O que nós ganhamos em ler os antigos!
Hoje aprendi que, afinal, não podemos invocar indistintamente os muitos nomes do diabo. É que eles querem dizer coisas diferentes! Ora veja-se:
Não sei se é por obediências demoníacas que alguns vão parar à cadeia. Mas cada qual vai parar à sua!
Estas e muitas outras informações (ai que prazer não cumprir um dever…) bebi-as nas “Reflexões Sobre a Língua”, de Francisco José Freire, um português do séc. XVIII, contemporâneo do Marquês de Pombal. Foi muitas coisas, entre elas, frade, escritor e cultor da Língua Portuguesa que, sob o nome de Cândido Lusitano, inspirou um movimento de renovação clássica (Arcádia Lusitana) que se propunha contrariar a estética barroca então em voga.
As suas “Reflexões” são uma leitura de a gente se perder nela!
14 comentários:
Muito interessante Fátima .Esta língua portuguesa é mesmo complicada ,mas bela .
Beijo
Quina
Com uns diabos, descobres cada coisa!...
Bjos
Olímpia
As paixões da lingua também me prendem,não sei em que cadeia,mas gosto de me enredar nelas.O nosso pequeno Portugal tem vocábulos,que de lugar pra lugar,muda o seu significado.É caso pra se dizer,"a cada canto,seu espirito santo".
Boas recolhas e generosas partilhas.
Não cumpri as ordens da casa, não li o primeiro post, talvez mais tarde!
Vim saber quem tanto gostava de Brel, se mais ou menos do que eu :)
Gostei de estar consigo Fátima, e consigo aprendi algo mais.
De Trás-dos-Montes conheço pouco, embora tenha feito várias passagens por esses lados.
Vivo no Minho Litoral, em Cerveira, embora seja do Porto.
Muito prazer.
Voltarei
Fernanda ou Ná, como quiser.
Fátima
A tua irmã tem razão, c'um canário do que te lembras, melhor...o que tu sabes!
Ps: Já fui à internet à procura do frei, e aprendi que:
-Por aqui (neste blog) aprendemos sempre.
Beijinhos
Quina
Bela, muito bela, esta nossa língua. E bem-hajam os romanos que no-la ofereceram!
Eu é que tenho que voltar ao Gil Vicente com mais atenção, à conta da figura infernal...
Beijos
Olímpia
Pois, entretenho-me com aquilo que gosto e depois...
Beijos
Fátima
Acho que essas suas cadeias são como as minhas, daquelas com que gostamos de nos ataviar.
Esse diatado do Espírito Santo não o conhecia. Obrigada, fiquei mais rica!
Gostei particularmente da grafia de "cadêa" porque é assim que nós dizemos. No entanto, Bluteau, que é citado por Freire, regista "Cadea", mais de acordo com a pronúncia do resto do país.
Beijos
Ná
Seja muito bem-vinda a esta sua casa. E que o seja por muitas vezes!
Conheço-a, naturalmente, através do "Sons e Sentidos" da Eduarda e já a tinha visitado. Prometo que, da próxima vez, far-lhe-ei uma visita falada, porque as conversas caladas só podem acontecer em presença, como na canção do Brel (por quem sentimos ambas enorme admiração):
Jojo
Nous parlons en silence
D'une jeunesse vieille
Nous savons tous les deux
Que le monde sommeille
Par manque d'imprudence.
Eduarda
No caso é mais daquilo que vou achando e, porque achei graça, apeteceu-me partilhar.
Quanto ao frei Francisco José Freire, para mim só tem um defeito: era adepto do Marquês de Pombal (um daqueles ódios de estimação que tenho, vá lá saber-se porquê)!
Beijos
Que diacho de lingua a nossa. Mesmo na pildra dá trabalho a dominar.
Um abraço
Chanesco
Essa foi de mestre!
:)
:)
:)
Uma partilha excelente que nos remete para uma leitura imperdível. Esta nossa língua tem que se lhe diga!
Bem-haja, Fátima!
Abraço fraterno
Isabel
Podendo, não perca, porque é aliciante!
Beijos
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