quinta-feira, 8 de abril de 2010

DESCOBERTAS


MINHA AVÓ

Sou Brasileiro, tenho 42 anos de idade e sou neto de Portugueses.
Meu avô paterno era do litoral e morreu em 1974, mas minha avó, que era de Rebordainhos, viveu até 2006.

Quando era criança, morei com minha avó até os 11 anos, e era fascinado por sua Terra natal. Infelizmente muitas histórias que ela contava eu não guardei em minha memória, e se nenhum outro descendente as guardou, foram embora deste mundo com ela.

Moro na cidade de Jaú, Estado de São Paulo, e aqui é muito quente, e me lembro que, quando o sol era escaldante e o calor insuportável, ouvíamos as histórias do inverno rigoroso, da neve, e da família toda reunida compartilhando alegria e calor.
Ouvíamos as histórias e dizíamos que eram românticas e contadas de uma forma que não seria a real, já que ela saiu dessa Terra com pouco mais de 10 anos de idade, porém, ao ver as fotos do Blog, pareceram-me idênticas as imagens que ela descrevia.

Na minha infância ouvia muito sobre as brincadeiras com os irmãos, todos já falecidos, as traquinagens, o professor que era severo demais, e os castigos físicos que os alunos recebiam caso não se comportassem bem nas aulas, além das caças, dos lobos, e das castanhas.

Minha mãe era apaixonada por Portugal, tanto que um dia plantou algumas castanheiras no sitio que era proprietária, deixando minha avó feliz como criança, quando as árvores começaram a produzir.

Minha Avó se chamava Arlinda Aurora Alves era filha de Augusto Anibal Alves e de Maria da Assunção Martins.
A mãe dela era filha de Luciano José Martins e de Maria do Rosário Lino.
O Pai dela era filho de Agostinho Cândido Alves e de Clotilde dos Prazeres Pereira, e neto paterno de Bento Alves e Maria das Neves, e neto materno de Francisco dos Santos Pereira e Maria Monica.

Caso alguém os tenha conhecido, gostaria que comentassem a respeito, ou que postassem fotografias no Blog, para que todos descendentes dessa terra, que vivem do outro lado do oceano, pudessem conhecer um pouco mais de Rebordainhos e de sua gente.

Obrigado.
Jefferson Bastos

Esta árvore genealógica deve ser bastante para desfazer as incertezas. Fátima Stocker

17 comentários:

Fátima Pereira Stocker disse...

Jefferson

É um prazer publicar este teu texto.

Eu, meus irmãos, dois tios e quatro primos somos quem resta desse ramo da família. A esta hora, provavelmente, já leste o e-mail que te enviei, explicando as coisas. Quem começou por desfiar a meada foi a tia Maria Seca que é, actualmente, a pessoa mais velha da aldeia de Rebordaínhos. Nem imaginas como se lhe abriu o sorriso quando lhe perguntei se se lembrava da Arlinda. Claro que sim, eram muito amigas e, com a minha mãe, brincavam juntas constantemente.

Como deves calcular, tendo saído tão cedo de Rebordaínhos, são poucas as memórias, mas o sorriso aberto da tia Maria Seca assevera que eram recordações alegres.

Aos poucos haveremos de ser capazes de fazer a nossa história.

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

A todos

Em jeito de explicação:

O Jefferson encontrou o nosso blog e deixou um comentárioi no primeiro artigo publicado: a sua avó era de Rebordaínhos e gostaria de saber se havia familiares. A descoberta não foi difícil porque contei com a memória portentosa da tia Maria Seca. A Arlinda era filha da Lina que era irmã de meu avô, Francisco dos Ramos Martins. Se lerem com atenção o artigo do Jefferson perceberão que lá não está nenhuma Lina. Lina era nomeada da Assunção, porque era filha da Rosário Lino.

antonio disse...

