sábado, 23 de junho de 2012

Nostalgia

De vez em quando também apetece dar um saltinho às canções que marcaram a nossa juventude...

Quem tem mais de 50 anos lembra-se, certamente, da voz angelical da Mary Hopkin a cantar "Those Were the Days". O sucesso foi tão grande que, rapidamente, surgiram versões em numerosos idiomas. Deixo aqui a versão italiana, levezinha, cantada pela Gigliola Cinquetti e a portuguesa que, interpretada por Simone de Oliveira, lhe altera o conteúdo, transformando-a numa canção sobre um amor passado.

Enquanto procurava, aprendi uma coisa que, se calhar, só eu é que não sabia: essa canção, que foi um hino à rebeldia juvenil e às vitórias alcançadas nos anos 60 e 70, é uma melodia russa dos anos 20! Pu-la no fim de tudo. Antes dela, está a versão de que mais gosto, também ela em língua russa. Que voz! Quem me dera compreender o que ela diz!

Espero que gostem.

Mary Hopkin: Those Were The Days

Gigliola Cinquetti QUELLI ERANO I GIORNI




Simone: AQUELES DIAS FELIZES


EM RUSSO

VERSÃO ORIGINAL

5 comentários:

Ribordayn disse...

Adorei... e como é emocionamte retornar 50 anos no tempo! Passou um filme na minha cabeça. Gostei muito da melodia russa (a tua preferida), mas ainda prefiro a que mais escutei na minha juventude (interpretada pela Mary Hopkin), pois leva a vantagem de me permitir também entender a letra.

Obrigado, Fátima

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Ribordayn

Foi um filme assim que se passou na minha cabeça, também! Por isso achei que devia partilhar.

Existe uma versão em Português do Brasil e, curiosamente, também ela transformada em canção de um amor passado, tal como a portuguesa. Então, eu pus-me a pensar no porquê. Concluí que, de facto, estando ambos os países mergulhados em ditaduras atrofiadoras, nem portugueses nem brasileiros tínhamos vitória alguma para celebrar em 1968. Celebrá-las-íamos mais tarde - e bem mais saborosas que elas foram!

Beijos e obrigada

antonio disse...

Curioso, eu tinha impressão que Dalida tinha representado a França na Eurovisão com esta canção cujo título era: ( le temps des fleurs), ignorava que A Giniola Cinquetti, que conheci pessoalmente, tivesse cantado esta canção, e sobretudo que tivesse ganho dois anos este concurso. Pesquisei e descobri que Dalida cantou esta canção em Ebreu e inglês nas tascas de Londres no ano 1968. De qualquer maneira, é uma linda canção, eu tenho-a na memória em Françês, mas a 1ª cantora é espantosa!!! Um abraço para toddos

eduarda disse...

Há canções que são como bálsamo, que curam as nossas feridas, que reconfortam com a sua música, verdadeiras enfermeiras da alma.
Há canções que recordamos , que aparecem e nos tiram da depressão, nos fazem rir, nos fazem fazer figura de parvos e gostamos.
Há canções que são tão carentes que parecem esponjas afectivas.
Lembro-me bem da Mary Hopkin e da Simone, as outras desconhecia.

Seguindo o teu raciocínio relativo a 68, importa referir, como dizia o poeta: “o sonho comanda a vida…” e por vezes estamos cercados de matéria, porque pensamos que assim poderemos suprir as nossas carências. Mas a verdade é que hoje (perante a História recente) podemos ter muito e amanhã podemos ficar sem nada. Não interessa então se a luta é vã, o que é preciso é que não a deixemos finar-se.
Um beijo
Eduarda

Céu disse...

Obrigada Fátima, por nos fazeres recordar uma das mais lindas melodias do meu tempo de juventude. Conheci-a em vários idiomas, mas sem dúvida que esta é mais bonita.
Um beijinho e bom domingo.
Céu