VIII: MUNDO DE TOLOS
Era uma vez um homem que andava a correr mundo. Passou ao pé de uma igreja e andavam muitos homens a apanhar punhados de sol para dentro da Igreja. O sacerdote já era velhinho e não via. O homem perguntou-lhes para que era aquilo e prometeu-lhes que metia o sol dentro da Igreja. Subiu ao telhado e tirou umas telhas. Contentes com o resultado, deram-lhe muito dinheiro. Ele trazia um galo e deu-lho, para que anunciasse a madrugada.
Chegou à frente e sentiu gritar:
- “Ou! senhor, Ou! senhor!, que é que come o animal?
-“Come o que come a gente!”
Eles entenderam que comia gente!... Meteram o galo dentro de um palheiro e chiscaram-lhe fogo!
O homem chegou a uma seara onde andavam a ceifar. Punham o centeio em cima de uma pedra e, com outra, cortavam-no. Ele trazia uma seitoura e ofereceu-lha para segarem: - “aqui têm esta bicha fera!” Um cortou logo um dedo e começou a sacudir: - “Hi! Hi! cá me mordeu a bicha fera!” – Atirou com a seitoura e deitaram fogo à seara.
Mais à frente, encontrou muitos homens para derrubarem uma parede, mas era com ovos... Ele deitou-lha abaixo com um ferro.
Ainda mais à frente, chegou a uma casa. O dono queria-lhe dar de comer e foi à adega buscar vinho, mas, assim que chegou à adega, viu lá uma serra dependurada. Matutou que, quando a filha se casasse e tivesse um filho, a serra caía e matava-o! Admirada com a demora, a mulher foi-se a saber do homem e perguntou-lhe o que estava a fazer. Pôs-se também a matutar naquilo que lhe disse... Foi a filha, e, na mesma...
Chegou à frente e sentiu gritar:
- “Ou! senhor, Ou! senhor!, que é que come o animal?
-“Come o que come a gente!”
Eles entenderam que comia gente!... Meteram o galo dentro de um palheiro e chiscaram-lhe fogo!
O homem chegou a uma seara onde andavam a ceifar. Punham o centeio em cima de uma pedra e, com outra, cortavam-no. Ele trazia uma seitoura e ofereceu-lha para segarem: - “aqui têm esta bicha fera!” Um cortou logo um dedo e começou a sacudir: - “Hi! Hi! cá me mordeu a bicha fera!” – Atirou com a seitoura e deitaram fogo à seara.
Mais à frente, encontrou muitos homens para derrubarem uma parede, mas era com ovos... Ele deitou-lha abaixo com um ferro.
Ainda mais à frente, chegou a uma casa. O dono queria-lhe dar de comer e foi à adega buscar vinho, mas, assim que chegou à adega, viu lá uma serra dependurada. Matutou que, quando a filha se casasse e tivesse um filho, a serra caía e matava-o! Admirada com a demora, a mulher foi-se a saber do homem e perguntou-lhe o que estava a fazer. Pôs-se também a matutar naquilo que lhe disse... Foi a filha, e, na mesma...
3 comentários:
Esta conta é primorosa porque nos chama ridículos ao dizer-nos que desperdiçamos as oportunidades que a vida nos oferece, que gastamos energias preciosas com coisas que as não justificam, ou que nos condenamos à inactividade consumindo o tempo em filosofias vãs.
Pragmatismo e bom senso, eis o que esta conta nos propõe como modo de agir, enquanto nos oferece um início recheado de poesia.
Muito engraçado e bem realista este conto.
Parabéns garota.
Só não sei como é que tu consegues esticar tanto tão pouco tempo e precioso tempo disponível.jlímpiaos
O último comentário, é meu.
não sei o que é que fiz
Olímpia
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