É uma história linda, JEF.Saber que teus familiares, são também meus, embora do lado maternal, é um prazer. Também tenho primos no Brasil que nunca vi pessoalmente, graças ao Rui comunicamos agora regularmente, tanto via net como por telefone. Não é Maravilhoso, uma senhora deixar esta terra que eu subscrevo "amada" com 12 anos e transmitir aos familiares as peripécias e alegrias que lá se viviam ... Eu considero fantástico o facto de ret escrito um texto. Obrigado,e parabéns. Antónbio B. Pereira

Fátima Pereira Stocker disse...

Ó Tonho, então descobriste um parentesco que eu desconhecia? Já agora, deslinda a meada, se fazes favor!

O meu avô, Francisco dos Ramos Martins (pai de minha mãe) e a bisavó do Jefferson (Assunção Martins) eram irmãos, filhos do mesmo pai, Luciano Martins: ela nasceu do primeiro casamento e ele nasceu do segundo.

Como é que se passam as coisas para o teu lado, dado que o parentesco entre nós vem das nossas avós e não dos nossos avós?

Acho que vou publicar a árvore genealógica que fiz.

Beijos

Augusta disse...

Acabei de falar com o tio Manuel que diz recordar-se muito tenuamente da tia Arlinda. Disse ainda que a tia Helena falava muito neles. Mais não adiantou que pudesse dar continuidade à árvore. Mas sim, reafirmou o parentesco.
Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Tonho [Braz]

O João costumava dizer-me "olha que as galinhas apressadas têm os pintos carecas!" Eis como se prova que ele tinha razão - li-te à pressa e não compreendi bem; só agora que te reli é que percebi o que querias dizer, que somos família por parte das nossas avós!

Desculpa lá a confusão.

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Augusta

Eu também tinha falado com o tio Manuel. Ele, sendo o mais novo dos filhos do avô, não pode ter muitas lembranças. Mesmo da tia Lina pouco me soube dizer. Quem me disse mais coisas foi a tia Maria Amélia, com quem estive um bom bocado ao telefone, e ela é que me confirmou que chamavam tia Lina à tia Assunção.

Beijos

antonio disse...

Eu é que peço desculpas, Fátima, por não saber exprimir-me, mas, é como dizes, só depois de publicado o comentário refleti na confuzão que podia engendrar. Não sou parente do JEF, o que lamento, mas sou vosso graças às nossas Avós. Obrigado Beijos António B. Pereira

Anónimo disse...

Sem querer meter foice em ceara tão ciosamente guardada, atrevo-me a perguntar se não
faltará nenhum rebento nesta árvore: os irmãos Amâncio (Patinge) e Luciano (que deixou filha ainda viva) não farão parte desta confraria?
A pergunta ocorreu-me porque tenho ideia de ter ouvido a tia Teresa a referir-se ao Patinge como "o único primo por parte do meu pai que tenho cá."
Será que estou a baralhar?

Desculpem qualquer coisinha...

Fátima Pereira Stocker disse...

Anónimo (as saudades que tinha de si!)

O tio Amâncio, cuja memória guardo com enorme carinho e gratidão, esteve presente nas conversas que tive. O problema foi: onde integrá-lo, a ele e ao tio Luciano? Ambos são primos da (minha)mãe, mas filhos de quem, de que irmão ou irmã do avô? Se souber, do fundo do coração lhe agradeço que me esclareça.

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Anónimo

Ainda cá volto porque, no afã de lhe pedir ajuda, não dei troco ao modo como iniciou o comentário.

Ao contrário do que parece sugerir, esta página não é coutada de ninguém e a prova disso está na possibilidade que qualquer pessoa tem de comentar e na publicação dos textos que, generosamente, assinados em nome próprio ou sob pseudónimo, me vão sendo enviados.

