domingo, 8 de janeiro de 2017

REIS

No Evangelho deste domingo (S. Mateus 2, 1-12) narra-se o episódio da visita dos reis magos a Jesus. Estes homens fizeram um percurso desconhecido, sabendo nós, apenas, que eles vieram do Oriente. Apesar de não serem de fé hebraica, prostraram-se perante o Menino e adoraram-nO. É o primeiro sinal de que o menino Deus se doa a toda a humanidade, rompendo com a velha tradição de que cada povo tem os seus deuses.

Na carta aos Efésios (2.ª leitura: Ef 3, 2-6), porque a verdade da revelação continua a ser estranha a muitos dos primeiros cristãos (que são judeus, importa lembrar), S. Paulo esclarece: "os gentios recebem a mesma herança que os judeus, pertencem ao mesmo corpo e participam da mesma promessa, em Cristo Jesus".

A ideia de que a humanidade é una em Cristo está bem patente, creio, no modo como celebramos os Reis. Ela é una no espaço (todas as casas são visitadas) e é una no tempo (todos os mortos são recordados, atendendo à paragem frente ao cemitério): somos com aqueles que estão connosco e somos com todos quantos nos antecederam, sendo Jesus quem nos liga uns aos outros e a todos a Si e ao Pai. 

A festa dos Reis é a prova de que compreendemos bem as Escrituras. Bem-haja quem persiste nela.


Este ano o careto foi o Frederico, filho do Rui e neto da tia Conceição e do sr. Frederico.

Os cantadores: Casimiro Pires; Francisco Martins; Manuel Ferreira e António Rodrigo.

Deus pague aos cantadores e ao careto, assim como ao mordomo das Almas que, este ano é o Zé Maria.
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Nota: agradeço à minha irmã Augusta o envio da fotografia e do filme. Contudo, gostaria de publicar mais. Alguma alma caridosa poderá fazer o favor de enviar algumas? Agradeço desde já.



2 comentários:

Elvira Carvalho disse...

São tão bonitas estas tradições.
Um abraço uma boa semana e um feliz 2017

Fátima Pereira Stocker disse...

Cara Elvira

Todos os anos me custa estar ausente de Rebordaínhos no cantar dos Reis.
Grata pela sua passagem.