segunda-feira, 25 de abril de 2016

ABRIL

Vieira da Silva viu assim o dia. Talvez os condenados ao exílio tivessem o olhar mais atento.
Bendita madrugada!

12 comentários:

António Pires disse...

25 de Abril, Sempre!
Fascismo,nunca mais!

Elvira Carvalho disse...

O vermelho da festa,
vai ficando desbotado,
Ausentes do País
os jovens emigrados
Ausentes dos velhos
os sonhos adiados.
Abraço e uma boa semana

Anónimo disse...

Apesar de a anarquia que se instalou no país no dia 25 de Abril de 1974 ter beneficiado algumas camadas da população - nomeadamente os jovens mancebos que escaparam assim de irem para a guerra, onde poderiam morrer, ou os enfermeiros e professores posteiros, da antiga 4.ª classe, que ascenderam à categoria de doutores e doutoras, por equivalência e participação em jantares de curso de formação -, para o país, como um todo, do Minho a Timor, o dia Revolução dos Cravos não pode ser uma data importante na História de Portugal, já que representa a decadência definitiva dos ideais fundacionais de um país quase milenar. Se o 10 de Junho é o dia de Portugal, o 25 de Abril deveria ser o dia de Anti-Portugal.
Atualmente estamos muito mais pequeninos e muito mais pobres do que no dia 24 de Abril de 1974. Até os comunistas concordam com este diagnóstico, embora atirem as culpas para o Salazar porque ele proibia a internet e a coca-cola!
Portugal transformou-se no país-Calimero: todos nos tratam mal porque somos pequeninos!

Augusta disse...

"Abril - SEMPRE"

Elvira Carvalho disse...

Hoje, eu passei só para pedir um favor. Se tiver um tempinho passe pelo Sexta, e junte-se à festa.
Abraço

Fátima Pereira Stocker disse...

António Pires

Fascismo nunca mais, porque o medo é uma coisa atroz, a guerra uma maldade irreparável e tantos mais motivos que se poderiam aduzir.

Cumprimentos

Fátima Pereira Stocker disse...

Elvira

Desta vez discordo de si: há sempre uns ataques às conquistas, mas ainda estamos alerta e bem certos dos direitos de cidadania.

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Anónimo

A pobreza de espírito não merece resposta.

Fátima Pereira Stocker disse...

Augusta

SEMPRE!

Beijos

Anónimo disse...

Um velho e atrasado país, o Portugal de Salazar, alvo da cobiça das grandes potências comunistas e capitalistas, apesar de ter começado por lutar com as armas da argumentação teórica, não foi ouvido e teve de pegar em armas de fogo obsoletas para defender o mundo civilizado que, ao longo dos séculos, construiu aquém e além-mar. Porém, respaldado num arsenal de armas convencionais e atómicas impressionante, os Estados Unidos da América declararam, alto e bom som, que, tal como no Vietname, eles é que mandavam nos destinos do Portugal europeu, africano e asiático. Assim, avisaram o pequeno ditador, visto como uma maça podre, que uma independência branca para os nossos territórios, ao estilo do Brasil, não seria permitida. Isso de laços históricos e de sangue, como a miscigenação ocorrida entre brancos e pretos, nas ilhas de Cabo Verde, não tinha interesse nenhum porque nem a história nem o sangue eram americanos.
O caso mudou de figura quando se tratou de defender os ingleses e holandeses ricos da África do Sul e Zimbabué. Aí, como os brancos eram da família, fez-se durante muito tempo vista grossa ao apartheid, e garantiu-se uma independência limpa, transferindo o poder formal para meia dúzia de negros, mas mantendo o poder económico nas mãos brancas – ninguém foi escorraçado!
Não é intelectualmente honesto ignorar a guerra de África quando se procura compreender o 25 de Abril. As grandes promessas do democratizar, desenvolver e descolonizar, que os esquerdistas agora apresentam como grandes conquistas de Abril, já começavam a ser ensaiadas por Marcelo Caetano. Veja-se a reforma Veiga Simão e as reformas para os trabalhadores rurais. Nos primeiros tempos da Revolução, para adoçar a boca ao povo, entrou-se no “É fartar vilanagem!”, nomeadamente dando grandes aumentos de ordenados aos militares e funcionários públicos, principalmente aos enfermeiros e professores primários porque eram filhos da classe operária, enquanto os doutores do liceu eram filhos dos grandes latifundiários alentejanos.
Para finalizar, insisto na minha tese de que o 25 de Abril não pode ser data comemorativa do início de um período de progresso para Portugal. Muitos de nós ainda terão ovos saborosos para fazerem omoletes deliciosas, mas estas iguarias sabem a pouco quando comparadas com os ideais socialistas de Abril.
Agora, sem dinheiro, sem as matérias-primas e sem os recursos energéticos de Angola e Moçambique vai ser mais difícil desenvolver e democratizar Portugal!
Com a Troica acabou-se a independência: se não somos independentes, o nosso regime político passou a ser uma palhaçada, não faz sentido falar em democracia ou fascismo!

