segunda-feira, 5 de abril de 2010

PÁSCOA - para matar saudades

Este texto, dedico-o a todos os rebordainhenses que não puderam compartilhar connosco mais esta quadra festiva.


Mais uma Páscoa se passou. Foi igual tantas outras Páscoas e tão diferente das Páscoas de outrora.

Apesar das semelhanças, este ano fomos brindados na quinta - feira santa, com uma inovação - a Via-sacra ao vivo.
O Rafael encarregou-se de manufacturar a cruz que havia de ser carregada pelo nosso "Jesus".
A representação esteve a cargo dos habitantes mais jovens da aldeia e cada Estação foi lida por quem, voluntariamente, se disponobilizava, e ainda lhe restava um pouco de vista e luz para o conseguir fazer.
A noite estava gélida. Mais parecia Janeiro! Mas o frio que se sentia não foi suficiente para impedir que as pessoas comparecessem. Tínhamos o calor humano. E esse, vale mais que qualquer outro.
No final, tivemos missa celebrada pelo padre Estevinho e pelo nosso muito querido e valioso padre Jorge. Incluiu a cerimónia do lava pés, muitíssimo bem representada pelo padre Jorge e pelos apóstolos voluntários.
Sábado, como de costume, foi dia dedicado ao arranjo da Igreja. E a Tilinha esmerou-se ainda mais que o habitual, mas foi excelentemente assessorada pela Fernanda e mais algumas voluntárias. Lamento a ausência de registo fotográfico, mas quem esteve na missa dominical pode comprovar que a nossa Igreja estava UM PRIMOR.
Depois da missa, seguiu-se a visita pascal.
Veio o almoço melhorado e... mais nada. Mais uma vez não houve jogos de roda nem cântaros de barro para atirar e... quebrar.

A tarde de três das manas presentes em Rebordainhos foi passada com um passeio até à ribeira, vimos uma corça na Ladeira, e terminámos com a prova do DELICIOSO folar da Ondina (ainda me está a crescer água na boca de tão delicioso que estava).
Para terminar, deixo um pequeno registo das cerimónias religiosas, não sem antes, pedir desculpa pela pouca qualidade de algumas imagens, mas para além da escuridão, a fotógrafa também já sofre de alguma falta de vista. O frio ajudou a que algumas ficassem "tremidas".

Augusta Mata


14 comentários:

Augusta disse...

A pressa de publicar foi tanta que em vez de FOLAR da Ondina, escrevi dolar da Ondina.
Desculpem pois a incorrecção.
Um abraço

Américo Amadeu Pereira disse...

São sempre momentos bem passados ao
recordar a nossa terra e as pessoas
que ainda a representam. A Via Sacra
ao vivo deve ter sido a primeira vez
feita em Rebordainhos. Gostaria de
ter participado e seria bom que tal
costume prevalecesse todos os anos.
O meu agradecimento a todos os que
participaram e também à Augusta que
nos proporcionou a notícia.
Cumprimentos
Américo

Manuel Pereira disse...

Augusta; Uau! Parabéns pelo trabalho e pela notícia, é de fazer crescer água na boca, como teria gostado de ter vivido esses belos momentos mas na semana da Páscoa é muito difícil eu poder estar presente, vou para aí passar uma semana no próximo Domingo, espero encontrar-vos por aí.
Uma palavra de apreço aos intervinientes da via-sacra, deve ter sido emocionante representar esses momentos Bíblicos.
Beijos. Manuel
B

Fátima Pereira Stocker disse...

Augusta

Obrigada por teres publicado o artigo que, só agora, consegui ler (mas as fotografias ainda não).

A via-sacra ao vivo foi uma experiência nova para mim, aqui em Rebordaínhos e, apesar do pouco tempo de que as pessoas dispuseram para a sua preparação, correu muito bem, mostrando mostrando aquela nossa faceta que é a de saber trabalhar em conjunto para um mesmo fim.

A igreja ficou, de facto, muito bonita. Sei que a Tilinha mandou tirar fotografias, mas não as tenho.

Quanto às "gralhas", não te preocupes, que tudo se há-de compor. Agora, espero que a ligação à internet me deixe publicar o comentário.

Beijos

Alexandre disse...

foi uma exelente via-sacra estava tudo muito bonito e deixei-me dar-vos os parabéns a todas que amanharam a igreja porque estava linda!

antonio disse...

