sexta-feira, 29 de maio de 2015

SEGADORES

por: orlando santos martins

parte ii
Vamos lá começar o dia! – Exclamou o capataz Humberto com um tom de leve autoridade que o seu posto e o companheirismo lhe permitiam.
Vamos a ele com unhas e dentes. – Respondeu um rapaz de estatura mediana, cabelo louro, de olhos grandes e azulados, a quem os colegas chamavam “malhadinhas”, mas cujo verdadeiro nome, como se viria a revelar, era Sérgio.
Como um rebanho de ovelhas, e um pouco mais faladores, seguiram o patrão António, a quem chamavam “Amo”, para a primeira terra de centeio, que era a mais distante da povoação, uma vez que o amo António desejava que, conforme a segada avançasse, se fossem aproximando de casa, gestão de energias, dizia ele.
Ó Jeremias, trazes o pipo do vinho? – Perguntou o capataz.
Claro! – Respondeu este – O Telmo e o Jorge trazem dois garrafões de vinho, já o “ceifas”, – alcunha do Luís – traz o cântaro para a água.
A água é para aguçar as fouces. – Gracejou uma voz despercebida no grupo, mas todos eles sorriram, fixando o olhar atento no amo para descortinar a sua reacção.
A auréola alaranjada que agora cobria os montes, fundindo o horizonte e o céu de um azul cinza num suave degradé, transformara-se, na chegada à serra, num foco brilhante e centrado, vindo de leste, que radiava fios horizontais de luz ofuscando os olhares mais adormecidos.
Chegados aos confins do termo, a Malhada-Velha, este proporcionava uma ilusão de paisagem aérea com uma imensidão de montes a leste, destacados pela fraga da ladeira, e uma imensidão de montanhas a oeste, como ondas revoltas de um mar sem fim.
Uma obscuridade a norte oferecida pela floresta que nos convidava por um carreiro ladeado de urzes, giestas, abetos, pinheiros e outros arbustos, à casa da floresta e, mais lá ao longe, à capela de Nossa Senhora da Serra (ou das Neves) e a sul espraiava-se a serra de Bornes interrompida pela imponente fraga da Anta.
As duas primeiras leiras a ceifar eram as da Malhada-Velha, a de cima e a de baixo, duas courelas rectangulares com aproximadamente 250 por 100 metros e dariam aqui o início à segada.
Ó Humberto, oriente aqui a rapaziada, enquanto eu e mais dois vamos ali ao leiroto de S. Tomé, que é pequeno, e já voltamos. – Ordenou o amo António.
Está bem – Respondeu o capataz que, logo de seguida, com uma voz mais forte como que a transmitir ânimo aos mais desalentados pela fadiga da já longa temporada, gritou: Vamos a isto pessoal que a noite ainda vem longe.
Pois vem, e eu já jantava. – Gracejou o “malhadinhas”.
Anda lá, e manda essa preguiça ladeira abaixo. - Acicatou o Telmo.
E assim começaram a primeira jorna para o novo amo.
****
O fumo saía denso pela chaminé de ferro, encimada por uma cobertura de chapa, que mais parecia um boné militar em forma rectangular, diferindo dos ovais dos guardas florestais, formando, mais acima, novelos de algodão doce que pairavam lentamente à bolina da leve brisa que se fazia sentir, antes de se integrarem e desaparecerem no inebriante azul celeste.
Na lareira, enormes troncos de carvalho, ladeados de urzes e giestas, começavam a lançar devoradoras chamas amareladas, inquietas e relutantes no caminho a seguir.
Ó Ana, chega aqui. Acho que o lume já está a ficar bom, já tem umas boas brasas. – Disse a Maria
Pois já, … já, … onde arranjaste os potes?
Olha, pedi um à Alzira e outro à Lúcia, elas já nos vêm ajudar.
Se calhar púnhamo-nos já a descascar as batatas. – Alvitrou a Maria. – A canhona já está temperada desde ontem. – Concluiu ela.
Vamos nós avançando com as batatas; tiro por aí umas sessenta?
Sim, acho que chegam, Ana.
Depois fazemos o refogado para a canhona, que a sopa de caldo verde é rápida, e ao meio-dia temos o jantar pronto. Continuou a Maria.
A azáfama dentro daquela cozinha era enorme: contavam-se os garfos, retirando os mais enferrujados e com dentes tortos, as facas, as malgas, escolhendo aquelas que estavam menos esfareladas nos rebordos, as panelas de asa, para levarem a sopa e os alguidares para a canhona e batatas.
Bom dia, Maria! Bom dia, Ana! Já estais adiantadas. – Cumprimentou a Lúcia, enquanto entrava. – Está um pouco de fumo aqui na cozinha, não está?
A pequena nuvem de fumo, misturada com o vapor salgado dos potes, que realmente pairava na cozinha, era bem visível, principalmente para quem vinha do exterior, embora esta se tivesse tornado já num incómodo para os olhos lacrimejantes da Maria e da Ana, cujo campo de visão parecia envolto num fino véu de seda.
A Chaminé não está a tirar o fumo lá muito bem, não. – Apercebeu-se a Ana ao olhar em seu redor.
Estava um caldeiro preto pendurado ao lume que continha cascas de batatas, restos de couves e algumas batatas mais pequenas, a que chamavam porqueiras. A Maria apercebeu-se que já fervia há algum tempo e retirou-o do cadeado.
A comida dos porcos já está pronta, vou juntar-lhe um pouco de farelos e vou dar-lhes de comer, para ficarmos descansadas com isto. – Informou a Maria toda atarefada. – Vós continuai a cortar as batatas e a preparar as couves.
Vai lá, vai lá. – Respondeu a Lúcia. - Queres que dê de comer às pitas e aos coelhos?
Obrigada, Lúcia, Estão farelos ali no baixo, para a galinhas, e põe-lhos nas malgas velhas que estão no galinheiro. Para os coelhos leva-lhe umas folhas de olmo que estão dentro de uma saca que fomos ripar ontem.
Então o que queres que eu faça? – Perguntou a Alzira que acabara de subir a escada e tinha ouvido parte da conversa.
Tu podias ir lavando a louça e metendo-a na cesta para levarmos. Sabes, ganha muito pó e gordura aqui no lançadouro. – Disse a Maria, apontando para a quantidade de pratos, talheres e malgas que estavam espalhados na mesa da cozinha.

