sábado, 11 de dezembro de 2010

ROSTOS

Quero agradecer à Ondina que me enviou duas fotografias muito interessantes. Começo por publicar a mais antiga, datada de 13 de Abril de 1969. Será que nos reconhecemos sem haver lugar a dúvidas?

Aqui fica e, como sempre, aguardo pelas vossas sugestões. Lembro que já tinha publicado uma semelhante, enviada pelo Tonho Brás e que pode ser recordada aqui.


............... 1 - Artur Pereira (do tio Fouce)
............... 2 - João Veigas
............... 3 - Guilhermino Fernandes (Sortes)
............... 4 - Luís Jeremias (de Arufe)
............... 5 - Armindo Pais (do tio Foguete)
............... 6 - tio Aniceto ?
............... 7 - Henrique Pereira (do tio Arnaldo)
............... 8 - Carlos Pereira (do tio Arnaldo)
............... 9 - Pedro Pereira (Manuel do tio Fouce)
............... 10 - Tarcísio Martins (do tio Sebastião)
............... 11 - César Pereira (Baptista)
............... a) Vaz? Manuel da tia Hélia?
............... b)
............... c) Sr. Jaime (primo da D. Graça)

Perguntas, a brincar, para responder quem souber (tive que contar com o "treinador" para chegar aos 11!) :

Porque é que a equipa estava desfalcada? Houve um que se zangou ou era feio de mais para a fotografia?

Eis a resposta às minhas dúvidas, dada pelo Baptista, com a ressalva de que a memória o pode estar a atraiçoar: A equipa estava desfalcada porque houve um que se zangou por não lhe atribuirem a posição que ele tinha a certeza que merecia.

Valente génio, digo eu!

56 comentários:

Fátima Pereira Stocker disse...

Confesso que me senti tentada a numerar as sombras...

Anónimo100 disse...

Vou dar o meu palpite:
1 -ARTUR
2 -JOÃO MALUCO
5 -ARMINDO FOGUETE
7 -HENRIQUE DO TIO ARNALDO
8 -CARLOS CHEDRE
9 -PEDRO DO TIO JOAO FOUCE
10-TARCISIO
Pensei em arriscar o fotógrafo pela sombra, mas vou deixar para outra ocasião.

Fátima Pereira Stocker disse...

Ó anónimo 100, parece que estivémos em sintonia quanto às sombras!

Belo tiro. Vou já acrescentar.

Obrigada!

Anónimo100 disse...

Catcho, eu e a Fátima a pensar juntos... Juro que quando falei em identificar a sombra, o comentário dela ainda não estava aqui. Apareceu junto com a publicação do meu.
Obs. Não sou o anónimo ANÓNIMO.
Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Anónimo 100

Percebi bem bem que não era o anónimo de nome próprio...

Confirmo aquilo que disse: o seu comentário devia ser o primeiro, mas como escreveu mais, demorou mais tempo, só por isso é que surgiu depois do meu, embora com a mesma hora.

Beijos

Cesar disse...

Eu sei Fátima. Só quiz deixar claro pros comentadores subsequentes não pensarem que estaríamos nos comunicando. Até porque eu frequento muito o MSN, mas todos sabem que tu não aderes a redes sociais.
Beijo

César

Fátima Pereira Stocker disse...

Baptista

E eu bem sabia que eras tu, mas não quis descobrir-te a careca.

Beijos

Cesar disse...

Volto cá: A equipe tava desfalcada porque houve um que se zangou por não lhe atribuirem a posição que ele tinha certeza que merecia.
Aquela sombra perto do Artur era um dos meus irmãos. O Vaz ou o Manuel.
Pronto, dei meu pitaco, mas não sei se acertei. É que hoje me sinto inspirado. A sombra do fotógrafo não é a minha (esta, com certeza!). Mas tenho uma vaga impressão que eu estava presente.
beijos
César

Fátima Pereira Stocker disse...

