Quem viveu estes dias pouco se há-de preocupar em vir ver os registos fotográficos. Sei, contudo, que aqueles de nós que não puderam estar presentes, mitigam as saudades vindo aqui. É, pois, para eles que escrevo, para que possam compartilhar da alegria intensa que se vive - e não sei se diga "apesar do trabalho", ou se diga "por causa do trabalho" que os mordomos têm, assim como todos aqueles que a eles se associam, de que devo destacar a Maria, esposa do Casimiro no trabalho do amassar das roscas.
Estão de parabéns, tanto as mordomas (Dorinda, Lurdes do tio Sebastião e Lurdes do tio Hermínio), como os mordomos (Artur, Tonho da tia Julieta, Duarte sapateiro, Zé Tó e Carlos da tia Amélia). A eles, o nosso agradecimento por manterem viva esta tradição da nossa terra.
12 comentários:
E bem hajas tu por nos trazeres estas belas recordações que tão bem queremos preservar.
Passei para lhe desejar um óptimo ano 2015.
Um abraço e uma boa semana
Está tudo muito bem. As roscas, é que podiam ter ficado com um bocadinho mais de cor. Estão muito brancas.
Continuação de boas festas para todos os habitantes dessa terra maravilhosa.
Viva Rebordainhos!
Um beijinho para si D. Fátima e um muito obrigada por trazer a té mim o Natal de Rebordainhos.
As roscas estão brancas porque secalhar arranharam mal o forno.
Augusta
Pela primeira vez acompanhei quase tudo, tentando fazer para aprender. O trabalho dos mordomos é extenuante.
Elvira
Bem-haja, pela sua amizade. Feliz Ano Novo também para si.
Serrana
Deus lhe pague a si a gentileza de que sempre dá mostras.
Quanto às roscas, este ano optou-se por um processo um bocadinho diferente: pôr o ovo depois de tirar do forno, para que se não queimasse como acontece muitas vezes. Resultou muito bem com as doces, mas as agres ficaram menos bonitas. Aprendeu-se: para o ano, aplica-se o ovo no fim às doces e antes às agres. Inovar um bocadinho para manter e, se possível, melhorar a tradição.
Um feliz Ano Novo para si.
Anónimo
Eu não percebo nada de forno, mas se tivesse sido mal "ranhado", em vez de brancas não teriam ficado com carvões no fundo?
Cumprimentos
Para que não haja mal entendidos, esclareço todo o público do blog que anónimos e palermas há muitos. Eu sou diferente:
Tenho um pseudónimo, sou contra as praxes académicas e, quanto a fornos, sei que os altos fornos da siderurgia são muito altos.
Muito obrigado
Não D. Fátima.
Acho que:
Quando o pão fica com carvões no fundo é porque o forno é mal barrido e não mal arranhado. Quando a lenha está quase ardida puxa-se para um dos lados do forno com o ranhadouro e arranha-se. Depois, puxa-se novamente a lenha para o lado que foi arranhado e arranha-se também esse lado. Com a tira brasas, puxam-se para a boca do forno e parte destas são tiradas com uma pá para um caldeiro para depois levar para a lareira. Com um vassouro, feito de palha molhada, espetado na ponta do ranhadouro o forno é barrido. Tira-se o vassouro do ranhadouro, põe-se um papel e mete-se dentro do forno. Se este arder, é porque o forno está muito quente e o pão não pode ser porque vai queimar. Se ficar chamuscado (não muito) o pão pode ser metido. Tapa-se o forno com a tampa, espera-se um bocadinho para ver se o pão está a tomar cor ou não. Se estiver tapa-se novamente, se não, tem que se por mais umas brasas ou uns guiços na entrada do forno, para que este comece a tomar cor.
Penso que é assim.
Mais uma vez um muito obrigada e um bom ano para si D. Fátima
António Pires
Obrigada por esclarecer que o nome com que assina é pseudónimo.
Cumprimentos
Serrana
Muito e muito obrigada pelos seus ensinamentos. Nunca mais vou confundir o "ranhar" do forno com o seu varrimento. A técnica do papel continua a ser usada - e foi-o.
É verdade que as roscas ficaram claras, mas estavam bem cozidas e saborosas.
Beijos
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