****
Rondava as dez horas e o sol, na sua grandeza, tinha abraçado todo o espaço, derramando sobre a terra, quentes e luminosos raios de luz.
O António e os dois segadores tinham-se juntado ao restante grupo na Malhada-Velha de baixo, que estava, também ela, com a ceifa quase terminada. Após alguns instantes dirigiram-se, encosta abaixo, até à cova de Vila Seco, deixando na sua passagem pequenas nuvens de pó acastanhado levantadas pelos sapatos e socos que se arrastavam no carreiro da terra já bastante aquecida nessa hora do dia.
Começaram na parte baixa da cova, onde o pão era mais ralo, mas mesmo assim muito grado, como afirmava o António.
Após algumas braçadas, a seara ia-se tornando mais densa, os molhos iam ficando para trás no restolho, como cordeiros a pastar, e pequenos tufos de ervas daninhas e alguns fetos apareciam mais frequentemente enrolados nas espigas, proporcionando uma bicromia, verde e amarela, deveras contrastante.
Ó Jeremias, traz-me aí o gadanho que aqui há muita erva. – Pediu o Sérgio “malhadinhas”.
Está bem, “malhadinhas”, mas eu, daqui a um bocado, também vou precisar.
Realmente, o centeio naquela cova era forte, e nele tinham germinado muitas ervas daninhas.
O António acrescentou: – Jeremias, aproveite e leve o vinho para aquela poça de água, vai refrescar até à hora de almoço.
Está bem. – Respondeu ele.
Ponha-lhe, por cima, umas folhas daqueles fetos junto à poça, que ainda vai refrescar mais. – Concluiu.
Regressando à correnteza ziguezagueante do corte entre centeio e restolho, os segadores distribuíam-se numa linha de frente, tal como uma falange de legião romana, de forma a abranger toda a largura da propriedade.
Nas orlas, não era raro alguns dos segadores lançarem com as foices ríspidas catanadas, amputando enormes braços de silvas que se espraiavam dos silvedos sobranceiros à seara.
Com a manhã já avançada, e o sol dardejando raios cada vez mais quentes, o suor daqueles homens ia caindo gota a gota naquela seca e fértil terra que antes, prenha de vida, alimentara todo o ciclo de crescimento da seara até à maturação do seu fruto.
Os chapéus eram levantados e o lenço, enrolado no pulso, limpava o resto do suor destilado na testa e no pescoço.
Para esquecer a aproximação de algum cansaço o capataz Humberto lançou o repto da canção da manhã, que normalmente era cantada ao desafio.
Vamos lá rapazes, vamos a ela. – Disse o capataz. - Ó Nuno, tu que és o “cantigas”, começa com a moda! – Pouco tempo depois, já todos acertavam com a primeira canção do dia.
O António, que só de ano a ano, e por esta altura, ouvia estas modas, deixou-se ficar paralisado. O nó na garganta, que o enlevava e lhe marejava os olhos, envolveu-lhe o seu passado e presente, numa alegria nostálgica, como se de uma oração celeste se tratasse. E assim ficou em silêncio, orando com a terra mãe, enquanto ouvia o “cantigas” dar a voz que todos os outros retomavam, cadenciando o trabalho:
Ai, indo eu ó por ‘i abaixo, em busca dos meus amores
Ai encontrei um laranjal cravadinho de flores.
Ai, eu deitei-me à sombra dele, que não me queimasse o Sol
Ai, acordei de madrugada, ao cantar do rouxinol