Baptista

Posso transcrever a tua resposta como esclarecimento às minhas perguntas? É que eu não sei se estás a brincar ou a falar a sério!

Acho que vou numerar as sombras!

Beijos

Cesar disse...

Fátima, podes transcrever sim, mas é como escrevi: Não tenho certeza de nada do que relatei no último comentário. Apenas me parece que essa cena não me é estranha e, como em 1969 passei do início de Abril até final de setembro em Rebordainhos (fui expulso do seminário nas férias de Abril e fui morar em Lisboa no final de Setembro), penso que o meu pitaco (palpite) pode estar gravado em algum ponto da minha memória antiga. Ademais, outros poderão apresentar sua opinião também.
beijos

Augusta disse...

Caraças: O 6 parece-me o tio Aniceto. Será?
Vou puxar pela cabeça para ver se melembro da equipa da altura. É que as dobras (normais para uma fotografia antiga)dificultam a identificação.
Não mostraste ao Carteiras? Ele é que se devia lembrar. Mas aponto para um deles, não sei qual, o pintassilgo.
Venham ideias1
beijos

Olímpia disse...

Não concordo que o nº1 seja o nosso Artur.
Sou da mesma opinião relativamente aos restantes e, creio em que o nº11 seja o Cuco.
Augusta, a mim tb me parece que o nº6 seja o tio Aniceto.

Bjos

Olímpia

Olímpia disse...

Olga,
Começa a desfazer os enganos.

Bjos

Olímpia

Fátima Pereira Stocker disse...

Baptista

Já lá pus o teu esclarecimento e também assinalei as sombras! Não tinha a certeza a qual delas te referias, mas calculei que fosse à maiorzinha. Se me enganei, diz-me, que é para poder mudar.

Beijos e obrigada

Fátima Pereira Stocker disse...

Augusta

Não mostrei, não. Só lhe perguntei se ele tinha jogado à bola, porque eu não me lembrava. Achei o n.º 1 muito gordo para ser ele, mas aquela blusa levantada é gesto dele. Por outro lado, a Olga da Ondina sugeria que estavam lá dois irmãos nossos...

Vê lá se te decides sobre qual é o Pintassilgo, para eu poder acrescentar. Já agora, faz favor de dizer o nome dele, porque me não lembro à conta da nomeada!

Vou acrescentar o tio Aniceto com um ponto de interrogação.

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Olímpia

O Cuco chama-se João, não é? E qual é o apelido?

Beijos

Cesar disse...

Começando pelo Nº 6, também me parece ser o tio Ferreira. Pensei no Artur pela fisionomia e também a camisa, mas concordo que parece gordinho de mais. Minha lembrança dele é mais magro. Também acho que o nº 11 deve ser mesmo o João Cuco. Os 3 e 4 ficam meios complicados, porque as feições estão mal definidas, devido à idade e aos maus tratos da foto.
Por último Fátima, a sombra a que me referi é a a), que aparece muito bem definida na parede. A b) nem consigo visualizá-la direito e a c) tudo indica que é a do fotógrafo.
Beijos

Augusta disse...

Olímpia:
É o Artur, é sim senhora. Quando veio de França. Vinha bem anafadinho. Por isso vos admirais. Compara com aquela fotografia que tem (tenho-a eu) em que usa uma camisola branca.
Bjs

Augusta disse...

Fátima:
Se for o pintassilgo, penso que será o nº3. E tem um nome pouco habitual em Rebordainhos. Imagina, chama-se António e, de apelido Pires. Mas as incertezas são muitas. Mesmo assim, coloca o nome. A Olga dirá as informações que o pai lhe der.
O João cuco, apelida-se Fernandes.
E agora vou dormir, que amanhã vou "infunilar"
Beijos

Augusta disse...

Cum caraças: Inda cá volto. O tonho do tio Arnaldo também fazia parte desta equipa. Terá sido ele a amuar?
Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Baptista

Pensei bem e fiz mal! Escrevi que a sombra do teu irmão devia ser a maiorzinha e fui pôr o nome na menorziha!!! Vou já emendar.