Anónimo disse...

O Sr. Anónimo “ tem razão”.

Podíamos ter escravizado mais os povos das ex-colónias;
Podíamos ter roubado mais diamantes;
Podíamos ter explorado até à última gota todo o petrólio;
Podíamos …;
Podíamos …;
Podíamos até dizimar aqueles povos.
Enfim… é muito triste.
Sr. Anónimo, pense um pouco.

E se fosse consigo?

Foste e és bem vindo 25 de Abril

Anónimo disse...

Ex.mo Sr. Anónimo n.º3

Uma ingenuidade tão angelical, que é de ir às lágrimas, como a que vossa excelência faz transparecer nas frases ocas do seu comentário só podem vir de um homem ainda muito verde, embora aquele “petrólio” também não ficasse mal numa mulher. De qualquer maneira, independentemente de que o autor anónimo n.º3 seja do género masculino ou feminino, ele verde é, de certeza!
Vossa Excelência nem imagina a figura ridícula que faz perante a vasta audiência do blog quando me pede para pensar um pouco. Pois fique sabendo que eu sou um dos elementos constituintes do par dos maiores pensadores do blog de Rebordainhos. E não é vossa excelência, com um número de ordem superior a mil na lista de graduação dos bem-pensantes, que pode fazer par comigo!
Não leve a mal esta pequena ensaboadela, porque a partir de agora vou empregar mais cortesia na tentativa de explicar a vossa excelência o meu pensamento político e histórico-filosófico sobre o 25 de Abril.
Dada a complexidade associada a este dia histórico, vou apresentar as minhas teses enroupadas numa analogia que muito ajudará vossa excelência, relapso como é na compreensão de exposições diretas.
Vossa excelência acha que o governo português do Costa devia oferecer gratuitamente cavalos e arcos e flechas aos índios americanos, que agora vivem doentes, humilhados e ofendidos, em reservas próprias para animais selvagens, para que eles possam combater e expulsar definitivamente os caras-pálidas das suas terras sagradas?!
Vossa Excelência acha mesmo que as reservas de petróleo, os comboios, a ponte de São Francisco, os misseis balísticos intercontinentais com múltiplas ogivas nucleares, as pradarias imensas onde as searas de trigo ondulam ao vento, as vacas, os bisontes, as barragens, os aeroportos, a disneilândia e os bancos dos judeus americanos são propriedades exclusivas dos peles vermelhas?!
Pelo teor do seu comentário, parece que os donos da América (incluindo o Canadá, o México e a América do Sul) são os índios que têm todo o direito de mandarem os brancos para a Europa, os pretos para a África e os amarelos para a Ásia.
Vossa Excelência é muito boa pessoa, mas não lhe faria mal nenhum se estudasse melhor os assuntos.
A argumentação de Salazar em defesa do Ultramar Português era muito mais sólida do que a argumentação americana para a exploração capitalista do Ultramar Português.
Já o dinheiro e o armamento pesado dos Estados Unidos falaram mais grosso do que o pobre exército português que precisou de fazer o 25 de abril para ver os ordenados dos seus oficiais aumentados, até que um dia chegou a Troica!