Ai, rouxinol que tão bem cantas, onde foste a aprender?
Ai, ao palácio da rainha, onde o rei estava a escrever.
Ai, o rei estava na varanda e a rainha no quintal,
Ai. atiravam-se um ao outro com pedrinhas de cristal.

Ai, um atira, o outro atira, não se puderam acertar
Ai, estavam colhendo laranjas num formoso laranjal.
Ai, a do fundo era a vintém e a do meio, a real,
Ai  a do cimo d’alto preço que ninguém ‘le podia chegar.

A sua infância tinha decorrido entre o trabalho do campo e os sonhos que alguns, “de preço tão alto ninguém podia chegar”.
Desceu os olhos húmidos em direcção ao chão e viu a palma das suas mãos abertas em prece com dedos curvos e calejados como dois leques difusos sustentando o peso de um sonho que apontava o seu caminho.
Tinha sido há muitos anos e ainda se lembrava daquela revolta em que enfrentara o seu pai e tomara a decisão do seu destino: agarraria a liberdade do seu próprio ser.
“Não, não vou mais trabalhar para si, pai, tenho dezoito anos e, quer queira ou não, agora vou para a tropa e depois logo se vê…” – Foram as palavras que me contou, quando, num raro momento a sós e de alguma clarividência no inexorável caminho para um destino apático, lento e de distanciamento constante onde o terrível vazio nos vai comendo como a esponjas ao sol ardente. – Também ele se revoltara.
[Continua]

15 comentários:

Fátima Pereira Stocker disse...

Orlando

Como podes constatar, esperava-se por ti como sendo o D. Sebastião do blog!

Introduziste, aqui, o trabalho feminino de retaguarda, tão extenuante como só vendo se acredita. Agradeço-te por isso e, sobretudo, pela revelação com que terminas esta parte.

Um grande beijo

Elvira Carvalho disse...

