Embora sejam do fim de Abril, também calha bem vê-las em Maio. São fotografias que a Augusta me enviou há já algus dias, mas que só agora tive oportunidade de publicar. Estava na hora de ver os castanheiros e aproveitou o Domingo de Páscoa para fazer a reportagem. Que linda!
Às restantes não lhes posso dar o mesmo uso porque implica serem recortadas e, ao recortá-las, perde-se a noção de conjunto e, consequentemente, a beleza. Mas hei-se lembrar-me delas para outra coisa qualquer.
Que lindas fotografias e que belo passeio me proporcionaram pelas terras de Miguel Torga.Foi um prazer muito grande.Nasci na serra algarvia, sempre vivi na cidade mas os meus pais nunca deixaram que as minhas raízes ficassem abaladas pela vida citadina. Fascinam-me estas paisagens, estas gentes, estes ares, estes sons, estes aromas...onde agora quase vivo em permanência.
Fica bem, sim senhora. A nossa paisagem fica sempre bem, o que importa é imaginação e criatividade. Parabéns pois para ti, e para a Catarina que fotografou. Como utilizou a minha máquina, as fotografias ficaram comigo Beijos
Quando, nas andanças arqueológicas, cheguei pela primeira vez à serra algarvia fiquei extasiada: parecia-me o recorte da minha terra! Somos abençoados por Deus todos os que nascemos na serra. Bem fizeram os seus pais e, tenho a certeza, a Isabel continuou-lhes os passos.
"Somos abençoados por Deus os que nascemos na serra "....Nem sabe como concordo consigo Fátima ! O mar pode ter vários motivos de atracção ,mas como a serra ...ele não consegue dar-nos tantas belezas várias , tantos contrastes , tanto colorido , tanta paz.... São lindas as fotos ,são da serra , nada mais é preciso dizer... Beijo Quina
Belos exemplares esses dois castanheiros,juntos há mais de um século, a avaliar pelo seu tronco. Uma pena que pelas minhas bandas lhe tenham dado caça feroz há mais de 20 anos,quando foi moda plantar macieiras,foi um abate sem dó.
E eu que adoro essas belas árvores e o seu fruto não os tenho por per to para os observar,tantas histórias fantásticas,do imaginário infantil a envolver cstanheiros,sim porque alguns já vivem entre nós há nove séculos,é muito tempo para uma árvore,o respeito que nos merecem é tamanho.
Ainda há quem se dedique a fazer um levantamento dos exemplares sobrevivos pela paisagem do nosso País,e foi graças a um destes estudos desenvolvidos pelo professor,Jorge Joaquim Lage (trasmontano,de Mirandela):-CASTANEA-uma dádiva dos deuses-,que tive conhecimento destes exemplares.
De alguns deles sobeja apenas o tronco,os quais se encontram preservados, adornando os locais onde se encontavam.Exemplo do de Lamego,decorado com eras,planta oportunista que muitas vezes mata aquela onde se envolve.
Que magnífico comentário nos deixou aqui! Assim que puder hei-de comprar o livro do professor Lage, que não conhecia.
Às vezes olho para alguns castanheiros e ponho-me a imaginar se D. Afonso Henriques terá descansado de alguma lide, encostado ao seu toro porque o castanheiro leva trezentos a crescer, trezentos no seu ser e trezentos para morrer. Não sei se isto é um ditado do povo, sei que o encontrei no Aquilino Ribeiro e o decorei.
OK, menina fininha. O grosso das fotografias, foi da Catarina. Mas as duas primeiras são minhas. Já agora, lanço o desafio: quem sabe onde foram tiradas? Beijos
Não sei se D.Afonso Henriques descansou debaixo dalgum castanheiro,porque se diz que a sombra deles e das nogueiras,não é saudável,a imaginar que eles acreditavam em tantas crendices,era mais uma a ter em conta.
O que sei é que reza a lenda,que o Egas Moniz,descansou debaixo dum carvalho,quando descalço e de corda ao pescoço foi pedir perdão a D. Afonso VII,pela palavra dada e não cumprida etc....e pelo facto de tão reconfortante sombra mudou o nome desse povoado de Lisboinha,para Carvalho de Egas,e é esta a lenda do nome da minha aldeia,que já está na calha para entrar no blogue.