Quanto ao Artur, parece-me que a Augusta já te respondeu, concordando contigo.

Beijos e obrigada

Fátima Pereira Stocker disse...

Augusta

Tu bem falas, que conviveste com eles muito tempo! Já quanto ao apelido tens razão, eu tinha por obrigação deduzi-lo, se pensasse nos parentescos.

Beijos (e cresce-me a água na boca ao pensar naquilo que stás a fazer hoje!)

Fátima Pereira Stocker disse...

Augusta

As pessoas têm as suas vidas e os seus ritmos. Mas que lhe sinto a falta, isso sinto.

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

A mim o n.º 4 parece-me o Sortes. Vá, riam-se lá!

Fátima Pereira Stocker disse...

Augusta

Continuo a achar que o 1 não se parece nada com o Artur. Acredita que o 11 se me parece mais: ao menos no cabelo e no nariz!

O 1 (chama-me maluca) faz-me lembrar o Carlos da tia Cândida e do tio António Atilano.

Beijos

Augusta disse...

Bem, agora deixaste-me também com dúvidas. No entanto, as idades do 11 e do nosso Pedro parecem muito semelhantes. Ora, entre o Artur e o Pedro ainda há o Evaristo e a Albertina.
No entanto, olha, mentemos a dúvida até a Olga dizer alguma coisa.
Beijos

Augusta disse...

Olha, e quando me referi ao Tonho do tio Arnaldo, referia-me àquilo que o Baptista disse: que tinha havido um que tinha amuado na altura. Não me referia à ausência dele no blog. Claro que as pessoas têm os seus ritmos. Olha agora! Ainda se pode ter capacidade de optar e decidir neste país. Para isso se fez também o 25 de Abril, ora essa!!
Beijos

Olímpia disse...

Continuo na minha: o nº1 não é o Artur.Não será o Sr. Victor?
Augusta, eu tb tenho essa fotografia do Artur e, cada vez que a comparo com esta, mais tenho a certeza de não ser ele.
O nº 3, parece o Sortes.

Bjos

Olímpia

Fátima Pereira Stocker disse...

Augusta

Parece que tresli o que disseste. Desculpa.

O Artur teve sempre um ar muito gaiato. Ainda agora ninguém lhe dá a idade que tem.

Mas tu és valente! Depois de um dia de canseira ainda voltaste aqui! Eu vou intervalando com a correcção dos pontos, que me deixa extenuada. Daqui a nada vou continuar. É só espairecer mais um cachinho.

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Olímpia

Isto está difícil de gerir! Eu aventei o Sortes para o n.º4 e tu achaste que ele é o n.º 3 que, por sua vez, a Augusta identifica como sendo o Pintassilgo...

Beijos

Augusta disse...

A augusta não identificou. Colocou a gipótese de poder ser...
Mas também se nem o nosso irmão conseguimos identificar!

Anónimo disse...

Oh carai tamém! O Artur é mais pequerricho. O nº 1 é... o Ramiro dos Pereiros.


Bô! bem m'ou finto!

Olga disse...

Boa tarde para todos os intervenientes e observadores!
É a primeira vez que escrevo no blog que me foi apresentado pela minha mãe, não tinha ideia do dinamismo e do entusiasmo que gera uma simples pagina web. Estão todos de parabéns!! Estive a ver as fotos que amavelmente todos colocaram. É com emoção que revivi tempos idos, passados neste pequenino retalho de mundo a que orgulhosamente chamamos a Nossa Terra... Eu, pessoalmente, considero-me afortunada por residir (quase) permanentemente neste lugar, como tal percebo perfeitamente as saudades que todos que se ausentaram sentem: do frio, do dia, da noite, dos lugares, dos cheiros, do fumo a sair das chamines ao cair da tarde...
Bem, relativamente à foto... Estou em vantagem porque a foto tem o nome de todos no verso :)menos das sombras Augusta!
Se quiserem posso publicar o nome de todos. Basta dizer. Mas posso afirmar desde já que os manos Fouces então entre os jogadores!Relativamente ao nº11, como é possivel alguem não se reconhecer a ele próprio? E o nº4, morava numa das quintas anexas...
Até já!
Beijinhos a todos!
Olga Pais

Fátima Pereira Stocker disse...

