Aqui há dias, o meu primo Luís do Brasil contou-me que, estando a sua mãe e minha tia Maria Amélia internada, lhe leu aquelas quadras do entrudo que publiquei. Mal as ouviu ler, ela começou a cantá-las. Emocionou-se ele ao ver e emocionei-me eu ao ouvi-lo contar-me.
É do conhecimento geral a doença que vitimou minha mãe, depois a tia Celeste, o tio António e, tragicamente, tem preso à cama o Evangelista, um dos amigos da nossa idade.
Lembrei-me de todos eles quando, ao ler o Jornal de Notícias, dei de caras com um artigo que me comoveu e que tem o seguinte título: O poder da música em pessoas com Alzheimer e vem acompanhado do segundo vídeo que publico agora. Aqui o deixo transcrito, porque vale a pena lê-lo e ver os vídeos.
É do conhecimento geral a doença que vitimou minha mãe, depois a tia Celeste, o tio António e, tragicamente, tem preso à cama o Evangelista, um dos amigos da nossa idade.
Lembrei-me de todos eles quando, ao ler o Jornal de Notícias, dei de caras com um artigo que me comoveu e que tem o seguinte título: O poder da música em pessoas com Alzheimer e vem acompanhado do segundo vídeo que publico agora. Aqui o deixo transcrito, porque vale a pena lê-lo e ver os vídeos.
Um videoclipe inspirador foi lançado por Michael Rossato-Bennett para promover o documentário "Alive Inside" e mostra a extraordinária terapia musical feita com pacientes que sofrem de Alzheimer ou demência (...).
Visto mais de 2 milhões de vezes, o documentário é narrado por um trabalhador de ação social e pelo neurologista Oliver Sacks e explora a ligação entre a música e a memória dos que sofrem problemas mentais degenerativos.
De todos os idosos entrevistados, um senhor chamado Henry é o que mais se destaca.
Henry, que sofre de Alzheimer, é primeiramente visto na sua cadeira de rodas sem responder a nenhuma questão. Contudo, depois de lhe ser entregue um iPod cheio de músicas e grandes hits dos seus tempos de juventude, Henry rejuvenesce.
O neurologista Oliver Sacks afirma que ele "fica iluminado! A sua cara assume expressão, os olhos abrem-se...ele fica animado com o que ouve.
"Após a conecção com o iPod, Henry inicia uma conversa lúcida sobre o seu amor pela música e o efeito que esta tem sobre ele.
"Dá-me a sensação de amor, de romance. Eu descubro agora que o mundo precisa de música. Têm aqui belas canções", diz Henry antes de começar a ouvir "I'll Be Home For Christmas" de Cab Calloway, que considera ser um dos seus artistas favoritos.
A estreia da mostra do documentário está agendada para o dia 18 de abril no Rubin Museum em Nova Iorque, enquanto que a organização "Music&Memory" de Dan Cohen está a colecionar novos e velhos leitores de MP3 para pessoas idosas nos Estados Unidos.
in JN de 12 de Abril de 2012
Podem ver muito mais no sítio original. É só clicar no sublinhado.
Visto mais de 2 milhões de vezes, o documentário é narrado por um trabalhador de ação social e pelo neurologista Oliver Sacks e explora a ligação entre a música e a memória dos que sofrem problemas mentais degenerativos.
De todos os idosos entrevistados, um senhor chamado Henry é o que mais se destaca.
Henry, que sofre de Alzheimer, é primeiramente visto na sua cadeira de rodas sem responder a nenhuma questão. Contudo, depois de lhe ser entregue um iPod cheio de músicas e grandes hits dos seus tempos de juventude, Henry rejuvenesce.
O neurologista Oliver Sacks afirma que ele "fica iluminado! A sua cara assume expressão, os olhos abrem-se...ele fica animado com o que ouve.
"Após a conecção com o iPod, Henry inicia uma conversa lúcida sobre o seu amor pela música e o efeito que esta tem sobre ele.
"Dá-me a sensação de amor, de romance. Eu descubro agora que o mundo precisa de música. Têm aqui belas canções", diz Henry antes de começar a ouvir "I'll Be Home For Christmas" de Cab Calloway, que considera ser um dos seus artistas favoritos.
A estreia da mostra do documentário está agendada para o dia 18 de abril no Rubin Museum em Nova Iorque, enquanto que a organização "Music&Memory" de Dan Cohen está a colecionar novos e velhos leitores de MP3 para pessoas idosas nos Estados Unidos.
in JN de 12 de Abril de 2012
Podem ver muito mais no sítio original. É só clicar no sublinhado.
2 comentários:
Muito interessante. A minha mãe, sofreu um AVC com 57 anos que a deixou paralizada do lado esquerdo. Os médicos mandaram-na para casa pelo Natal de 83 para passar o Natal e morrer em casa já que eles diziam que ela tinha pouco tempo de vida. Eu cuidei dela e ao fim de dois meses ela começou a recuperar e foi melhorando até que recuperou a fala e verificamos que a parte do cerebro que tinha sido afetada tinha sido a parte motora, não o mental.
Nunca mais mexeu o braço nem a perna esquerda, apesar dos 3 anos que fez de fisioterapia. Em 2007 começou a ter crises de demencia. Levámo-la ao hospital, fez exames foi vista por um neurologista e um psiquiatra que disseram que ela estava com a doença de Alzheimer.
Depois da morte de meu pai em 2009 ela piorou muito. Tinha muitos dias que nem me conhecia, levava a falar sozinha e dizia que estava a falar com o meu pai. E quando eu lhe dizia que ele já não estava entre nós ela dizia que eu estava maluca e cega. "Pois não o vês sentado aqui na beira da cama?" Teria sido bom ter conhecimento disto nessa altura. Eu ligava-lhe a TV. Mas ela não ligava importância. Partiu o ano passado em Fevereiro.
Um abraço e uma boa semana
Elvira
A ciência é assim: vai progredindo por etapas. Aos nossos não lhes pudemos valer de uma forma, mas valemos-lhes de outras - e aquilo que fez por sua mãe é a maior prova disso.
Beijos
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