sábado, 20 de junho de 2009

ROSTOS

V

Prossigo a saga, mantendo-me fiel ao acervo dos senhores professores. Tornou-se evidente que grande parte das pessoas retratadas não encontram eco na nossa memória, mas parece-me importante continuar a publicar as imagens porque documentam aspectos físicos da nossa terra. E se são as gentes que humanizam o espaço, conhecer as transformações dos lugares há-de permitir-nos compreender melhor aqueles que os habitam. Nas fotografias, alguns espaços são evidentes, mas outros nem tanto. Procuremos, então, descobri-los. Pode ser?

É por descargo de consciência que numero as pessoas fotografadas. Pessoalmente reconheço, apenas, os senhores professores e o sr. Carlos. Algumas das crianças poderão, porém, ser os pais ou as mães de alguns de nós. As saudades que temos deles!

Que belo medeiro! Em que eira? A fisionomia de algumas mulheres lembra-me gente do Outeiro, mas não me atrevo a propor ninguém!

Eira - Outeiro? Do tio Manuel Frade, no Outeiro?
1 - Tio Marquês
6 - Tia Olímpia (Maneta)
7 - Sr. Professor
13 - Sr. D. Maria
15 - Tia Matilde (mulher do tio Marquês)
16 - Tia Lídia


Uma encenação, mas que vale como documento. Os mais novos poderão ver os malhos com que os nossos pais malhavam o pão. Confesso que me regalei ao ver a Sr. D. Maria de vassouro e o Sr. professor de espalhadoura...

Eira - do Cubelo? do tio Amadeu?
(casa à direita: da tia Isabel Pelada? do tio João Badalinho?)
1 - Sr. D. Maria?
3 - D. Graça?
12 - Sr. Professor


Eis como se prova que em Rebordaínhos até os burros jogam à bola!

22 comentários:

Américo Amadeu Pereira disse...

FÁTIMA, obrigado por mais três quebra-cabeças que vão dar muito que pensar. Quanto eu gostaria de
identificar toda a gente, mas com
toda a franquesa, não sou capaz. Só
há uma casa que a minha memória
ainda conserva mas não sei de onde.
Os meus cumprimentos para todos e vou seguir com interesse os próximos comentários.
Américo

Augusta disse...

Fátima:
mas que quebra cabeças! Qualquer hipótese de identificação, será mesmo um tiro no escuro. Mas concordo contigo. Há lá pessoas que me fazem lembrar as feições das gentes do outeiro. Uma delas lembra-me a tia Lídia mãe do Tonho e do Zé (porque recordei a fotografia que está na sua campa). As feições de outra são muito parecidas com as da Adriana do outeiro, e outra com as da Ana Maria. Mas pronto, não me atrevo a mais.
Também aquela casa está arquivada nas minhas memórias. E em Rebordainhos, onde se situa (ou situava)?
Mas que são umas belíssimas fotos, isso não há dúvida. Este acervo dos senhores professores são um manancial antropológico
Beijos a todos, e venham lá esses palpites.

Augusta disse...

Claro que não é nem a Adriana, nem a Ana Maria. Mas que são da família, oarece-me certo.

Anónimo disse...

Estas são para o nosso anónimo. Tenho a certeza, que na cabeça dele(a) Fervem ideias mas não certerzas. Será assim? Jogar à bola, numa eira, onde passa um caminho, com tantos pinheiros ao longo... Dá para pensar que foi tirada noutra terra,
Os meus palpites são como os da Augusta, quase certo que ali ha gentes do Outeiro; e portela porque a mãe do António parece evidente, ele é que pode indentificar.
Um grande abraço
António Brás Pereira

Cesar disse...

Eu acompanho o Américo. Não me atrevo nem a dar palpite.
Onde eu lembro de ter visto pinheiros em Rebordainhos foi na covinha e no caminho de quem vai pros montes, múrio, etc. logo a seguir à eira do outeiro, do lado direito. A topografia é que não me parece condizente.
Malhar o pão com os malhos só lembro de ter visto na eira da cabecinha. Aí a topografia até me parece condizente, mas acho que não é lá.
Um abraço
César

Céu disse...

Fátima

Aqui só me atrevo a mencionar duas ou três pesoas da 1ª. foto.
O nº. 6 - a tia Olímpia maneta
O nº. 7 - O Sr. Professor
O nº. 11 - é parecida com a Adriana, mas é lógico que não pode ser ela, porém deve ser alguém da família
O nº. 16 é sem dúvida a tia Lídia

Nas restantes confesso que não conheço ninguém, a não ser os senhores professores.
Tal como o Senhor Américo, vou seguir com interesse os comentários
Confesso que gostei imenso de ver a foto da encenação dos malhos. Muito ouvi falar à minha mãe nessa maneira de malhar o pão, mas já não conheci.
E agora venham lá os palpites.
Céu

Olímpia disse...