Anónimo

Diz bem: carai!

O n.1 é o Ramiro? Acredito em si, mas já agora espero que a Olga faça o favor de desvendar o mistério.

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Olga

Ora viva, muito boa tarde e sê muito bem-vinda a esta nossa casa.

Faz-nos esse favor: desvenda o mistério de quem é quem. Pelo que deduzi daquilo que escreveste, o n.º 11 deve ser o Baptista... Já me estou a rir das identificações que fizemos...

Obrigada por tudo quanto disseste e obrigada também por teres servido de mensageira da tua mãe ao enviares-nos as fotografias. Estou em crer que a próxima gerará mais visitas embora, quiçá, menos comentários, porque os novos parecem mais envergonhados.

Beijos

Cesar disse...

Oh que saudades disto!!! Dois dias sem rede quase me fazem morrer de raiva, mas desta vez consegui sobreviver.
Bem, como sou o único comentador masculino devidamente identificado neste post, também deduzo que a referência é à minha pessoa. No entanto, não tenho uma resposta para essa perguntinha pertinente. Só vou repetir uma parte da frase de comentário meu anterior: --Apenas me parece que essa cena não me é estranha--
Continuando o meu raciocínio, direi que sou uns 3 ou 4 anos mais novo que o Tarcísio e também mais novo que o Armindo, o Henrique e o Pedro.
Detalhe importantíssimo: a memória não me relata nenhuma participação na equipe de Rebordainhos. O que ela me relata com toda a clareza é que eu sempre fui não ruim, mas péssimo jogador de futebol. Daqueles que só faziam parte da equipe do seminário, porque era obrigatório. Tinha que participar para não levar chumbo em educação física.
beijos
César

Augusta disse...

Caro anónimo:
O nº 1 o Ramiro dos Pereiros?!! Essa não. Mas olhe, já estou por tudo!
Abraço

Augusta disse...

Ora viva, memina OLGA!!
Até que enfim! E agora que começaste, toca a continuar.
Bom, bom seria que a tua mãe também se alistasse nestas tropas. Mas se não conseguires, ela que te conte passagens, jogos,etc, etc... porque nesse aspecto ela é uma enciclopédia.
Olha que não fui eu que numerei as sombras. Essa ceara é do Baptista e da Fátima. E, pelos vistos, o Baptista é o nº 11.
Beijos e, já sabes que a partir de agora contamos contigo

Olga Pais disse...

Bom dia!
Bem aqui vai então:
1- Artur Pereira
2- João Veigas
3- Guilharmino Fernandes
4- Luis Jeremias (Arufe)
5- Armindo Pais
6- Aniceto Ferreira
7- Henrique Pereira
8- Carlos Pereira
9- Pedro Pereira
10- Tarcisio Martins
11- Cesar Pereira

O fotografo foi o senhor Jaime, primo da D. Graça, que foi também quem ofereceu o equipamento à equipa, um equipamento do Vitória de Setubal.
Espero ter sido util!
Beijinhos,
Olga Pais

Anónimo100 disse...

Pois é, como é que alguém não reconhece a si próprio numa foto de quase 42 anos? Afinal, é quase como se olhar no espelho e não se enxergar!
Agora falando sério: Não tinha graça nenhuma o cara se identificar.
Mas pra quem mora fora de Rebordainhos pràticamente desde os 11 anos até que eu mandei bem. Não errei nenhum dos que indiquei. Quase 64% e nenhum erro. Se contarmos com a sombra, quase 67%. Muito bom pra quem não conhece mais quase ninguém na terrinha.

beijos
César

Fátima Pereira Stocker disse...

