Largo as fragas, por uns instantes, para falar dos nossos Montes.
Rebordaínhos é uma espécie de península: está rodeado de montes por todos os lados menos por um, aquele que dá mais ou menos para Nascente, que é por onde passa a estrada que nos liga ao mundo urbano. Durante um século foi a "Nacional n.º 15" paralelamente à qual se construiu o IP4 que, actualmente, foi transformado na auto-estrada transmontana, ou A4.
Apesar de rodeados deles, para nós "os Montes" são o nome próprio daquela área do nosso termo virada a Sul e que confina com os termos de uma poucas de outras aldeias. Aqueles cabeços eram - e são - propriedade comum e escaparam à sanha arborícola do Estado Novo cujas repercussões na nossa aldeia já foram muito bem contadas pelo Tonho da tia Lídia.
Bastantes anos mais tarde, e com propósitos bem distintos, a pensar numa fonte de riqueza para as populações, dinheiros da Comunidade Europeia permitiram que se elaborassem projectos de florestação de terras baldias, obedecendo a regras claras, nomeadamente, fitossanitárias (plantio espaçado das árvores) de prevenção de incêndios (com a abertura de aceiros) e que determinam, também, a idade mínima de corte das árvores para madeira. A receita obtida reverterá para a junta de freguesia.
Foi num dos mandatos do meu primo Carlos Pereira (que me não leve a mal, mas toda a gente o identificará se eu disser que é o "Chedre") que Rebordaínhos se candidatou e obteve verbas para arborizar os Montes. Porque vivemos em democracia, a parte dos Pereiros não foi abrangida já que os seus moradores se opuseram.
Foi o próprio Carlos quem serviu de guia a umas quantas mulheres que nos alapámos a ele nesta visita por uma parte do nosso termo que nenhuma de nós conhecia. Aqui ficam algumas fotografias tiradas pela Olímpia (à excepção daquela que mostra o grupo). São imagens dos Montes e da vista que de lá se alcança. A Augusta aproveitou para apanhar um saco cheiinho de alcária.
Foi o próprio Carlos quem serviu de guia a umas quantas mulheres que nos alapámos a ele nesta visita por uma parte do nosso termo que nenhuma de nós conhecia. Aqui ficam algumas fotografias tiradas pela Olímpia (à excepção daquela que mostra o grupo). São imagens dos Montes e da vista que de lá se alcança. A Augusta aproveitou para apanhar um saco cheiinho de alcária.
9 comentários:
Fátima: como é bom saber ou aprender coisas relacionadas com o reinado dos amantes de terras que ontem percorremos a pés, e hoje virtualmente nos deixam nostálgicas saudades, sabendo que em parte alguma da terra nos sentimos tão amados como na nossa. Que bonito passeio! fizemos-lo eu e o Blisário recentemente na minha 4x4 por não sermos tão corajosos como vós... foi ma delicia... havia tanto tempo que não visitava os montes,Vale de Miuça, cabeço cercado... demos volta a isso tudo e baixamos direcção a Teixedo cantinho dos meus encantos. Bem-haja a fotografa pelas maravilhas que fazem os nossos olhares lacrimejar... e parabéns para o fantástico e corajoso grupo de guerrilheiros armados de boas intenções...quanto ao corte desta linda floresta, creio, digo bem, creio, serem os benefícios da venda revertidos a 64% para a Junta de Freguesia e o restante para a florestal.
Beijos sadosos
Ninguem dize nada! ficou tudo de bico calado ou acabouse o pio a toute le monde.Ou gosto de ler tudo ca qui escrebem mas gosto mesmo. Mato muntas soudades.
beijos
pour toute le monde
Tonho
Bem-hajas pelas tuas palavras e desculpa a demora na resposta.
Foi um lindo passeio, com efeito, e as informações do teu irmão foram preciosas. Desconhecia essa percentagem - não falámos dela - mas mesmo que não seja tudo, sempre será uma fonte de receitas importante, já para não falarmos da riqueza venatória que permitem.
Tens fotografias de Vale de Miúças (é miúça ou miúças?). É que esse foi outro nome que me deixou a cogitar e gostaria de falar dele.
Beijos
Anónimo
Obrigada pela simpatia.
Com efeito, parece que os nossos leitores são pessoas tímidas, embora o silêncio me deixe alguma sensação de desconforto. Mas cada um saberá de si.
Tenho tido muito trabalho e, hoje que dispunha de algum tempo, a minha ligação à internet decidiu que havia de me atrapalhar. São contingências da vida.
Cumprimentos e volte sempre.
Bonitas fotos.
Um abraço
Fátima:
Realmente foi um passeio e tanto! Fiquei com vontade de repetir por este ou outros lugares dos muitos que temos no nosso termo. O Carlos foi sem dúvida o melhor cicerone que podíamos ter e, as fotografias da Olímpia demonstram bem as beleza da nossa terra.
Beijos
Fátima: infelizmente não tenho fotos de vale de miuça... não levamos máquina connosco... gravamos tudo no coração que serviu de disco rígido... e que saudades! tenho histórias fantásticas desse vale onde minha avó maternal tinha uma terra de batatas, e apanhei tanta alcária por lá... enquanto adolescente... também de vale das vinhas. Abraço
Elvira
Obrigada
Beeijos
Augusta
Tonho
Precisamos de repetir, sim. Desta vez, Tonho, tem paciência, mas vais madrugar e associas-te a nós. Quero ouvir as histórias e sempre é melhor escutá-las no sítio em que aconteceram. A Augusta também madruga muito, porque tem que vir de Bragança!
Beijos
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