Há momentos em que nos quedamos,
Revolvemos o pensamento,
Indagamo-nos por dentro
E por mais que ela nos tome
Não sabemos dar um nome
A essa inquietação.
Desalento
Confusão
Dor
Do que vemos ao redor
Que se insinua,
Nos acua,
Nos ocupa!
E ainda que ele nos tome,
Esse desassossego forte
Continua a ser sem nome.
E mesmo sem darmos nome à
Angústia que se instala
Ela sempre connosco fala
Murmurando:
– Eu estou cá!
Passo a passo percebemos
O que nos queima em lume brando:
É que a dor, em sua essência,
Compreende os nomes todos
Daqueles de quem descendemos.
Quem nos fere é sua ausência!
Mas se é deles que nos compomos,
Como faremos, então?
É que se eles já não estão,
Nesse caso, já não somos.
6 comentários:
Gostei muito da poesia... nunca tinha parado para pensar nisso, mas tenho que concordar que ausência pode doer bem mais do que se imagina e saudade pode até matar.
Bom final de semana para todos nós, Fátima.
César
César
Obrigada por teres gostado. Quem sofreu as perdas que nós já sofremos concordará, certamente, com a maior parte do conteúdo.
Beijos
Fátima
Agradeço com o coração a solidariedade manifestada em forma de poema.
Gostei.
Um abraço e uma boa semana
Anónimo
Sou eu que agradeço palavras tão ternas.
Cumprimentos
Elvira
Obrigada. Uma boa semana também para si.
Beijos
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