Olga

Utilíssima! Estás a ver as asneiras que fomos dizendo...

Beijos e obrigada!

Fátima Pereira Stocker disse...

Baptista

É verdade, grande pontaria tiveste! Pelos vistos, o facto de estares distante há mais tempo permitiu-te que conservasses a memória das feições de quando éreis mais novos. Parabéns!

Beijos

Chanesco disse...

Fátima

O meu elogio à memória prodigiosa das gentes de Rebordainhos, também por uma coisa à qual achei graça:
até pela sombra na foto se lembram das pessoas.

Um abraço para Rebordainhos

Anónimo disse...

E Às vezes...inventam-se as sombras. Deve ser algum sintoma de olifré...oligofré...oh não Porque será que esta palavra não sai da cabeça de quem a ouve? A culpa é deste acordo Horto-gráfico do qual foram eliminados os acentos gráficos e as concordâncias... sintáticas, claro!

Fátima Pereira Stocjer disse...

Caro anónimo

Espero que o discurso antiplatónico e a queda do C das sintáCticas não seja sintoma da tal oligofrenia que lhe não sai da cabeça!

Um abraço e olhe que isso cura-se com gotas para os ouvidos!

Anónimo disse...

I always feel that somebody's watching me!

Fátima Pereira Stocker disse...

Anónimo

E olhe que não está sozinho! Veja aqui.

Cesar disse...

Pois é anónimo (ou será anônimo?), as sombras não se inventam, existem. Na foto elas são bem visíveis. Talvez os cegos não consigam vê-las, mas eu tenho quatro olhos e uma memória que, mesmo me traindo de vez em quando ainda me permitiu lembrar que estava nessa cena e, pelas fisionomias, recordar da maioria dos integrantes.
oligofrénico (ou oligofrênico?), coisas do acordo horto-gráfico, que para mim não é tormento nenhum. Escrevo no dialeto brasilero por força talvez da oligofrenia que me apoquenta desde muito novo. Mas mesmo depois de tratamentos neurológico e psiquiátrico a que me submeti há muitos anos continuo não sentindo, mas vendo mesmo os fantasmas passeando de madrugada pela minha casa e isso é muito bom porque não me sinto tão solitário nos dias e dias a fio que fico morando só, num casarão.
Obrigado por ter dado o ar de sua graça. Ah, de oligofrênicos todos temos um pouco.
Vou consultar aqui meus fantasmas pra ver se eles me confirmam se você é quem eu estou pensando...
Um grande abraço, amigo.
inté
César

Fátima Pereira Stocker disse...

Baptista

Nem mais!

Feliz ano novo!

Anónimo disse...

Senhor Batista,desculpe-me se os meus comentários o ofenderam.Apenas não gosto de ver ninguém ser tratado de ignorante ainda que de forma subtil.Também não concordo que, pelo facto de ter opiniões próprias esteja a insultar alguém Nunca disse palavrôes nem fui mal-educado.O facto de haver opiniões diferentes é que faz evoluír o mundo. E também não sou nenhuma ovelha negra.Nesse caso, deve haver muitas ovelhas negras, porque, de facto, o blog tem muitos textos interessantes mas, porque é que são sempre os mesmos que aparecem citados ou fotografados ou seja lá o que fôr?
Nem tudo está assim tão repleto de harmonia quanto isso, embora o espaço físico seja de facto deslumbrante.penso que quem fundou o blog era uma pessoa realmente honesta, que acreditava piamente na pureza das pessoas. Agora quem já tenha vivido na aldeia, não acredito que tenha assim tanta Fé.E já agora, faça um inquerito na aldeia a perguntar o que é a oligofrenia, porque eu não sei o que é.

Fátima Pereira Stocker disse...

Caro anónimo

Vou dividir a minha resposta em partes.

1
Começo por agradecer-lhe o modo como se referiu ao João, meu marido e fundador deste blog, e que gostava de Rebordaínhos e das suas gentes tanto como eu.