Curiosamente, ainda este sábado estive com os meus irmãos a falarmos de possíveis piqueniques e eu sugeri um lugar onde poderíamos aproveitar a sombra dos castanheiros. A resposta do meu irmão mais velho foi: não gosto nada da sombra deles - é muito fria e faz mal! Como vê, a crença permanece. É possível, até, que tenha alguma razão de ser, mas isto já sou eu a pensar depois daquilo que ouvi.
É tão engraçada a história da sua aldeia! Não fazia ideia e estou cheiinha de curiosidade para ir lê-la ao seu Vila Flor. Aproveito, aliás, para pedir desculpa pelo desleixo de ainda o não ter anexado à lista dos blogues próximos. Vou já redimir-me.
As fotografias estão espectaculares! Modéstia à parte, claro! E como a Tia Fátima disse, Maria Olímpia, isto não é propriamente a Amazónia ou a savana! Mas muito obrigada! =)
Grauvaque: rocha sedimentar constituída por grãos de quartzo, feldspato (e outras - como a mica, neste caso?) e pedaçõs da rocha mãe que foram agregadas por algum material que serve de cimento. Dada a localização, o grauvaque da fotografia resultou, seguramente, da intensa compressão ocorrida por deslizamentos de origem tectónica.
19 comentários:
Augusta
Desculpa só ter publicado agora mas, como diz o ditado, mais vale tarde do que nunca!
Peço, no entanto, que me envies sem ser pelo picasa (em tamanho original) as fotografias que correspondem aos seguintes números:
3095
3096
3100
3127
Beijos e obrigada!
Augusta
Obrigada. Fica bem?
Às restantes não lhes posso dar o mesmo uso porque implica serem recortadas e, ao recortá-las, perde-se a noção de conjunto e, consequentemente, a beleza. Mas hei-se lembrar-me delas para outra coisa qualquer.
Beijos
Que lindas fotografias e que belo passeio me proporcionaram pelas terras de Miguel Torga.Foi um prazer muito grande.Nasci na serra algarvia, sempre vivi na cidade mas os meus pais nunca deixaram que as minhas raízes ficassem abaladas pela vida citadina.
Fascinam-me estas paisagens, estas gentes, estes ares, estes sons, estes aromas...onde agora quase vivo em permanência.
Bem-hajam!
Abraço grande
Fica bem, sim senhora. A nossa paisagem fica sempre bem, o que importa é imaginação e criatividade.
Parabéns pois para ti, e para a Catarina que fotografou. Como utilizou a minha máquina, as fotografias ficaram comigo
Beijos
Cara Isabel
Quando, nas andanças arqueológicas, cheguei pela primeira vez à serra algarvia fiquei extasiada: parecia-me o recorte da minha terra! Somos abençoados por Deus todos os que nascemos na serra. Bem fizeram os seus pais e, tenho a certeza, a Isabel continuou-lhes os passos.
Um grande abraço
Augusta
Ficou um cabeçalho todo pimpão! Quer dizer que tenho que o agradecer, e ao artigo, à Catarina. Pois seja, assim farei!
Beijos
"Somos abençoados por Deus os que nascemos na serra "....Nem sabe como concordo consigo Fátima ! O mar pode ter vários motivos de atracção ,mas como a serra ...ele não consegue dar-nos tantas belezas várias , tantos contrastes , tanto colorido , tanta paz.... São lindas as fotos ,são da serra , nada mais é preciso dizer...
Beijo
Quina
Olhai... garotas, estais a fazer-me saudades de passear por aí.
Um beijo às duas
Belos exemplares esses dois castanheiros,juntos há mais de um século, a avaliar pelo seu tronco. Uma pena que pelas minhas bandas lhe tenham dado caça feroz há mais de 20 anos,quando foi moda plantar macieiras,foi um abate sem dó.
