terça-feira, 29 de junho de 2010

GIESTA


.........................Sou a beleza consagrada em abundância
.........................E ofereço a todos perfume acre e sombra fresca.
.........................Sou ouro posto em azul
.........................E, tocada pela brisa, entoo a melodia para a dança dos rebanhos.
.........................As mulheres irão colher-me em vassouro
.........................E levarei asseio às suas casas e às suas ruas.
.........................Nos dias gélidos de Inverno,
.........................Serei lume aceso no lar que aconchega as gentes.

.........................Toda eu me dou.

11 comentários:

Augusta disse...

Bem, desta vez sou a primeira. Felicito-te pela imaginação e pela poesia. Mais uma bela surpresa a que nos vais habituando.
E já agora, a giesta será também manjat para os coelhos. E que regalo vê-los deliciarem-se quando a mãe lhas deitava na loja da casa da macha!
Beijinhos

Olímpia disse...

Por coincidência e bem menos poético,também eu associo sempre as giestas aos coelhos.
Com um pouco mais de poesia,imagens com cor,cheiro movimento e som.
Bonito encadeamento de ideias e sensações.
Parabéns.
bjos
Olímpia

Jefferson disse...

Muito lindo!
A Giesta faz parte da flora de Rebordainhos??
Já tive um jardim com uma Giesta (as flores eram menores).

Fátima Pereira Stocker disse...

Augusta

Obrigada!

A giesta também alimenta os coelhos, sim, e também dará abrigo à passarada e demais bicharada miúda por esses montes fora.

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Olímpia

Obrigada!

Os coelhos que vi a alimentarem-se de giestas estavam presos, o que não é lá muito poético, como bem dizes.

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Jefferson

Obrigada!

A giesta é omnipresente em Rebordaínhos (e toda a província de Trás-os-Montes). Ela e a urze crescem nos sítios mais adversos e, consoante a terra de que dispõem, assim são rasteiras ou bastante altas.

Ter um jardim com uma giesta é um privilégio!

Beijos

Jefferson disse...

Fátima, acabei de colocar uma foto no My Heritage, da casa de minha avó na década de 40 com uma Giesta no jardim (está em preto e branco).
Minha Tia mais velha também sempre teve uma onde morou.

Beijos

Anónimo disse...

A giesta não serve só para alimento dos coelhos e abrigo da bicharada. Serve também para ir cagar ao giestal (que sabe tão bem)e dormir lá umas sestas á sombra.

Fátima Pereira Stocker disse...

Jeff

Vou já ver. Obrigada.

Fátima Pereira Stocker disse...

Anónimo

Falou com tanta franqueza
(Por se ver aliviado?)
Que eu fiquei com a certeza
De que escreveu agachado!

Durma, pois, no giestal
E faça sestas à sombra
Já que o seu produto anal
Lhe serve, tão bem, de alfombra!

Cumprimentos

Chanesco disse...

Minha cara Fátima

A florescência da giesta, que inunda dessa beleza e perfume agreste os nossos campos, é para mim um indicador de que a Primavera demora alguns dias a percorrer o caminho entre a Raia Beirã e a Raia Bragançana.

Um abraço