2
Apesar de se ter dirigido ao Baptista (que não precisa de mim para se defender), creio que na sua resposta me envolve também a mim e é por isso que lhe escrevo.

As pessoas não são melhores nem piores por saberem muitas palavras. Pessoalmente, não me interessa para nada saber quantas palavras desconhecem as pessoas da minha terra; o que a mim me importa é aprender as palavras que elas sabem, que não vêm no dicionário e que a mim já se me esqueceram!
O modo como escreve leva-me a acreditar que, no seu caso, existe bom domínio do léxico e, como tal, nem me passou (nem passa) pela cabeça que não soubesse o significado de oligofrénico. Apesar disso, deixo aqui a transcrição do dicionário, sempre pode servir a alguém:

Oligofrenia: Deficiência do desenvolvimento mental, congénita ou adquirida precocemente. Por outras palavras, um oligofrénico é um atrasado mental.

Como deve ter percebido pela minha resposta, levei o seu comentário para a brincadeira, assim como o segundo (escrito em inglês), se é que se trata da mesma pessoa.

3
Quando usou a expressão "ovelha negra" fez-me associá-lo ao anónimo que deixou um comentário lamentável num artigo mais abaixo. Apaguei esse comentário e expliquei porquê, servindo-me da expressão citada. Se se trata da mesma pessoa, sempre lhe digo que fico contente com o resultado pois, pela primeira vez, li um comentário com espírito construtivo, escrito por essa pessoa.

Tem razão quanado afirma que a pluralidade de ideias é positiva. Eu própria a fomento, porque gosto muito de um bom debate - em tom sério ou bem humorado, mas sempre construtivo!

4
Não posso deixar de me sentir magoada quando escreve isto: (...) porque é que são sempre os mesmos que aparecem citados ou fotografados (...)?

É tão injusto da sua parte! Tão injusto! Eu passo a vida a pedir auxílio, que me dêem fotografias, que me contem histórias; que escrevam o que quiserem e me enviem; digo que se sintam à vontade e que podem contar comigo para ajudar a rever os textos, caso sintam que precisam de ajuda!
Até já sugeri a alguém que, caso queira escrever e manter o anonimato, que eu lho asseguro e que, mesmo querendo que nem eu saiba, pode criar uma caixa de correio com um pseudónimo e escrever-me a partir dela. Cheguei, mesmo, a dar o abcd como exemplo disso!

Custa muito ouvir dessas! Deseunho-me para manter viva uma página que me consome horas diárias, horas que tiro do meu descanso porque, sendo filha de quem sou e mulher de quem era, jamais tiraria um minuto que fosse do cumprimento dos meus deveres profissionais.

Para além de mim, há outras pessoas que se disponibilizam (umas de forma mais regular do que outra, mas não importa, fazem-no!) e ainda têm que ler que só elas é que aparecem citadas? Injustiça tamanha!

Mas não quero deixar o seu desabafo em claro. Caso não tenha reparado, o endereço de e-mail do blog está na barra lateral. Mesmo assim, deixo-o escrito aqui:

blog.rebordainhos@gmail.com

Aguardo mensagem sua com fotografias de quem nunca aparece e/ou texto escrito por si. O que quer que seja que me venha a enviar será tratado com o respeito e o carinho com que trato todos os outros.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Muito obrigado pela resposta. Quando falei das pessoas que não eram citadas referia-me aos emigrantes. São pessoas que têm um amor realmente especial pela sua terra, que tiveram a coragem de partir para melhorar as suas vidas e que contribuem mais do que ninguém para fazer viver a aldeia. O que seria da festa de Verão sem o seu contributo?
O que quero dizer é que muitos consultam o blog, mas não participam porque sentem que não ´fazem parte do "Grupo". Eu gostaria que este espaço servisse também para ir no sentido contrário, ouvir os testemunhos de quem não está cá. E os textos do Senhor Tonho vão nesse sentido, as pessoas gostam de ler porque compreendem, identificam-se. Claro que o único e ridículo comentário pejorativo que li no blog, e de certeza porveniente de alguém que , no dia-a-dia é muito douto e não tem coragem de escrever seja o que fôr, anonimamente ou não.Ou então partiu de alguma pessoa invejosa. Com estes comentários é que não concordo nada!