De minha parte tenho agradecido, sistematicamente, os comentários que vai deixando, devido à qualidade de escrita e ao conhecimento profundo que mostra da nossa terra e das suas gentes. Sendo assim, e por causa do modo como iniciou o comentário, dirijo-lhe, directamente, o repto de começar a escrever para esta página que também é sua. Como pode constatar pelo exemplo do "abcd", a opção pelo pseudónimo é garantia da confidencialidade do nome. Se, como ele (ela?), pretende esconder o nome próprio também de mim, a solução é fácil: abra uma caixa de correio com o pseudónimo que pretende usar e escreva-me através dela. Lembro que o endereço do blog (que é público e está na barra lateral) é o seguinte:

blog.rebordainhos@gmail.com

Agora, por "qualquer coisinha" de que queira pedir desculpa (ainda hei-de entender porquê...), faça o favor de escrever um belo texto como mostra bem saber fazer.

Beijos

Jefferson disse...

Fátima

Fiquei muito contente com a repercussão junto a Tia Maria Seca, Tio Manuel, o Antônio, que infelizmente não é meu parente,...e confesso que aqui em casa ficamos todos ansiosos aguardando que alguém fizesse um comentário, pois como lhe disse no e-mail, anos atrás escrevi para um endereço eletrônico que seria da escola de Rebordainhos, e nunca ninguém retornou.
Eu havia falado que minha avó escrevia para uma prima, e acho que era para Helena, mas não tenho certeza.
Construirei uma árvore genealógica para que todos conheçam melhor minha família.

Beijos.

Anónimo disse...

D. Fátima,

A ceara a que me referia era SÓ o clã delimitado pela "árvore genealógica" publicada (limitei-me a manter as referências vegetais). Quanto ao "ciosamente guardada", que a melindrou, pretendeu fazer humor com o teor de comentário seu anterior sobre a pertença ao clã.Jeito bronco o meu. Talvez.

Nota: não sei, ou não recordo, o nome dos pais dos dois irmãos a que aludi; mas tenho a certeza de que o registo civil de Bragança pode responder à sua curiosidade...

Fátima Pereira Stocker disse...

Jefferson

Já li o teu e-mail que irei reencaminhar para todos aqueles que, na nossa família, directa ou indirectamente, tenham acesso à internet. Obrigada por ele.

Se a tua avó se correspondia com a tia Helena é bem provável que as cartas se tenham perdido, o que é uma pena. Talvez exista alguma por aí?

A internet em Rebordaínhos é um caso sério de dificuldades. A escola tinha uma página mas, o mais certo, é que não fosse utilizada. Actualmente, a escola já nem existe: Rebordaínhos é uma aldeia onde, tristemente, já não nascem crianças, estando a ficar deserta.

Em tendo tempo respondo-te para o e-mail.

Até lá, um grande beijo

Fátima Pereira Stocker disse...

Anónimo

Então, agora, trata-me por "dona"? Olhe que "dona", em Rebordaínhos, só conheci uma e, por sinal, não gostava nada dela!!! Vá lá, deixe-se disso!

Compreendi as explicações que deu, só não sei em que momento é que eu possa ter dado origem a tal interpretação (embora me pareça que alude à minha primeira resposta ao Tonho, mas, se foi esse o caso, não me compreendeu bem).

Infelizmente, como deve saber, não vivo em Bragança, pelo que está fora de questão a consulta do registo civil. Mesmo assim, obrigada pelo conselho.

____

De bronco, o meu amigo nada tem, como sabe melhor do que qualquer um de nós. Insisto no repto que lhe lancei e aguardo com grande expectativa o primeiro texto que queira fazer o favor de me enviar.

Beijos

Jefferson disse...

Fátima, estou mandando no e-mail uma fotografia com minha Bisavó.
Estaria com ela na fotografia a irmã do meu trisavô (seu Bisavô) Luciano José Martins.
Tens como confirmar a informação?
Outra pergunta: na árvore genealógica publicada no Blog,Agostinho e Clotilde são pais de quem mesmo?
Um abraço a todos

Fátima Pereira Stocker disse...

Jeff

Obrigada! Se não fosses tu, o disparate continuaria lá: as pessoas em questão são da tua família (porque avós, por via paterna, da Arlinda) mas não integram esta árvore genealógica. Já fiz a correcção.

Respondo-te para o e-mail.

Beijos