quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Sérgio Godinho




SÉRGIO GODINHO

Muitas frases que disseram…
E não falaram.
Muitas coisas que fizeram…
E não acharam.

Muita vida, muita vida, muita vida…,
Muita vida por eles vivida.

E nós aqui, e nós aqui, e nós aqui…,
Até pensámos que partiste,
Sem saber de ti,
Num ardor amargo e triste.

Julgámos a vida
Por tudo o que fizeste,
Julgamos a vida
Por tudo o que fazemos,
Nas alegrias que tanto nos deste,
Julgamos a vida, julgamos a vida,
Por tudo o que temos.

Sai dessa moda, sai dessa moda, sai dessa moda….
Que o tempo fina.
E com a cabeça a andar à roda,
Sai dessa moda,
Sai desse ardor que contamina.

Assim serás, assim serás, assim serás…
Outra mente, outro canto, outro ser,
Sai assim e verás,
Como afinal ainda é bom viver.

Assim verás, assim verás, assim verás….
E não olhes para trás.
Não olhes para trás.

Orlando Martins

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Peço a todos que mantenhamos o nível habitual desta página e que só entremos em diálogo com quem aceitar participar com o respeito e a elevação necessárias.

Fátima

10 comentários:

Américo Amadeu Pereira disse...

ORLANDO, embora não o conheça
pessoalmente, sei quem é e a quem
pertence. Isso me basta.
Parabéns por mostrar com pensamentos de Sérgio Godinho o que
atrás outras pessoas quiseram fazer
com outras palavras.
Américo

Fátima Pereira Stocker disse...

Orlando

Estava a ler um artigo sobre a expulsão do Jesuítas... toca o telefone... "vai ver"... e vejo... pombas! E ri-me! Alguém tivesse acenado com elas ao Marquês de Pombal e a nossa História poderia contar, talvez, com menos essa página de horror.

Isto são disparates para te explicar porque, de soturna que estava, me puseste bem disposta.

Depois reparei no título: Sérgio Godinho e vieram-me à memória (e vem-nos à memória uma frase batida...) duas horas muito bem passadas,na semana passada, a ouvi-lo a ele e ao Zé Mário Branco e ao Fausto, e que começaram com Era uma vez um rapaz:

Vou da calma ao desacato
de masmorras me resgato
colorido é o meu retrato
preto e branco o meu caixilho
o que fazes tu, meu filho
outras guitarras dedilho
sou trovador por quimera
era uma vez um rapaz
É vê-lo avançar
entre a guerra e a paz


Como as cantigas são como as cerejas, vêm-me de enfiada umas poucas do mesmo Sérgio. Olha, que se amanhe o Pombal: tiraste-me a vontade de vasculhar os maus fígados seja de quem for.

(E não disse nada do teu poema. Mas calhou-me e calhou aqui muito bem)

Beijos

Olímpia disse...

Orlando,

Com arte, diplomacia e muita categoria, disseste tudo aquilo que nós sentimos.

Bem-hajas

Bjinhos
Olímpia

Augusta disse...

Orlando:
Deixa-me que te diga: "Quem fala assim, não é gago". Mais nada!
Beijos e bem hajas por nos continuares a deliciar.

Olímpia disse...

Sr. Américo
também lhe quero agradecer as suas palavras sensatas.
Qto às palavras que leu,são do Orlando, inspiradas numa música de Sérgio Godinho.

Olímpia

Américo Amadeu Pereira disse...

ORLANDO, peço desculpa pelo lapso
que cometi, mas de maneira nenhuma
pretendi desvirtuar o talento que
tem apresentado com os seus sonetos. Embora SÉRGIO GODINHO não
seja para mim um desconhecido,
confesso que quanto a canções e letras eu sou um analfabeto.
Obrigado à Olímpia pela gentileza
com que me advertiu sobre a minha
confusão.
Mais uma vez as minhas desculpas.
Cumprimentos.
Américo

Anónimo disse...

Tão bonita é a poesia como quem a canta.
Como se costuma dizer na nossa terra.
“ Tão bonito é o nome como a propriedade”….
Que gostos tão estragados!

Amélia disse...

Um, dois, três,
Quatro, cinco, seis,
Sete, oito, nove,
Para doze só faltam três.

Para doze só faltam três,
Ó Micas dá cá um beijo,
João Franco foi ao Porto,
Só para ver um colégio.

Só para ver um colégio,
De botinhas amarelas
Tem cuidado João Franco
Se não partem-te as costelas.

Mare Liberum disse...

É sempre um prazer passar pelo seu blogue. Li e vieram-me à memória outros tempos de que gostei muito.

Bem-haja!

Um abraço

Fátima Pereira Stocker disse...

Cara Isabel

Já tinha saudades suas. São bons ventos que a trazem! Que a maré seja, também, de feição.

Um abraço