Cesar disse...

Caro anônimo:
Peço perdão se me expressei mal. Não vi nenhuma ofensa no que escreveu e também não tive a menor intenção de revidar ou ofender. Apenas quiz, em parte, fazer uma brincadeira (não sei se de bom ou mau gosto), mas uma brincadeira. Digo em parte, porque o tratamento neurológico e psicológico aconteceram mesmo, durante uns dois anos. Não tenho problema nenhum em falar sobre isso, embora meus pais e irmãos nunca tenham tomado conhecimento do fato. Não tinha nenhum motivo para preocupar os “velhos” e meus irmãos não teriam porque se incomodar com isso. Então... o fato é que não é nada fácil com 21 anos chegar numa terra bem distante da nossa, onde se fala a mesma língua, mas de forma diferente, sem dinheiro no bolso, sem emprego e sem lugar para ficar. Mas quem quer saber disso, se os poucos parentes que moram lá, nem sequer respondem aos seus apelos? Ou, como se diz por aqui, se fingem de mortos?
A parte dos fantasmas que circulam livremente pela minha casa, é “quase” totalmente fictícia. Quase, porque nunca os vi...
Não conheci pessoalmente o João Stocker, mas chorei quando soube da “partida” dele, porque mesmo não nos conhecendo “ao vivo”, ele me ajudou bastante com notícias e informações. Inclusivé, me enviando um semanário por e-mail, onde eu podia colocar-me a par de muitas notícias que mais ninguém me transmitia. Infelizmente, ele se foi antes de nos conhecermos. A minha viagem programada para Portugal só aconteceria quase 10 meses depois... Deus o chamou antes.
Fique com Deus, anônimo, mas fique com a certeza de uma coisa: Não sei como funciona para os outros, mas da minha parte posso garantir-lhe que a única coisa que passava pela minha cabeça durante muitos anos era a esperança de juntar um bom dinheirinho para poder voltar e me estabelecer na minha terra. Não necessáriamente em Rebordainhos, mas em qualquer canto desse Portugal. Não deu e hoje já não penso mais nisso... mesmo tendo condições de o fazer já cheguei à conclusão que o povo brasileiro é muito mais solidário e amigo!
Sei que você é um cara muito mais culto que eu, que não tenho mais que um simples terceiro ano e muitos cursos profissionalizantes, mas sei dar minha cara a bofete quando isso se faz necessário e também respeitar as ideias e opiniões dos outros, ainda que elas não casem com as minhas.
Mais uma vez meu honesto pedido de desculpa pelos mal-entendidos.
Um grande e amistoso abraço.

César Baptista Pereira

PS. Fiz este comentário off no word e quando entrei para postar já tinha o do anónimo. Então...

Fátima Pereira Stocker disse...

Caro anónimo

Concordo e subscrevo tudo quanto disse sobre os emigrantes e sou amiga de todos eles (os da geração dos pais e dos avós, porque aos mais novos já quase os não conheço). Merecem-me todo o respeito e consideração e digo-lhe que gostaria muito de publicar as suas histórias.

Citou o exemplo do Tonho (creio que se refere ao Tonho Brás (do tio Arnaldo)que me alegrou muito quando tomou a iniciativa de começar a escrever. Nessa altura tive esperanças de que o seu exemplo frutificasse e mais pessoas ganhassem coragem e escrevessem. Desapontei-me, como é fácil de ver!

