domingo, 19 de abril de 2009

O FOLAR

Apesar de já estarmos na Pascoela, ainda vamos a tempo de falar de folar. Aqui ficam algumas imagens que, espero, aqueçam o coração e os dias de quem esteve longe e não o pôde saborear. Com os meus agradecimentos à tia Maria que nunca reclamou por causa de eu a atrapalhar e à senhora Eduarda, a dona do forno, que lá ia aconselhando sobre a melhor forma de verificar a temperatura e de dispor o borralho. Como se mostrasse pouco disposta a deixar-se fotografar, só incluí uma fotografia em que ela aparece.

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16 comentários:

Fátima Pereira Stocker disse...

Tentei, primeiro, fazer um slideshow mas não gostei do resultado. Tenham paciência os leitores, por terem de ver este estendal de fotografias...

Abraços a todos

Augusta disse...

E eu, acabadinha de chegar de Rebordinhos, ainda com o estômago cheio deste delicioso folar que vemos nas fotografias. tive mais sorte eu: provei-o ainda quente, e continuei a soboreá-lo hoje.
Deixa lá o lençol (também é com um que se tapa a massa enquanto fermenta). Vê-se melhor assim.
Beijos

Chanesco disse...

Ora aqui está a prova provada do que são três cargas de trabalhos, num dia inteiro a tratar dos folares.
Foi uma carga de trabalhos a fazê-los e outra a fotografà-los. Uma terceira será resistir-lhes.

Uma pergunta: O teste à temperatura do forno vê-se pela ignição do papel?
Na minha terra (não para o folar que este não existe) espalham-se duas pitadas de farinha no lar do forno. Se a farinha arder, formando chama, é porque ainda está demasiado quente.

Um abraço para Rebordainhos

Eduarda disse...

As minhas desculpas à minha avó, que lá do céu, estará sempre atenta ao modo como amasso o folar, e não terá por certo a sua perfeição, mas ficará satisfeita com a persistência que mantenho todas as Páscoas, ao tentar executar a receita que me deixou por herança.
Transmontanos, considero-vos por tudo o que convosco aprendi e não esqueço.
Abraços a todos

Anónimo disse...

Estive aí na Páscoa e também tive a felicidade de comer o Folar acabadinho de sair do forno.....
é único....
essa aldeia para mim é única.....
um abraço a todos e até 20 e tais de Agosto, espero se Deus quizer, estar aí.

Fátima Pereira Stocker disse...

Augusta

Fizeste-me crescer água na boca!

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Caro Chanesco

Diz muito bem: se o papel arder é porque o forno está muito quente. Tiveram que se fazer quatro tentativas antes que ficasse no ponto certo.

Aí por Toulões é com farinha? Cada terra com seu uso!

Um abraço

Fátima Pereira Stocker disse...

Ó Dadinha, bem hajas tu por nos honrares mantendo a tradição.

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Ó anónimo...

e nós que gostamos tanto de saber com quem falamos! Paciência, agradece-lhe do modo como se deve fazer o bem: sem olhar a quem.

Um abraço

Mare Liberum disse...

É sempre um prazer passar por Rebordaínhos. Está longe fisicamente mas perto do coração. Este folar transmontano come-se na Páscoa, na Pascoela, todo o ano.
É excelente. Uma das muitas delícias de Trás-os-Montes. Já o comi muitas vezes.
Quanto à temperatura do forno, também aqui a "medimos" com farinha. Dias de amassadura e cozedura são-no de muito trabalho.

Bem-haja!

Um abraço

António disse...

Fátima:

(atenção: deixei duas regras em branco, não vá o diabo tecê-las!)

Linda reportagem sobre a velha arte de celebrar a Páscoa. Eu não sei avaliar da quentura do forno, mas as minhas papilas gustativas percebem da excelência do folar.

Já agora aproveito este momento para agradecer publicamente a quem me mantém vivo este gosto do nosso manjar, os meus manos Clara e Zé que todos os anos se lembram da minha saudade e ma matam com um folar maravilhoso.

Abraços

Fátima Pereira Stocker disse...

Isamar

Obrigada por gostar. Nós somos suspeitos, por sermos da terra...

Um abraço

Fátima Pereira Stocker disse...

Tonho

Nem Zé nem Clara seriam filhos de quem são se não fizessem isso. Afinal, sempre nos vamos mantendo unidos, se não às mesa, pelo menos na refeição.

(Olha que aquilo das regras foi pedido de desculpa, porque não sei que diabo deu ao html que me juntou o teu nome e o do Filinto com o texto. Apaguei não sei quantas vezes os comentários e o resultado foi sempre o mesmo. Fiquei raivosa!)

Beijos

Olímpia disse...

Também eu fui brindada com um folar acabadinho de sair do forno.Foi a tia Maria que nos presenteou com um, na quinta-feira santa.
E, farta de o observar,admirar e de salivar por ele,não resisti.Antes que chegasse a meia noite, (sexta-feira não se comia carne)resolvi satisfazer a minha gula.
Estava excelente.
Obrigada tia Maria
Bem-hajas Fátima por esta reportagem e por conseguires esticar o teu escasso tempo livre.
Bjos
Olímpia

Coelho disse...

antes de mais queria agradecer este magnifico trabalho que teem feito pela nossa lindicima terra adorei ver todas as fotografias.fizera-me recordar os meus melhores momentos da minha juventude.este magnifico folar de nos deixar com agua na boca .abraços

Fátima Pereira Stocker disse...

Coellho


Seja muito bem-vindo! Gentis palavras as suas, que nos ajudam a continuar o trabalho.

Um abraço