quinta-feira, 27 de agosto de 2015

AGOSTO

Em Agosto, por estas bandas, as notícias em vez de novas são velhas.

Logo à chegada, um motivo de alegria: entrar na sacristia, para ajudar nas limpezas de última hora antes da festa, e ver aberto o livro de registos de baptismo com dois nomes apontados. Neste tempo de tão poucos nascimentos, pareceu-me ver nisso um sinal de esperança. Que Nossa Senhora proteja essas crianças e as suas famílias.

Foi cedo a festa - dia nove - e quebrou-se a tradição, pois não choveu nem soprou vento frio. À noite, o povo encheu-se de gente para o arraial, como já não via desde os meus tempos de juventude. 

De manhã, igreja cheia, a transbordar para o adro, como é nosso timbre. A missa, celebrada pelos padres Jorge (da tia Amélia) e Manuel (um dos dois responsáveis da paróquia) foi terna, ou não fosse dedicada a Nossa Senhora. Há já bastante tempo que se não ouvem aqueles grandes sermões pregados do púlpito, mas disso parece que ninguém sente a falta. Mais vale uma homilia breve que capte a atenção das pessoas durante breves minutos do que uma homilia longa em que os crentes concentram a atenção a contar os minutos para ver quando chega ao fim. Até porque, como diz o papa, "Se a homilia se prolonga demasiado, lesa duas características da celebração litúrgica: a harmonia entre as suas partes e o seu ritmo" (in: Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, 138).

Da procissão que se seguiu deixo aqui parte do registo fotográfico . Lamento não poder apresentar uma reportagem mais completa porque todas as fotografias que tirei dentro da igreja ficaram tremidas. Mesmo assim, publico uma delas, em homenagem aos quatro belos adolescentes que carregaram o andor de S. Caetano. As fotografias dos preparativos foram-me enviadas pela Augusta a quem agradeço.

 
 
No dia seguinte, os novos mordomos trataram de desenfeitar as ruas - e de se divertir. Eu bem quis registar para a posteridade as brincadeiras do Filipe, mas ficou assim...

Para terminar, só um desafio - bem pequeno, por sinal: qual é a grande diferença que se observa na nossa igreja?

A todos, um bom regresso ao trabalho

Podem ver todas as fotografias "clicando" neste álbum
Festa 2015

1 comentário:

Elvira Carvalho disse...

Bonita a procissão. Aqui em Santo André a festa foi em Junho, mas no Barreiro a procissão de Nª Senhora do Rosário foi a 15 de Agosto, sob um calor enorme. A procissão saiu mais tarde porque não havia gente suficiente para carregar todos os andores. Após vários apelos do padre, lá vieram dois voluntários. A população está demasiado envelhecida. Os novos, exceptuando os escuteiros parece não gostarem muito de se integrar na comunidade paroquial. Tem outros interesses mais profanos. E a procissão dá uma volta grande, são quase 3 horas. Penso que por este andar, terão que fazer a procissão com os andores em cima de tractores.
Um abraço e bom fim de semana