Diz-me, e acredito em si, que os textos do Tonho suscitam interesse. Vamos olhar para as caixas de comentários:

1.º texto: comento eu, as minhas irmãs, o Baptista e o Manuel da tia Hélia, o Sr. Américo e a Céu, além das respostas do autor.
2.º texto: comentamos os mesmos (também a minha irmã Tina); a Isamar (uma visitante algarvia), o Tonho da tia Lídia e o Filinto.
3.º texto: eu, minhas irmãs Augusta e Olímpia; Carlos Águeda; Manuel do tio César; Orlando, Lurdes do tio Hermínio, Sr. Américo e o autor.
4.º texto : para além de mim e das minhas irmãs, comentam o Manuel e a Céu, e, naturalmente, o próprio Tonho e o Carlos Águeda que é autor das peças de artesanato que ilustram o artigo
5.º texto: Sr. Américo, eu e minhas irmãs, Manuel Pereira, Tonho da tia Lídia, Rui Freixedelo e o autor;

Enfim, creio que não é necessário ir a cada um dos dez textos do Tonho para se constatar o seguinte: se suscitam interesse em mais alguém que não sejam os comentadores habituais, ninguém dá por ela! Acredite que é com pena que digo isto! Ou seja, nada confirma aquilo que me diz e eu não sei adivinhar o gosto de quem o não declara.

Penso que me lança o repto de ser eu, ou algum dos outros colaboradores, a escrever sobre a vida dos emigrantes. Falo por mim, mas está a pedir-me o impossível, porque nada saberia dizer além de dar uma lição de História, e não é isso que se pretende, suponho.
Fantasiar é fácil, mas os nossos emigrantes merecem-me mais do que fantasias: merecem que se contem as suas lutas, os seus medos, as suas vitórias e derrotas; merecem que se conte como se sentem acolhidos quando regressam no Verão, e que se diga dos seus anseios! Como não vivi nada disso, faltaria verdade a tudo quanto escrevesse. É por isso que insisto: por favor, escrevam, não tenham vergonha! Vou, até, ser mais directa: se o receio é o de darem muitos erros, não se importem, porque eu corrijo-os! Será preciso ser mais clara do que isto?

Espero ter esclarecido o meu ponto de vista. Espero, também, que compreenda que vou continuar na expectativa de receber alguma coisa vinda de si na minha caixa de correio. Se mais alguém o fizer estará a dar-me grande alegria e a contribuir para que mais gente se sinta contemplada nas nossas histórias.

Cumprimentos

Anónimo disse...

O poder de argumentação é realmente muito bom. Obrigado por todas as respostas. Tenho apenas uma última pergunta.Quais são os requisitos para ser membro efectivo do blog? Isto no caso de quererem responder, claro!
Cumprimentos!

Fátima Pereira Stocker disse...

Anónimo

Há um não sei quê que me diz que não é a mesma pessoa com quem tenho estado a dialogar...

Pessoalmente não estabeleci critério nenhum. Só cheguei ao blog depois do falecimento de meu marido e, à excepção de assumir o lugar dele como admimistradora da página, não fiz alteração nenhuma (se, na altura, soubesse que iria sentir alguns dos amargos de boca que tenho sofrido, creio que não aceitaria os pedidos que me foram feitos para que continuasse).

Sei que o João se interessou em chamar pessoas que morassem na terra, ou perto, para que pudessem publicar artigos com informação actualizada. Ele entendia que essa era a melhor forma de as pessoas que estão longe matarem saudades, e eu não quero mexer naquilo que ele construiu.

Paralelamente, foi pedindo contributos a quem fizesse o favor de os dar e, assim, nasceram os colaboradores, um naipe de que se orgulhava e de que me orgulho, embora gostasse de o ver aumentado.

Como vê, são duas categorias distintas. Em meu entender, a primeira deve ser o mais restrita possível, para que isto não se torne numa casa desgovernada: quando há muitos a mandar, não manda ninguém.

Tal não significa que as portas estejam fechadas para sempre. Não lhe posso dar critérios de admissão porque não pensei neles, mas posso dar-lhe, para já, dois critérios de exclusão: o anonimato e a má índole.

Cumprimentos