Um texto muito interessante e tão bem contado que me pareceu sentir o cheiro do campo e ouvir a moda cantada.
Um abraço e bom fim de semana

Augusta disse...

Até parece que também eu estou a cozinhar ao lume naqueles meses de inferno. Caramba, devia ser cá uma dose! Imagino eu que não me lembro de ter de executar tal tarefa.
Por falares em Malhada velha, recordo um dos últimos passeios que fiz com os teus pais até Vila Seco e Malhada velha. Quando aí chegámos, disse o teu pai:"nós também temos aqui. São dois". E não é que os identificou claramente?
Beijos, e venha a próxima

Filinto disse...

Bela continuação.
Terminas no momento em que dois anos depois nasceu este artista.
Filinto

A. Fernandes disse...

Amigo Orlando:
Até que enfim te resolveste a sair das tuas tamanquinhas para nos presenteares com esta tua escrita ‘de experiências feita’. Ao ler-te sentimos bem o sol a causticar as lombadas da Malhada Velha e o fumo das lareiras, nos grandes dias, a queimar-nos os olhos. E fazes bem em homenagear, com a simplicidade e grandeza que eles merecem, os teus pais. Enquanto duram os deslumbramentos da juventude, mal nos ocorrem os heroísmos dos que nos precederam e é necessário pisarmos os átrios da maturidade para nos darmos conta de quanta abnegação lhes devemos para que nós tivéssemos direito a uma vida bem mais folgada. Grande Homem foi o tio António Piloto! Como inteligência, como honestidade, como trabalho. Sabia mais ele de batatas do que quantos agrónomos havia no concelho!
Cá fico à espera do 3º capítulo.
Tonho da tia Lídia

Anónimo disse...

Que beleza!...
Vê-se que quem escreve, viveu o que nos conta com tanto pormenor. Eram de facto tempos difíceis quando a vontade do Professor Doutor António de Oliveira Salazar, fortemente apoiado na doutrina da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, impôs à maioria do povo português um modo de vida muito semelhante aos dos nossos antepassados do Neolítico Superior.
O que nos vale é que a classe universitária que, desde Salazar, tem governado Portugal agora tem ideias mais modernas. Com a liderança da doutora Catarina Martins, acabamos com os ceifeiros de Rebordainhos e seremos todos doutores e muito felizes !

Anónimo disse...

Tonho,

Obrigado pelas palavras sinceras sobre os meus pais.
Lembro-me perfeitamente do meu Pai me dizer "este batatal passa para certificação, mas aquele não, está cheio de anguílolas".
E muitas vezes contava e retificava o número de chumbos para selar as batatas (discos de chumbo pequenos com dois orifícios para levarem a dentada do alicate e que selavam o baraço.

Obrigado a todos
Orlando Martins

Anónimo disse...

Esse pequeno burguês, intelectual de café, que é o senhor António Pires, até pode ser muito engraçado, mas no campo da luta de classes é um zero à esquerda. Eu sou alentejano, chamo-me Joaquim da Torre do Sino, nasci no Monte da Seara Doirada, Herdade da Bela Vista, no concelho de Serpa, e sou membro do Partido Comunista Português desde o dia 12 de Dezembro de 1967.
O texto do senhor Orlando é um hino à libertação dos camponeses transmontanos, oprimidos por Salazar, Caetano e grandes latifundiários do Norte durante as ceifas (ou segadas) que se realizaram antes do 25 de Abril.
Nós cá em baixo somos muito mais evoluídos politicamente e, portanto, temos uma grande consciência de classe, de maneira que o senhor António pode ficar sabendo que de literatura neorrealista percebemos nós - as massas operárias militantes e o campesinato esclarecido do Alentejo e Algarve. Se conseguirmos juntar à nossa luta os camaradas de Entre-Douro-e-Minho e de Trás-os-Montes e Alto Douro, a exploração das terras portuguesas, agora abandonadas pelos grandes agrários, far-se-á, de acordo com as diretivas do Comité Central, no modelo das cooperativas agrícolas.
As modinhas inocentes de que nos fala o senhor Orlando serão substituídas por gritos de luta, quais papoilas vermelhas que irrompem da seara doirada:


Ceifa, ceifa ceifeira,

Que esta canseira vai ser festiva,

Ceifa, ceifa ceifeira,

Enche o celeiro da Cooperativa.


