domingo, 3 de abril de 2016

Caminhada Pedestre

No passado dia 2 de abril, realizou-se mais uma caminhada na nossa aldeia.
São caminhadas organizadas pela Câmara de Bragança, o dia amanheceu cinzento mas agradável para o passeio, e por volta das 9h40 teve início a caminhada no Largo do Prado, passando pelos Pereiros, Pombares, Teixedo e terminou com um almoço oferecido pela Junta de Freguesia de Rebordainhos.











7 comentários:

Fátima Pereira Stocker disse...

Lurdes

Bem-hajas pela publicação, de que só agora dei conta porque o blogger me não avisou, ao contrário do que é costume. Por esse motivo, peço-te desculpa pelo atraso na minha participação.

As fotografias mostram pontos de vista bem interessantes, abonando em favor da fotógrafa!

Bem gostaria de ter participado, mas calhou no dia em que me vim embora...

E à festa de S. Frutuoso foste?

Beijos

Augusta disse...

Lurdes:
Tal como aconteceu à Fátima, também eu não recebi aviso nenhum da tua publicação.
Mais um ano em que não tive a oportunidade de participar. Como deves imaginar, com muita pena minha.
Lindas as fotografias. Gosto particularmente da perspectiva que nos dás dos Pereiros com Rebordainhos lá no alto e do pormenor das nossas urzes em flor.
Parabéns pelas tuas habilidades fotográficas.
Beijos

Lurdes disse...

Fátima
Não precisas pedir desculpa Fátima, a mim também não me avisou...
Quanto às fotos bem gostaria de ter tirado mais, mas depois ia me atrasar muito do grupo, porque é sempre a andar... a paisagem estava deslumbrante e o dia bom para a caminhada.
Pois eu sei que calhou no dia que foste embora. No mês de agosto combinamos uma caminhada a Pombares com o pessoal da aldeia...
No domingo não fui a Teixedo, estava um dia muito frio e de chuva.
Beijos
Lurdes

Lurdes disse...

Obrigada Augusta, as fotos são poucas mas dá para ter uma ideia da beleza da paisagem, sim ao subir os montes as urzes e a carqueja já nos presenteiam com a suas lindas flores.

Beijos

Elvira Carvalho disse...

Bonitas imagens. É um rio que se vê numa das fotos?
Um abraço

Anónimo disse...

Para começar, faço notar às pessoas mais preconceituosas deste blog que, a dado passo do meu comentário, me refiro aos caminhos românticos de Portugal, tão bem retratados pela autora do artigo.

