sábado, 24 de agosto de 2013

Festa - 18 de Agosto

Para que os ausentes possam matar saudades e os presentes reviverem os dias da festa, aqui fica esta reportagem fotográfica que agradecemos ao Zé Tomé (Para quem não conhece é filho da Maria Emília e neto da tia Benigna).

As fotos podem ser consultadas aqui (clicar).


5 comentários:

Anónimo disse...

As fotografias estão muito bonitas. Os meus mais rasgados elogios vão para a pessoa do senhor José Tomé que, não fazendo parte dos meus conhecidos ordinários, entrou, através da sua arte magnífica, portanto de uma forma extraordinária, no restrito leque de artistas que são dignos da minha admiração e louvor.
Aproveito para acrescentar algumas sugestões que podem contribuir para o renascimento sociocultural de Rebordainhos e Pombares, assim sejam elas concretizadas no terreno por quem de direito (ASRCR, Junta de Freguesia, Câmara Municipal de Bragança, Governo da República Portuguesa, ...)!
É preciso, e é urgente, construir um parque temático nas Ruínas do Cercado!
Primeiro, temos de limpar o recinto, arrancando o mato e as carvalheiras que já quase cobrem as habitações degradadas e os monumentos imponentes que os nossos antepassados ergueram com tanto trabalho e carinho.
Depois, será aberto um caminho amplo, ladeado por áleas de tílias frondosas que derramarão a sua sombra refrescante sobre os caminhantes, desde o largo do Prado até às pedras milenares, agora derrubadas e silenciosas, mas que um dia hão-de falar alto e dar lições de história a muitos doutores, alguns nados e criados na nossa terra, que até hoje mais lhes não deram do que o seu desprezo!
A exploração cultural e recreativa do parque estará subordinada à temática: Rebordainhos e Pombares na Idade do Ferro.
Com o empenho e o trabalho de todos, o nosso Cercado acabará por ser uma nova aldeia de Astérix, onde, com as casinhas e as muralhas reconstruídas, faremos, todos os anos, em agosto, um grande festival medieval, para inveja de muitos citadinos ignorantes, em cuja festa de encerramento, pela noite fora, não faltarão dúzias de javalis assados no espeto e bem regados com um molho delicioso de ervas aromáticas colhidas, de manhã, muito cedinho, por mãos femininas, quando ainda há orvalho na serra!

Elvira Carvalho disse...

Linda a procissão. A do Barreiro foi no dia 15 de Agosto.
Para mim é o momento alto das festas.
Um abraço e resto de boa semana

Anónimo disse...

Num dia frio de fevereiro, deambulava eu pelas ruas e vielas de Rebordainhos, cheias de gente, quando, de repente, o seu linguarejar característico me feriu os ouvidos. As pessoas falavam uma mistura do que me parecia ser português arcaico com castelhano, mas as sonoridades mais claramente audíveis permitiram-me identificar a marca inconfundível da língua mirandesa, logo a mim que tinha chegado há poucos dias da Califórnia, onde tinha acabado de concluir uma pós-graduação, precisamente em Língua e Dialetos Mirandeses Contemporâneos, na Universidade de Berkeley, em Los Angeles.
Conhecendo eu muito bem as Ruínas do Cercado, conforme pode ser atestado pela consulta atenta dos meus artigos neste mesmo blog, na minha cabeça fez-se imediatamente luz, através de um processo psicológico conhecido por associação de ideias.
Posso afirmar aqui e agora, com uma certeza quase absoluta, que os habitantes primitivos das Ruínas do Cercado falavam mirandês. Os relatos dos seus contactos comerciais frequentes com a região mirandesa e com o Reino de Leão nunca foram desmentidos, e indicam que, pelo menos, as classes mercantil e literata do Cercado do Cabeço, também conhecido por Cabeço do Cercado, eram fluentes nesse original dialeto derivado do leonês. Os tratantes da serra da Nogueira levavam para as terras de ambos os lados da raia grandes quantidades de bagas silvestres, batatas e castanhas, bem como porcos selvagens esquartejados e conservados em salmoura... Os mirandeses do douro, por sua vez, vendiam, aos habitantes das Ruínas e povoações adjacentes, bolinhas de nata de leite de cabra com açúcar, que eram a delícia das crianças, apesar de se colarem aos dentes; também vendiam perfumes, louça de vidro verde e riscado para fazer roupa quentinha.
Estando assim desvendado o mistério das origens do falar rebordainho-pombarense, lanço-vos daqui o apelo desesperado de que saibam defender o que é vosso de facto e de direito: o Património Imaterial e Inalienável da Língua Mirandesa.
As portas das escolas devem ser novamente abertas, deixando que as salas se encham com crianças curiosas e ansiosas por aprenderem mais uma língua nacional que já os seus avós falavam. Devemos combater a influência nociva da rádio, da televisão e da internet na difusão do mirandês, desencadeando os mecanismos jurídico-legais que levem à aplicação de coimas elevadas, quando não à prisão efetiva, dos infratores que teimam em não cumprir os requisitos mínimos dos serviços públicos de rádio e televisão, ignorando o ensino e divulgação do mirandês nas suas grelhas de programação, quando, estimativas por baixo, apontam para um número da ordem dos quinhentos mil falantes desta língua oficial de Portugal!

Fátima Pereira Stocker disse...

Anónimo

O seu sentido de humor continua a impressionar-me!

Cumprimentos

Anónimo disse...

Mãos à obra Sr. Anónimo! Tem lá muito que limpar que lho digo eu! Acho que quando deambulava pelas ruas e vielas de Rebordainhos, o frio de Fevereiro, atrofiou-lhe a moleirinha.

Amélia