Em primeiro lugar, gostaria dar os parabéns à Augusta pela publicação de um facto inédito em rebordainhos, e apesar dos meios que dispunhas, creio conseguido o objectivo, cativando as pessoas oferecendo-lhes coisas novas e bonitas.Falhei este evento por culpa da minha esposa à qual nunca mais perdoarei...ela teimava que era Sexta e eu Quinta. Mas como se costuma dizer: as mulheres são como as nuvens,o tempo só fica bom quando elas desaparecem... Perdão desde já às mulheres todas do Mundo, não quero ser inundado nem deitado ao Rio...
Quanto à Igreja, estava realmente esplendorosa, sem entrar em pormenores de quem a decorou. É um dever de nós todos, pelo que acho, descreminante nomear apenas uma pessoa, tendo quase a certeza de que houve ajuda de outras... Julgo não haver medalhas em concurso, e o ano tem 365 dias, e creio 52 Domingos, para quem irão os elogíos do próximo???
Abraços; António Brás Pereira

Augusta disse...

Sr Américo
Concordo consigo e com a Fátima. Também não tenho lembrança de que alguma vez se tenha realizado outra via-sacra ao vivo. Apesar da falta de ensaios, correu muitíssimo bem. E tambem acho que é algo que devemos agarrar e dar continuidade. Façamos pois o esforço.
Um abraço de agradecimento pelas suas palavras se apreço.

Augusta disse...

Manuel:
Pois é, apesar do frio, foirealmente muito bom estar presente. Estás desculpado pela tua ausência, pois sabemos muito bem que nesta altura os turistas abundam e a tua azáfama aumenta substancialmente.
Um beijo e, claro que espero ver-te

Augusta disse...

Fátima:
A ti só te digo para exerceres o teu papel e...corrigires.
Espero que a Tilinha nos presenteie com uma foto.
Beijos

Augusta disse...

Alexandre:
Os parabéns são extensivos a ti, que és uma pessoa sempre presente e pronto a ajudar.
Já sabes, no verão contamos contigo
Um beijo grande para ti e teus pais

Augusta disse...

Tonho Braz:
Tens toda a razão quando dizes que são várias as pessoas que colaboram. É verdade que há sempre pessoas disponíveis a ajudar e a darem o seu melhor. Mas também é verdade e é da maior justiça realçar o papel da pessoa que, festa atrás de festa,e ano após ano. está sempre presente com as suas mãos de ouro e gosto pessoal na ornamentação dos arranjos da igreja da aldeia. As pessoas presentes sabem disso e são unânimes neste reconhecimento.
Um beijo para ti e para os teus, e para o ano contamos com a tua presença

Olímpia disse...

Augusta,
Parabéns pelo artigo.
Não estive presente nesta via-sacra ao vivo mas, testemunhei o frio nesta quinta-feira santa em Rebordaínhos.
Tinha chegado de viagem, com muitos contratempos pelo meio.
Cedi de boa vontade a máquina fotográfica e...fiquei em casa a desfrutar do calor da lareira e da companhia da Maria e do Manuel, filhos do meu primo Zé garrano.
O êxito desta Via-sacra, chegou-me estampada nos rostos das minhas irmãs.
Olímpia

CC disse...

A Via-Sacra ao vivo foi, de facto, um momento extraordinário!

Augusta,

Mais uma vez agradeço o elogio! Não era necessário…
Quantos às fotografias, tirei algumas que depois te enviarei.


António Brás Pereira,

De facto, ornamentar a igreja é um dever de todos nós (muitos o dizem, mas poucos o fazem), embora sejam sempre as mesmas pessoas a ajudar!
Desta vez, além das pessoas já “descriminadas” também ajudaram na ornamentação a Fátima e a Augusta.

Beijos
Tilinha

antonio disse...

CC: eu conheço perfeitamente o trabalho benévolo e ponctual, que a vossa mãe sempre desempenhou em relação à Igteja e sua ornamentação, sacrificando, até por vezes as lindas plantações de rozeiras e outras flores, que os vossos tios tanto prezavam. A vós, duas irmãs, ainda pequerruchas, via passar com a vossa mãe e a mesma determinação, contudo, e agora que fui esclarecido sobre factos que até então ignorava, pois pensava que era tudo feito atrvés da Fabriqueira, peço deculpa, embora continue com a ideia: o trabalho pertence a todos, e os elogíos também.Mais uma vez as minhas desculpas, e prometo não meter o nariz onde não sou chamado... A Igreja estava linda ´foi o principal. António B. Pereira