E eu que adoro essas belas árvores e o seu fruto não os tenho por per to para os observar,tantas histórias fantásticas,do imaginário infantil a envolver cstanheiros,sim porque alguns já vivem entre nós há nove séculos,é muito tempo para uma árvore,o respeito que nos merecem é tamanho.
Ainda há quem se dedique a fazer um levantamento dos exemplares sobrevivos pela paisagem do nosso País,e foi graças a um destes estudos desenvolvidos pelo professor,Jorge Joaquim Lage (trasmontano,de Mirandela):-CASTANEA-uma dádiva dos deuses-,que tive conhecimento destes exemplares.
De alguns deles sobeja apenas o tronco,os quais se encontram preservados, adornando os locais onde se encontavam.Exemplo do de Lamego,decorado com eras,planta oportunista que muitas vezes mata aquela onde se envolve.
Fátima Amaral
Cara Quina
O mar é sublime, mas só da serra é que sinto o abraço.
Beijos
Eduarda
Deus te abençoe por ainda saberes falar assim. Em Rebordaínhos ainda há gente que espera por ti.
Beijos
Fátima
Que magnífico comentário nos deixou aqui! Assim que puder hei-de comprar o livro do professor Lage, que não conhecia.
Às vezes olho para alguns castanheiros e ponho-me a imaginar se D. Afonso Henriques terá descansado de alguma lide, encostado ao seu toro porque o castanheiro leva trezentos a crescer, trezentos no seu ser e trezentos para morrer. Não sei se isto é um ditado do povo, sei que o encontrei no Aquilino Ribeiro e o decorei.
Beijos
Parabéns Qué-Qué, pela coragem demonstrada nos passeios pelo campo e claro, pelas lindas fotografias.
O nosso canto é mesmo lindo!...
Bjos
Olímpia
OK, menina fininha. O grosso das fotografias, foi da Catarina. Mas as duas primeiras são minhas.
Já agora, lanço o desafio: quem sabe onde foram tiradas?
Beijos
Não sei se D.Afonso Henriques descansou debaixo dalgum castanheiro,porque se diz que a sombra deles e das nogueiras,não é saudável,a imaginar que eles acreditavam em tantas crendices,era mais uma a ter em conta.
O que sei é que reza a lenda,que o Egas Moniz,descansou debaixo dum carvalho,quando descalço e de corda ao pescoço foi pedir perdão a D. Afonso VII,pela palavra dada e não cumprida etc....e pelo facto de tão reconfortante sombra mudou o nome desse povoado de Lisboinha,para Carvalho de Egas,e é esta a lenda do nome da minha aldeia,que já está na calha para entrar no blogue.
Fátima Amaral
Fátima
Curiosamente, ainda este sábado estive com os meus irmãos a falarmos de possíveis piqueniques e eu sugeri um lugar onde poderíamos aproveitar a sombra dos castanheiros. A resposta do meu irmão mais velho foi: não gosto nada da sombra deles - é muito fria e faz mal! Como vê, a crença permanece. É possível, até, que tenha alguma razão de ser, mas isto já sou eu a pensar depois daquilo que ouvi.
É tão engraçada a história da sua aldeia! Não fazia ideia e estou cheiinha de curiosidade para ir lê-la ao seu Vila Flor. Aproveito, aliás, para pedir desculpa pelo desleixo de ainda o não ter anexado à lista dos blogues próximos. Vou já redimir-me.
Beijos
As fotografias estão espectaculares! Modéstia à parte, claro!
E como a Tia Fátima disse, Maria Olímpia, isto não é propriamente a Amazónia ou a savana! Mas muito obrigada! =)
Beijinhos
Catarina
E já agora, a ultima fotografia corresponde a um grauvaque com imensas micas! =)
Dicionário
Grauvaque: rocha sedimentar constituída por grãos de quartzo, feldspato (e outras - como a mica, neste caso?) e pedaçõs da rocha mãe que foram agregadas por algum material que serve de cimento. Dada a localização, o grauvaque da fotografia resultou, seguramente, da intensa compressão ocorrida por deslizamentos de origem tectónica.
Disse muita asneira, Catarina?
Beijos
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