A nº15 da 1ª fotografia e a nº3 da 2ª, não será a Srª D. graça?
Sou mais uma, a achar semelhanças com caras de gente actual.
Concerteza familiares.
Espero que o primeiro anónimo,nos elucide acerca dos personagens e do espaço.
Adorei a fotografia dos malhos.
Verifica-se que, já nessa época havia obesidade!...Concerteza que não seria da comida plástica!Bem podiam pedir ajuda ao burro!...
Quem é que conseguirá deslindar este quebra-cabeças?
Beijos
Olímpia

António disse...

Aí vai mais um bitaite:

Quanto à foto do medeiro, alinho pela opinião da Céu e acrescento:
13 - D. Maria
14 - D. Graça, minha madrinha
15. D. Natália, dos Marqueses, que casou com um eng. do Vimioso e acho que ainda mora em Almada.
16 minha Mãe Lídia.
De 1 a 5 estou em crer que seja pessoal de fora, de visita para os senhores professores.

Fátima Pereira Stocker disse...

Obrigada a todos.

No geral eu estou como o Baptista: parece... mas não deve ser. Mesmo assim, cá ficam as minhas magicações (nada de confundir com palpites):

Fotografia 1
Eira - lugar assim, separado por um caminho e com terras ermas do outro lado, só consigo imaginar a casa da aula. Mas não pode ser, porque estava lá a escola!

n.º 11 - Será a tia Emília do Outeiro? Ó Milita e Tilinha, perguntai lá ao vosso pai, se fazeis favor!

Fotografia 2

Lugar: aqueles três negrilhos lembram-me os que havia (e já secaram, como todos os outros) na terra da D. Maria Lopas, atrás do tanque das vacas encostado à Fonte Grande. Se a fotografia foi tirada na ponta da terra encostada à da tia Zulmira (então, do tio Pereira), a casa mais próxima que se vê à direita poderia ser a da tia Aninhas... mas a casa da tia Aninhas tem, desde que me lembro, telhado de mais do que duas águas e não tenho a certeza da planta do palheiro que lhe está associado...

Fotografia 3

Lugar - o problema está, mesmo, nos pinheiros e na dimensão da chãera (como diabo se escreve?). Espaço assim, só consigo imaginar, mas já fora do nosso termo, aquele bocado plano próximo da casa da floresta de Soutelo Mourisco. Mais ou menos à frente dela há, de facto, uma extensão de pinhal. Mas não deve poder ser, porque aquele pinhal, creio, fez parte do plano de florestação do Estado Novo - portanto, mais recente do que a fotografia...

Ó anónimo, de que está à espera para nos vergastar a todos?

Beijos

Anónimo disse...

Caros amigos: isto está complicado, e o nosso anónimo, zangou-se de veras, ou então brinca com os nossos nervos.
Para mim, a eira da foto 1 só pode ser do outeiro visto estar lá o bairro em peso. Contudo a N.º 1 e 3 lembram-me pessoas de Rebordainhos.
Quanto à foto N.º 2, a casa parece-me ser a da tia Isabel pelada, e a eira no Cubelo, onde oje é uma terra mas que em tempos crei se malhou.Atrás, a casa caiada seria do Chiote, mas não encontro dono para aquela mais longe também caiada, só se for do tio Alfredo Guerra.
O que mais me estorva é aquele maldito cerdiero na extrema esquerda, o qual só me lembro de existir na eira do tio Amadeu, nesse caso a casa seria do Badalinho, vendo-se também a casa do tio Ernesto e a do povo no Outeiro.
Fátima: destes dois N.ºs 8, são gémeos, ou foi engano?
Quanto á foto 3 julgo ter sido tirada lá para Bragança. Vê-se do lado direito, ao longe, um cordão de casas caiadas, o que não devia existir nessa altura. Também julgo ser um caválo e não um burro, o da foto, claro!
Abraços amigos
António Brás Pereira

Augusta disse...

Meus caros:
Eu sei que estou a precisar de mudar de lentes! Mas onde andam as casas caiadas? É que eu não as vislumbro. Deve ser mesmo das minhas lentes!
Agora, quanto à foto nº 3, na antiga eira do sr. Lopes, por cima da fonte grande, ainda hoje lá existem uns pinheiros. Caminho é que me parece que não. Será que o há por detrás dos pinheiros? Os conhecedores dos terrenos, que enviem mais e melhores palpites.
A eira da foto 1, para mim também só pode ser a do Outeiro. Para além das gentes pertencerem àquele bairro, aquele ermo ao lado da meda...
Vá malta mais conhecedora, venham daí essas opiniões!
Beijos a todos

Filinto Martins disse...

Vós arranjais cada legenda!
Se assim é, eis a minha opinião, só para a primeira foto:
1 - Tio Marquês (casou coma minha única tia - Matilde)
6 - A Olímpia (maneta - minha mãe)
15 - Tia Matilde
16 - Tia Lídia.
Os restantes deixo para vós.
Primacho: não pode ser a Natália, minha prima que é muito mais nova que as nossas mães. Estava casda com o Aldino, que era de Vimioso e já faleceu há muito.
Há ali uma cara que parece ser a Adriana do Zé Caminha, mas não pode ser... talvez a mãe, a avó da Milita,( para que não me chame senhor)

Amélia disse...

