domingo, 4 de outubro de 2009

Sou eu



SOU EU


Venho de negro, … do negro que sou,
Porque de vermelho não vou chegar.
Lancem brancas fitas ao abalar,
Sem me dizerem para onde vou.

Para chegar lenta, …mas lentamente,
Perfilhei outra mescla multicor.
Ao partir, abneguei sangue e amor,
Mas de branco, fá-lo-ei livremente.

Que o leve tom verde se dilua
Nessa vítrea luz do teu olhar,
Como pureza de cristal em flor,

Tal como sombras nesta vida crua,
Na paleta florida de ardor.
Mas um dia, sei que vou regressar.

Orlando Martins


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Creio que não fica mal lembrar aqui: Gracias a la Vida

14 comentários:

Olímpia disse...

Orlando,
só hoje tive um tempinho para dar a conhecer mais um bocadinho de ti.
Como sempre, deixaste que os teus pensamentos escorregassem e que, durante o baile das letras, dessem origem a este bonito poema.
Bem-hajas
Bjinhos
Olímpia

Fátima Pereira Stocker disse...

Orlando

Chegas de vermelho, sim, porque eu quero (não sei desferrar o dente!)... e as "brancas fitas" que te lanço são de saudação pelo regresso, sobretudo, porque "partir livremente" não é o mesmo que partir boamente..

Sursum corda!

Mil beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Olímpia

Antes de mais, desculpa a mexedela que dei na tua edição. Se achares mal, volta a pôr como estava.

Em segundo lugar, obrigada pela publição: apesar de me remoer por ver o blog um pouco parado, não me atrevia a pedir-te nada, nem à Augusta, porque sei que o vosso calendário ainda anda mais sobrecarregado do que o meu. Assim sendo, muito obrigada por teres tomado a iniciativa.

Beijos

Augusta disse...

Orlando:
Faço minhas as palavras da Fátima. Mas digo-te mais: vem de vermelho, azul, amarelo ou verde, mas vem. E verás que "o negro", passo a passo, formará "uma mescla multicolor" numa "paleta florida" de amor.
Beijinhos e obrigada por mais esta delícia

Olímpia disse...

Afinal, as tuas mexidelas não foram tantas assim...
Fizeste bem em colocares o título com outra cor e...meu Deus...o nome do autor (esquecimento imperdoável).
Qualquer pincelada vinda do teu lado, só tenho que agradecê-la.
Bjos
Olímpia

Olímpia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Olímpia disse...

Fátima,
Foi uma bela ideia teres integrado ao poema esta música.
Bjos
Olímpia

António B. Pereira disse...

Gostava tanto! Ter-te visto chegar... no dia da festa para conversar. E...no aglomerado de pessoas; da terra. Também amigas!Não te enxerguei. Perguntei por ti a quem não sabia, que pêna!!! deixa lá! Os copos e as gargalhadas podem esperar...
Acabo de chegar, vindo de fora.Onde não havia net, televisão ou rádio, e para meu encanto, visito o blog. aparecendo o teu poema.Deliciou-me,sem graxas, é teu, só tu,aquele Orlando T A L E N T U O S O. com um abração

Amélia disse...

Orlando:
Se vieres de vermelho de certeza absoluta que não chegarás. Vem de azul! Normalmente os que vestem esta cor chegam sempre a horas e em primeiro! De negro também não! O negro é uma cor muito pesada e triste e tu és novo de mais para a carregar. Deixa que a carreguem aquelas mulheres que andam com a vassoura entre pernas. A elas, sim! Assenta-lhe bem e parece não lhe pesar muito pois voam que nem aviões jactos.
Um beijinho grande
Amélia

Anónimo disse...

Grande Amélia!!! assim gosto de ouvir falar, sobretudo do azzul...
beijos. António B, Pereira

Amélia disse...

Ora então seja bem aparecido! Pensava que toda a gente tinha desaparecido do mapa! Tu, parece que quase foi o caso. Foste passar férias aos Vales ou quê? É que aí sim, está isolado do mundo! Água, só há a que corre na ribeira. Luz, agora nem a do lampião porque não mora lá ninguém .
Mas diz lá, o azulinho é uma cor muito bonita não é?
Beijinhos,
Amélia

Amélia disse...

Pinote,
Então muito obrigada! As pessoas a darem-te carinho e tu não tuges nem muges?
Estou a brincar!..
Um grande beijinho
Amélia

Anónimo disse...

Muito obrigado a todos, e tenham muita paciência, com estes meus desabafos.
A minha maior alegria é poder conversar (escrever) com vcês que não esqueço.

Orlando Martins

Anónimo disse...

Amélia: não foi bém nos Vales, que estive, nem a passar férias, o que gostaria, temos que acrescentar bais uns mil e dezentos kilómetros. Faz bém de vezes em quando deixar o País que é o nosso, para mudar as ideias e actualizar-se do que se passa na Europa.Portista isso sempre, e a festa que fazemos todos os anos cá onde vivo... BJS e espero uma história tua ou um conto qualquer pois tens humor como ninguém sencibilibade e sobretudo franqueza. António B. Pereira