rica memória, num correr de pena suave e muito agradável como é seu timbre. E, claro, ri-me à conta do Pilatos que, como se prova à saciedade, não tendo sido torcido de pequeno continua igualzinho ao que era! "Ó Pilatos, quem é que te pôs a nomeada?" "Foi o meu avô!", confessou do alto do púlpito que é a sua varanda, depois do nos mandar ajoelhar, aos que estávamos nas escadas do Rafael, porque ia dizer o sermão. Isto foi outro dia, nos feriados!...
Os senhores professores, ou melhor, a Sr. D. Maria sempre foi danadinha para a brincadeira e o Filinto deu um bom exemplo disso.
Obrigada por este bocadinho de memórias que nos levam, a todos, a recordar também.
Beijos
Filinto: são realmente sentimentos que jamais esqueceremos, e cada um de nós passou por lá. Recordo-me que os da vossa idade eram bastante numerosos. Se não me engano 8. Foi pêna não contares aquelas histórias picantes, em que por certo participaste, liderado pelo Pilatos. Quanto à Alzira, posso dar-te notícias. Vejo-a regularmente em Macedo, estava no enssino primário, não sei se continua.
Quanto à Olívia, casou com o Orácio da Eira, sempre simpática, vi nas castanhas, embora resida, creio eu em Lisboa.
Continua a enviar coisas bonitas, como esta, para ler.Recordar é viver.
Parabéns, um abraço para todos. António Brás Pereira
Filinto:
Pois é, todos nós fomos submetidos a essas explicações gratuitas. Certo que na altura, não lhe encontrávmos muita piada. Hoje concordamos que foram uma mais valia para todos nós. A minha irmã Tina, no exame de admissão ao liceu e à "escola" em Lisboa, atreveu-se a tirar 20 (VINTE) nas duas provas. Eu fiquei-me pelo 18.
Agora digam lá se o ensino na capital era melhor que em Rebordainhos!
Quanto ao Pilatos, ainda hoje continua atraganado. Há uns anos atrás, quando viu o nosso grupo de irmãos "apanhadores de castanhas", exclamou:
"Olha o rancho do arranha o cú!"
Palmadas da minha mãe? É muito natural que, na época, as tivesse realmente levado. Andava sempre a sacudir-nos o pó. Mas não passava disso.
Obrigada por mais este regresso ao baú das nossas memórias. Queremos mais.
Beijos
Fátima:
Na minha opinião, a inclusão da foto está muitíssimo bem. Acho inclusivé, que enriquece ainda mais estas recordações que o Filinto fez o favor de nos apresentar.
Beijos
Boa Noite
Hoje,mais uma das muitas vezes que visito este blog, não resisto a fazer-lhe uma pergunta.
Tenho algumas paixões, estando entre elas a fotografia e Trás-os-Montes, que infelizmente só conheci após casamento.
Conhecendo hoje a cidade de Bragança, gostaria de lhe perguntar se me sabem dizer, de quando data a foto, que achei surpreendente e que acompanha neste último "Ecos"
Peço desculpa de entrar de repente, mas a minha mulher não está,para efectuar ela a interpelação e não resisti.
Os meus parabéns pelo magnifico blog.
Cpts
Olá FILINTO e obrigado por teres posto, com tão clara evidência nas minhas memórias de infância, tudo quanto passei, dez anos antes da data referenciada. Os meus colegas,
Carlos, Basílio e Delfim de Arufe
fazem parte de gratas recodações.
Se eu quisesse descrever todas as
passagens da época não conseguiria
fazê-lo com tanta precisão.
Um abraço. Américo
Bom dia
"Eu fui para casa da senhora Aurora, na rua dos Batoques"
Que saudades da minha tia avó Aurora! Que casa tão pequenina a dos batoques!
Só usava agua a ferver para lavar a louça!
Não sabendo ler nem escrever conseguia perceber e contar a história de qualquer filme estrangueiro que via na tv!
João
Em casa transmontana não se pede para entrar: entra-se e pronto, sem cerimónias e, muito menos, com pedidos de desculpa. Pelo contrário, nós é que agradecemos, e muito, a sua visita.
Quanto à data da fotografia não lhe posso dar o ano exacto mas, tendo em conta a idade do Sr. Carlos (que é quem lá está fotografado) e comparando-o com outras fotografias já publicadas, podemos deduzir que esta datará dos anos 30 do séc. XX.
Perdoe-me a curiosidade: quem é a sua esposa que o liga a Bragança?
Um abraço e volte sempre
Fátima
A minha alma está parva. Não fora o gosto que o João tem pela fotografia, acho que nunca iria botar faladura, aqui, como não faz em nenhum outro blog.
Atiçou-lhe ainda mais o gosto, esta preciosa antiguidade.
Ficou bem contente.
Obrigada por lhe teres respondido.
António
É verdade. A casinha da minha avó era bem pequenina, mas as saudades que dela tenho, garanto que não cabem num espaço do tamanho do infinito.
Estou muito contente que dela se lembrem.
Obrigada.
Eduarda, prima minha!
A casa está muito diferente, outro dia ao passear pelos batoques a porta estava aberta e dei uma espreitadela... O quarto de dormir já não existe, nem a cozinha antiga, fizeram uma sala ampla logo à entrada e a antiga sala é agora quarto.
Esta blogosfera!!! Onde me fui meter!... EHEHeheh
A quem pertences prima Eduarda?!
Abraços
Dadinha
Esclarecido ficou o mistério de quem é o João.
Ainda bem que este blog chega a tantos.
Um grande beijo
Valente Primacho:
Até que enfim te saíste com mais uma das tuas memórias de encher o olho!
E fazes tu muito bem em celebrar o heroísmo dos garotos do nosso tempo que venciam distâncias e invernias para avançar mais uns passos na vida.
Ainda me recordo de ter celebrado o triunfo da minha quarta classe com um gelado de baunilha comprado ao pé dos Correios. Com pouco se contentava a nossa pobreza!
Abraços
Diverti-me muito com este teu texto, Filinto.Podes crer, que originaste ( e o Pilatos também) abundantes e estrondosas gargalhadas.
Bem-hajas, pelo belíssimo texto onde descreves tão bem o profissinalismo e dedicação dos Senhores Professores.
Para reforçar o que a Augusta escreveu ( a minha irmã Albertina arrancou um vinte e ela um 18), acrescento que, a notícia das notas da Tina saiu num jornal (..."É pá, se fossem todas assim...") e que, por isso, o meu pai fartou-se de servir copos de vinho a quem passasse à porta!
Julgo que isto,deixou bem orgulhosa a Srª Dª Maria.
Continuamos a aguardar novos textos. Já agora, para quando aquele, em que nos fala da história dos cigarros do Pilatos?
Beijos
Olímpia
Bom dia!
Adoro este blogue e tenho partilhado imensas memórias nos grupos, Tesourinhos e Liceu de Bragança.
Muitos Parabéns!
Estou muito grata aos autores do blogue e a todos que nele colaboram, por nos darem a conhecer o precioso passado desta aldeia transmontana!
Maria Celeste Simões
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