SCHWEIZ

Neste ano de 2016, durante as chamadas férias da Páscoa, viajei de avião para a Suiça, onde, numa estadia de oito dias, tive a oportunidade de recarregar baterias, tendo em vista o trabalho eletrizante que está sempre à minha espera em Portugal, qual seja o de transmitir toda a minha vasta sabedoria àqueles que ignoram que há mais mundo para além das praxes.
Mal acabado de aterrar no aeroporto de Basileia (Basel) e de ter tomado assento numa carruagem de uma espécie de pequeno comboio elétrico urbano (kleine städtische elektrische Eisenbahn) que, pintado por fora e por dentro com cores alegres, mais parecia um brinquedo de crianças (Kinderspielzeug), reparei no passageiro suíço instalado diante de mim, que, inopinadamente, dirigiu-se-me, em alemão, com estas palavras secas:
- Vós, os portugueses, sois todos uns grandes papistas. Lá, na terrinha, sois uns preguiçosos de primeira ordem, não quereis mexer uma palha (ein Stroh), e depois é o que se vê, acabais aqui, na mui nobre Confederação Helvética, a limpar pratos e demais louça suja (Schmutziges Geschirrs)...
Face a uma tal pesporrência de um calvinista mais inculto do que as urtigas traiçoeiras que por vezes despontam atrevidamente nas beiras dos românticos caminhos de terra batida de Portugal, soergui-me de um salto e pespeguei um par de valentes bofetadas nas faces lívidas do germânico, que não tugiu nem mugiu, endireitando-se disciplinadamente no seu lugar, para ouvir, em português, a minha preleção:
-Papista, eu?! Ó meu menino (mein Junge), então que dizer de vós, seus protestantes usurários, que todos os santos dias vendeis ao mundo inteiro milhões de boiões de papas feitas de farinha, fruta, carne moída e outros ingredientes alimentícios de primeira necessidade, a preços vinte vezes maiores - pelo menos! – do que os preços que vão na praça para os mesmos produtos naturais, ainda frescos e viçosos, com todo o seu valor nutritivo e organolético?! Pobres bebés recém nascidos, vítimas precoces da exploração capitalista selvagem que os acompanhará ao longo da vida na forma de sopas instantâneas de plástico ou de chocolates caríssimos, que não só esvaziam as carteiras dos pobres, mas também lhes arruinam a saúde! Ufanais-vos de serdes o País do Prémio Nobel, pois tendes mais de vinte laureados, ao passo que um país tão culto como Portugal apenas tem para apresentar um ou dois gatos pingados premiados, só que esta questão não pode ser resolvida em termos de quantidade – no campo de A Cultura o critério que prevalece é sempre o da qualidade! Vale mais a imaginação prodigiosa do lusitano José Saramago, um verdadeiro artista da palavra e do sonho, do que todas as teorias de Física e de Química (Alle Theorien der Physik und Chemie) de muitos dos vossos cientistas que, para chegarem ao topo da consagração mundial, tiveram de “partir muita pedra” com a cabeça, o que só mostra pouco engenho e nenhuma arte... (Continua)

Anónimo disse...

(Continuação)
- Isto de inventar uma religião à la carte, a pedido de suas excelências os senhores burgueses suíços, em que se prescreve que os ricos estão mais perto do céu do que os pobres porque, no fim de contas, o dinheiro é só mais um valor entre outros, como a humildade, a generosidade, o amor, etc, revela, às escâncaras, o grande oportunismo do calvinismo!
Ouvindo estas graves acusações, o meu interlocutor começou a ficar vermelho como um pimento, mas não conseguindo conter a vergonha nem o arrependimento que sentia pelo mal que tinha feito, interrompeu o meu discurso e disse:
- Eu sou o primeiro a reconhecer que na verborreia humilde de Vossa Excelência há muita verdade. Confesso a minha grande culpa. Ainda hoje, assim que entre em casa, baterei as palmas para chamar a criadagem portuguesa, a quem, depois de feitas as contas que houver a fazer, porei no olho da rua. Para me redimir da ignomínia de ter reduzido meia dúzia de portugueses à condição de escravos, no entender de vossa excelência, claro, abrirei de par em par as portas da minha casa, por onde poderão entrar livremente mais do que uma centena de refugiados muçulmanos altamente qualificados e dispostos a serem meus colaboradores num projeto industrial que tenho vindo secretamente a acalentar no meu íntimo desde a mais tenra infância, mas que agora já posso espalhar aos quatros ventos: construir uma fábrica de relógios de cuco. Também não me esqueci do vosso lindo país das touradas e do Sol, que se rege por uma das constituições mais avançadas do mundo, filha da gloriosa revolução dos cravos, de abril de 1974, cujos brados ainda ecoam nas encostas íngremes dos picos gelados dos Alpes suíços; como sei que com o livro de papel da Constituição da República Portuguesa não é possível fazer as omoletes com chouriço de que tanto gostais, sugiro humildemente, dada a extensa linha de costa marítima de que usufruís 365 dias por ano, que, durante a maré baixa, vos dediqueis à apanha do lingueirão (Ernte von razor Venusmuscheln), se quereis realmente puxar Portugal para cima!
Entretanto, no mostrador electrónico da carruagem apareceu a indicação da próxima paragem, Dreirosenbrücke (Ponte das três rosas), onde eu sabia que tinha de me apear. Levantei-me, peguei na mala e, muito educadamente, despedi-me do meu companheiro acidental, dizendo:
- Auf Wiedersehen!