Avante camaradas,

Joaquim da Torre do Sino

Filinto disse...

Quem terá acabado com a cooperativa agrícola de Rossas? O meu irmão António dizia: "é a melhor coisa que temos,pois quem produzir batata ela é exportada, não fica uma. Eu, com a batata faço muito dinheiro e só não faz se acabarem com a cooperativa". E acabaram com ela, com o comboio e fizeram uma autoestrada que, quando tiver portagens, nem o "lá vai um" passa.
Filinto

Anónimo disse...

Olhe tio,

Eu e o meu Pai ensilámos lá muita batata e a terra por cima do túnel era dura, gastei lá um bom par de guinchas.
O meu Pai era o sócio nº 80, e com ele comi algumas latas de sardinhas com o pão que levávamos. Era na taberna do Azeiteiro que ficava antes da estação do outro lado da estrada.

Um grande abraço

Orlando Martins

Anónimo disse...

Orlando,

Tu ensilaste muitas batatas e eu desensilei-as e carreguei-as para os bagões do comboio. O encarregado, Salpicão de Salsas, apontava com o dedo e dizia: Tu, tu e tu vão a carregar sacas as restantes ficam a ensacar.
Uma vez, a Helena do tio Mandinho, não foi selecionada para tal tarefa, virou-se para nós e disse: Bistes, quanto bale o ser piquena para num ir às sacas! O Salpicão, que era mais fino que a seda, virou-se repentinamente e com dedo a apontar gritou: Já pra sacas imediatamente!
Linda e merecida homenagem. As panelas de asas a que te referes são as latas que pela manhã transportavam o café com leite migado, ao almoço o caldo e á tarde ( merenda) as sopas de vinho.

Um beijinho grande Orlando, gostei ler o teu texto.

Amelia

Anónimo disse...

Amélia,

Obrigado pelas palavras de recordação.
Aviva-me a memória, mas não és a Amélia da tia Teres, pois não?

Obrigado e beijinhos
Orlando

Fátima Pereira Stocker disse...

Orlando

Como a Amélia só te vai responder amanhã, tiro-te eu as dúvidas: é a minha irmã, sim.

Beijos

Anónimo disse...

Olha Amélia,

Surpreendeste-me com as recordações.

O nome salpicão assentava-lhe que nem uma luva.

O Chefe da estação, o Sr. Azevedo, andava sempre por ali a passar o tempo entre comboios.

Beijos

antonio disse...

Meu caro e grande amigo Orlando: não imaginas a felicidade que senti com o teu regresso e narrativas daqueles tempos, que nos marcaram para sempre, quer nas dificuldades quer nos bons momentos, porque também os houve… Como é gratificante ler-te, homenageando o teu pai e familiares exemplares em modéstia, sinceridade e bondade. Lutadores como nunca conheci ninguém por onde passei… com o teu pai, acompanhei um homem imenso entre o porto, vilar seco fonte do sapo lombo do sirgo, não esquecendo o caminho de Rossas, onde ensilávamos centenas de sacas de batata certificada, antes do nascer do sol, para estarmos na terra a horas para arrancar outras. Não me tratava como um obreiro, mas sim como um filho mais velho que os dele. Emociono-me até às lágrimas com essas recordações. Tenho visitado o blog. Para ler duas a três vezes por dia, e aguardava tão ansiosamente a parte final mas não consegui aguentar por mais tempo. Tenho perguntado por ti ao teu irmão nas escassas vezes que o vejo, mas gostaria tanto abraçar-te, como aquele grande amigo que sempre fui… continuo a ser e tu sabes. Abração