Pois olha, a mim o nº 15 da primeira fotografia parece-me a cara do Carlos Cruz. É pena não ser de lá se não valia. Alem das pessoas que já foram identificadas não identifico mais ninguém.
Ó Fininha, tu também, querias que nessa altura só houvesse viras latas! Não sabes que gordura era formosura! Da comida de plástico não era, mas era da chicha gorda que pingava mais que a magra.
Beijos

Amélia disse...

Lembrei-me agora de uma coisa. No Outeiro havia 2 eiras!.. Uma era a que toda a gente se lembra e a outra era ao lado da casa do tio Manuel Frade. Era onde ele malhava e penso que também o tio. João Santo. Eu andei lá numa malha e acho que era a do tio João Santo.
Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Acrescentei as tuas sugestões. Confesso que na 2.ª fotografia só vejo uma casa que possa ser caiada (a localização que imaginei sugeria-me que talvez pudesse ser a do tio Carlos Chiote e que, antes, já fora da minha tia Tina, irmã de meu pai). Não consigo visualizar a eira que sugeres, se dizes que aquela é a casa da tia Isabel, partindo do princípio que te referes àquela a que se lhe vêem as janelas. É que a casa da tia Isabel é paralela ao caminho e como está na fotografia, parece perpendicular. Para que ela aparecesse assim, só se o fotógrafo estivesse onde é hoje a casa da residência o que, manifestamente, me parece impossível. Mas devo ser eu que estou a ver mal as coisas. A segunda hipótese que apresentas (eira do tio Amadeu) também me não parece muito certa: a casa do povo (se é que já existia) teria que aparecer num plano mais baixo e mais à direita. Que quebra-cabeças, este!

Os dois oitos?! Os comentadores são todos muito gentis ou são tão distraídos como eu? Obrigada pelo reparo. Vou tentar corrigir, mas só quando estiver menos ocupada.

Fotografia n.º 3- estou como a Augusta: casas caiadas é coisa que não vislumbro. Quanto ao bicho, se me dizes que é cavalo, até posso acreditar, mas então nasceu nos dias pequenos para ser de raça tão miúda.

Beijos e obrigada.

Fátima Pereira Stocker disse...

Augusta

Com essa dos pinheiros e da Fonte Grande é que me baralhaste completamente. Então a eira do Sr. Lopes não ficava dentro da cerca da casa dele?

Também eu não vejo casas caiadas nem por caiar na terceira fotografia.

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Filinto

Falo por mim: tenho aprendido muito com este blog. Neste caso percebi, finalmente, as suas relações familiares com os marqueses!

Já acrescentei as suas sugestões, alterando aquilo que tinha que ser.

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Amélia

Se não estou em erro, o tio João Santo malhava lá, sim, parece-me (mas não juro) que o ouvi dizer à Sr.ª Margarida e ao Toninho. Essa tua proposta é mais consentânea com a orografia do lugar: à frente da eira existe o caminho que vai para os Montes e aquele terreno maninho pode bem ser aquele onde, agora, está o campo de jogos. Já acrescentei.

Beijos

EC disse...

Fátima, posso dizer-te o seguinte:

5- pode ser avó Emília
7- sr. professor
11- tia Maria dos Santos (esta não é a minha avó, Filinto, mas de facto é parecida com a tia Adriana)
13- tia (professora)
14- D. Graça
16- tia Lídia

As restantes pessoas não sei...
Beijos
Milita

EC disse...

Fátima, posso dizer-te o seguinte:

5- pode ser avó Emília
7- sr. professor
11- tia Maria dos Santos (Filinto, esta não é a minha avó, mas de facto é parecida com a tia Adriana)
13- tia (professora)
14- D. Graça
16- tia Lídia

As restantes pessoas não sei...
Beijos
Milita

Augusta disse...

Mais uns paus para o lume:
Caríssimos, vamos lá por os miolos a pensar.
Se, das pessoas identificadas, 3 tiveram filhos (tia Olímpia; tia Lídia e tia Emília), quem serão aqueles pimpolhos pequenos? Seguramente serão alguns dos filhos delas. Que acham?
Aqueles meninos (8 e 9), parecem muito próximos em idade. Ora, os filhos da tia Lídia também têm idades muito próximas (penso). Haverá alguma possibilidade de se tratar do Tonho e do seu irmão Zé?
A saga continua...
Beijos

amélia disse...

Fátima, a eira do Sr. Lopes era por cima do soalheiro e ao lado do nosso palheiro. Ou seja, por detrás da casa do tio Jaime. Era aí que malhava a tia Zulmira. Depois foi vendida ao Gomes marido da tia Julieta.
Vou dar um palpite. A eira não será a do Sr. Carlos Chiote e as casas que se avistam não serão a que era da tia Olímpia e a do Sr. Bernardino!..
Beijos