sábado, 2 de julho de 2011

Diabos à solta

O que nós ganhamos em ler os antigos!

Hoje aprendi que, afinal, não podemos invocar indistintamente os muitos nomes do diabo. É que eles querem dizer coisas diferentes! Ora veja-se:

Não sei se é por obediências demoníacas que alguns vão parar à cadeia. Mas cada qual vai parar à sua!


Estas e muitas outras informações (ai que prazer não cumprir um dever…) bebi-as nas “Reflexões Sobre a Língua”, de Francisco José Freire, um português do séc. XVIII, contemporâneo do Marquês de Pombal. Foi muitas coisas, entre elas, frade, escritor e cultor da Língua Portuguesa que, sob o nome de Cândido Lusitano, inspirou um movimento de renovação clássica (Arcádia Lusitana) que se propunha contrariar a estética barroca então em voga.

As suas “Reflexões” são uma leitura de a gente se perder nela!

14 comentários:

Idanhense sonhadora disse...

Muito interessante Fátima .Esta língua portuguesa é mesmo complicada ,mas bela .
Beijo
Quina

Olímpia disse...

Com uns diabos, descobres cada coisa!...

Bjos

Olímpia

Fátima Amaral disse...

As paixões da lingua também me prendem,não sei em que cadeia,mas gosto de me enredar nelas.O nosso pequeno Portugal tem vocábulos,que de lugar pra lugar,muda o seu significado.É caso pra se dizer,"a cada canto,seu espirito santo".

Boas recolhas e generosas partilhas.

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Não cumpri as ordens da casa, não li o primeiro post, talvez mais tarde!

Vim saber quem tanto gostava de Brel, se mais ou menos do que eu :)
Gostei de estar consigo Fátima, e consigo aprendi algo mais.
De Trás-dos-Montes conheço pouco, embora tenha feito várias passagens por esses lados.
Vivo no Minho Litoral, em Cerveira, embora seja do Porto.

Muito prazer.
Voltarei

Fernanda ou Ná, como quiser.

eduarda disse...

Fátima
A tua irmã tem razão, c'um canário do que te lembras, melhor...o que tu sabes!

Ps: Já fui à internet à procura do frei, e aprendi que:
-Por aqui (neste blog) aprendemos sempre.

Beijinhos

Fátima Pereira Stocker disse...

Quina

Bela, muito bela, esta nossa língua. E bem-hajam os romanos que no-la ofereceram!

Eu é que tenho que voltar ao Gil Vicente com mais atenção, à conta da figura infernal...

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Olímpia

Pois, entretenho-me com aquilo que gosto e depois...

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...

Fátima

Acho que essas suas cadeias são como as minhas, daquelas com que gostamos de nos ataviar.

Esse diatado do Espírito Santo não o conhecia. Obrigada, fiquei mais rica!

Gostei particularmente da grafia de "cadêa" porque é assim que nós dizemos. No entanto, Bluteau, que é citado por Freire, regista "Cadea", mais de acordo com a pronúncia do resto do país.

Beijos

Fátima Pereira Stocker disse...



Seja muito bem-vinda a esta sua casa. E que o seja por muitas vezes!

Conheço-a, naturalmente, através do "Sons e Sentidos" da Eduarda e já a tinha visitado. Prometo que, da próxima vez, far-lhe-ei uma visita falada, porque as conversas caladas só podem acontecer em presença, como na canção do Brel (por quem sentimos ambas enorme admiração):

Jojo
Nous parlons en silence
D'une jeunesse vieille
Nous savons tous les deux
Que le monde sommeille
Par manque d'imprudence.

Fátima Pereira Stocker disse...

Eduarda

No caso é mais daquilo que vou achando e, porque achei graça, apeteceu-me partilhar.

Quanto ao frei Francisco José Freire, para mim só tem um defeito: era adepto do Marquês de Pombal (um daqueles ódios de estimação que tenho, vá lá saber-se porquê)!

Beijos

Chanesco disse...

Que diacho de lingua a nossa. Mesmo na pildra dá trabalho a dominar.

Um abraço

Fátima Pereira Stocker disse...

Chanesco

Essa foi de mestre!
:)
:)
:)

Isamar disse...

Uma partilha excelente que nos remete para uma leitura imperdível. Esta nossa língua tem que se lhe diga!

Bem-haja, Fátima!

Abraço fraterno

Fátima Pereira Stocker disse...

Isabel

Podendo, não perca, porque é aliciante!

Beijos